sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Livro da Virgem do Carmo, de Samael Aun Weor

TRECHO:
Prefácio

Esta pequena obra foi escrita no ano 1952; foi uma das
primeiras incursões para se fazer chegar a Sabedoria Gnóstica ao
povo, para defender a saída em astral, que também a fazem os
bruxos e bruxas para causar danos a terceiros utilizando-se do poder
da fornicaço para suas feitiçarias.

Por aqueles dias, esta pequena obra mortificou, em extremo, a
muitos sacerdotes de distintos ramos do Cristianismo e, por ordem do
V.M. Samael, se suspenderam novas ediçes.

Com o transcurso do tempo, as coisas hão mudado no campo
religioso e todos vemos o caminho a seguir sem tanto fanatismo.

Hoje sai a Virgem do Carmo para consolo do povo sofrido.

Desejaríamos que os sábios e doutores também lessem este
pequeno livro, praticassem-no e comprovassem asseveraçes do
Mestre.

Para sair em astral, devemos formar o corpo astral; este corpo
tem cor luminosa. A Alma vai protegida com esse corpo.

Na pessoa comum que não segue a castidade, esse corpo é
vaporoso, sem brilho e muito vago, o qual muda totalmente quando
transformamos nossa semente em luz e fogo por meio da magia
amorosa ou a transmutaço de solteiros.

O monte que fala a Bíblia é o campo astral, uma das tantas
dimensões de nosso planeta terra.

Há citaçes bíblicas tais como as relacionadas com o sacerdócio
para que saibam os gnósticos o que se requer com esse fim. Também
aparece um fac-símile da carta de um arcebispo antioquino, em que
manifesta que ler a Bíblia, traduzida pelo Cipriano da Valera, não
implica pecado.

Como dizíamos, os tempos hão mudado e seguirão mudando
para bem dos humanos.

A televisão e o rádio nos permitem falar sobre transmissão do
pensamento e o dom da ubiqüidade, telepatia e projeço à distância.

Por meio da Química, se ensina que a matéria se transforma
em energia. Isto nos permite ensinar aos humanos a transmutar a
semente em luz e fogo.

A corrente elétrica, por meio dos fios, nos permite falar sobre
as correntes magnéticas ou prânicas para curar doentes e muitas
coisas mais que nos facilitam dar nosso conhecimento ao povo que
tanto o necessita.

Nós, os gnósticos, damos o nome de RAM-IO à Virgem Maria.
Devemos amá-la tal como o fazemos com a mãe carnal. Por meio
dela, podemos desintegrar nossos defeitos que tanto dano causam
aos nossos informantes, os sentidos.

Nós vemos a verdade desfigurada porque nossos sentidos são
defeituosos e serão defeituosos enquanto permaneçamos cheios de
defeitos.

Interesse nacional de todo o espólio de Fernando Pessoa foi aprovado em Conselho de Ministros.

Segundo notícia do Diário Digital, o Governo classificou em Conselho de Ministros, durante o dia de ontem, o espólio documental de Fernando Pessoa, referindo-o como «tesouro nacional». O espólio do maior escritor do século XX inclui cartas, livros, fotografias e apontamentos do escritor.

Segundo o Diário Digital: «Todos os documentos do escritor são considerados de «relevante interesse cultural, designadamente, histórico, linguístico, documental e social» e reflectem «valores de memória, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade e exemplaridade», afirma o Conselho de Ministros, em comunicado, citado pela Lusa».

Recorde-se que o processo de classificação do espólio foi iniciado em Outubro de 2008, pela Biblioteca Nacional. A partir deste momento qualquer documento pertencente ao espólio de Pessoa está impossibilitado de sair de Portugal.
Além da Biblioteca Nacional, existem ainda documentos na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, na Casa José Régio, em Vila do Conde, nas bibliotecas municipais do Porto e Ponta Delgada e na posse dos herdeiros.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Procure no Acervo E-Book Gratuito

