sábado, 5 de julho de 2008

D. Quixote de la Mancha

Finalmente acabamos de ler o D. Quixote de la Mancha, a obra-prima de Miguel Cervantes e nas palavras de muitos especialistas, um dos melhores – senão mesmo o melhor – livros de todos os tempos.
Esta conhecidíssima obra de Miguel Cervantes, que tem mais de 900 páginas, é uma maravilha literária, que conta a história do famoso D. Quixote de la Mancha, fidalgo espanhol e do seu amigo e escudeiro, não menos famoso, Sancho Pança.
A famosa Dulcineia é de facto uma personagem que não chega a ter uma participação efectiva na história. Apesar de estar sempre presente na narrativa, D. Quixote não a conhece, nem o leitor nunca chega efectivamente a conhece-la. Na verdade, como todos os cavaleiros andantes dos livros que lia tinham a sua paixão, D. Quixote sente-se na necessidade de inventar a sua com base numa pessoa existente numa aldeia perto da sua, a dama por quem se haveria de enamorar.
Existe ainda uma panóplia de outras personagens que vão acompanhando a aventura destas duas personagens principais e que ajudam na concretização das aventuras.
Todo o livro é uma paródia, que mistura longas dissertações sobre os mais variados temas, com as deambulações de dois homens, em busca de aventuras, pelas terras de Espanha.
D. Quixote é um cavaleiro. Mas não é um cavaleiro qualquer. É um cavaleiro andante e o seu objectivo é percorrer o mundo em busca de aventuras em que possa ajudar os mais desfavorecidos, o que no caso, raramente acontece.
Uma das imagens mais conhecidas de D. Quixote é a sua luta contra os moinhos de vento que o próprio confunde – ou porventura talvez não confunda, o que é difícil de explicar – com gigantes.
Basicamente, todo o livro é feito de pequenas histórias como a dos moinhos de vento. D. Quixote de la Mancha, imbuído no espírito dos livros de cavalaria que leu – muito populares na época e que Cervantes procura criticar – faz-se ao mundo e procura viver a ficção que decorou a todo o custo, mesmo que o preço seja a sobriedade mental.
O livro está divido em duas partes, tendo sido ambas escritas em momentos distintos. Há quem diga que o estilo das duas partes é distinto, embora na nossa opinião as diferenças sejam poucas.
É um livro particularmente divertido. As aventuras de D. Quixote e Sancho Pança imortalizadas por Cervantes são verdadeiramente geniais e originais.
Aconselhamos vivamente a leitura deste livro, sem antes alertar o leitor para a necessidade de ter paciência. Como não é um romance dos tempos modernos, a adaptação à leitura pode ser complicada e lenta, mas D. Quixote de la Mancha é um dos maiores clássicos da literatura modera. Será que vão deixar passar a leitura desta obra-prima?

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