segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Estrangeiro

O Estrangeiro é uma obra do escritor e filosofo francês - nascido na Argélia – Albert Camus, tendo vindo a ser considerado desde a sua primeira edição como uma obra-prima digna dos mais elevados elogios.
A edição que lemos, da Editora Livros do Brasil, tem um prefácio de Jean-Paul Sartre, que faz uma análise profunda e bem estruturada sobre o estilo e o conteúdo do livro, destacando talvez, aquilo que logo à partida salta à vista: as frases são muito curtas e cada um por si encerra uma ideia que poderia ser analisada mesmo que fora do contexto em que está inserida.
Esta obra está dividida em duas partes distintas, mas que são a sequência uma da outra. Apesar de conexas, poderemos afirmar que a primeira é mais descritiva e a segunda mais argumentativa, mas de uma forma profunda e filosófica, discorrendo o autor – na figura da personagem principal – sobre a vida e sobre o que rodeia os homens.
Apesar de existirem várias personagens, podemos afirmar com segurança que o autor centrou toda a narrativa na figura de Meursault, um homem que vive no absurdo, utilizando as palavras de Sartre.
Toda a estória de O Estrangeiro é estranha. O desprendimento que a Meursault encara a vida choca o mais desinteressado de todos os leitores. O que dizemos é comprovado em toda a narrativa desde o seu primeiro momento, que coincide com a morte e subsequente funeral da mãe de Meursault, até ao epíteto final.
Não vamos aqui adiantar nada da estória, porque para além do livro ser muito pequeno – cerca de 100 páginas – não há nada como cada um descobrir por si próprio, mas não podemos deixar de dizer que o consideramos um livro brilhante e que vale cada minuto que passamos de sua volta, pelo que, e como já devem ter depreendido, consideramos imprescindível a sua leitura.

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