Inglaterra sob o olhar americano

Não é por acaso que é considerado um dos melhores escritores de viagens da actualidade e os seus livros são “best sellers”. A verdade é que o norte-americano Bill Bryson tem uma enorme curiosidade por tudo o que o rodeia (especialmente atitudes e comportamentos), lança um olhar de verdadeira descoberta sobre os países que visita, tem sentido de humor e alguma bonomia na forma como encara os “defeitos” dos locais – e a sua escrita reflecte tudo isso.
Assim, ler um dos seus livros dá ao leitor, mais do que a sensação de ficar a conhecer aquela terra como se lá estivesse estado, a enorme vontade de lá ir, espicaçando-lhe o apetite mas deixando a sensação de que ainda há muito para descobrir… quanto mais não seja para verificar, “in loco”, se as coisas e as pessoas são realmente assim, como Bryson as descreve.
Um dos seus maiores sucessos foi agora editado pela Bertrand em versão de bolso, tornando-se um pouco mais acessível à maioria das bolsas (mesmo daqueles que não conhecendo o género e/ou o autor recusam gastar muito numa aproximação relutante). Trata-se de “Crónicas de Uma Pequena Ilha”.
A “pequena ilha” é, claro, a Inglaterra, e Bryson diverte-se (e diverte-nos) a descrever “os comportamentos civilizados casuais” dos ingleses, ou seja, as incongruências daquele povo, segundo os padrões de um norte-americano – mesmo que “imigrado” na ilha desde 1977, tinha então 15 anos.
Embora tenha vivido em Inglaterra com a mulher e quatro filhos (instalaram-se em North Yorkshire), o autor observa a realidade sempre como alguém de fora, um “estrangeiro” a quem o convívio permite uma certa complacência. E denota, em muitas das suas apreciações, um olhar absolutamente americano – bem patente, por exemplo, na opinião emitida a propósito dos sindicatos, quando recorda o período em que trabalhou no The Times.
Apesar disso (ou talvez por isso), “Crónicas de Uma Pequena Ilha” proporciona uma divertida leitura, muito a propósito nesta época estival.
__________
Bill Bryson
Crónicas de Uma Pequena Ilha
Bertrand Editora, 10€

O Dia que Faltava - Fabio Volo

Título: O Dia que Faltava

Autor: Fabio Volo

Título Original: Il Giorno In Più

Tradução: Maria Jorge Vilar de Figueiredo

Páginas: 224

Colecção: Grandes Narrativas N.º 439

PVP: 14€

Disponível a partir de 4 de Agosto



Sinopse:

Durante quatro semanas O Dia Que Faltava foi o romance mais vendido em Itália. O quarto livro de Fábio Volo destacou-se no país de origem do autor, motivo que o levou a ser vendido para países como a Alemanha, Rússia, Grécia e Portugal. Na obra, Giacomo e Michela encontram-se todos os dias de manhã no eléctrico, a caminho do trabalho. Não se falam, apenas trocam olhares, mas para Giacomo esse momento transforma-se rapidamente no mais importante do dia. Até que uma manhã, sem que nada o previsse, Michela aborda-o e convida-o para tomar café, somente para lhe dizer que vai partir para Nova Iorque e não se vão voltar a ver. Mas quanto tempo resistirá Giacomo a correr atrás de um sonho? Um romance que reflecte sobre os desafios do amor, da amizade e dos sonhos. O autor já foi entrevistado por meios como La Stampa, Vanity Fair, Corrière della Sera, Grazia, La Republica e Donna Moderna.



A minha opinião

Ao terminar de ler O Dia que Faltava não me surpreendi em nada ao saber que durante quatro semanas foi o romance mais vendido em Itália. Fábio Volo soube por prender o leitor ao criar a personagem de Giacomo que, na primeira pessoa, conta o seu dia-a-dia de uma forma descontraída e, por vezes, até infantil. O Dia que Faltava é um livro que fala sobretudo de relações. Relações que na sua maioria, por uma razão ou outra não deram certo. Giacomo, solteiro, sempre viveu reprimido. A sua relação com a mãe não é melhor, intensificando-se quando ainda pequeno, o pai os abandonou. A partir daí a mãe de Giacomo tornou-se sempre protectora em relação ao filho, tornando-o bastante dependente dela, e este ansiava a figura paterna, que via nos seus amigos. Costuma dizer que era o único a quem o pai tinha abandonado. Tinha amigos de pais separados e divorciados, mas sentia que não era a mesma coisa. A única pessoa com quem se sentia bem era com a avó. Pelo facto da relação dos pais ter sido um tanto ou quanto estranha, Giacomo nunca se deu bem nas suas relações. Teve sempre relações fortuitas e sem significado, até que conhece Michela nas viagens de eléctrico. Apesar de sentir interesse por ela nunca a aborda no percurso para o emprego e se não é ela que o convida para ir tomar café talvez os seus destinos nunca que se tivessem encontrado. No entanto, o encontro não é portador de grandes notícias: Michela diz que vai para Nova Iorque no dia seguinte…. Por outro lado, Sílvia, melhor amiga de Giacomo, também vive uma relação infeliz com o seu marido Carlo. Por amor, deixou o emprego para se dedicar completamente à família, mas esqueceu-se de realizar os seus sonhos. Será que Sílvia vai alguma vez conseguir ser feliz? Quanto a Giacomo o amor que sente por Michela dá um grande salto quando este toma a iniciativa de se encontrar com ela em Nova Iorque. Será que Michela é receptiva a esse encontro? Só lendo o livro é que o leitor saberá.



Excertos:

“Será que uma pessoa pode apaixonar-se por alguém que não conhece, mas que vê apenas do trajecto diário de um eléctrico?”



“Porque quando estás feliz és mais simpático com os outros.”



“Porque o que nos fascina numa relação a dois é sermos nós mesmos, mas termos coragem para sermos também uma pessoa diferente do que somos.”

Fabio Volo nasceu em 1972. Trabalhou como DJ, actor e locutor, na rádio e na televisão.



Género: Ficção e Literatura/Romance/Contemporâneo.

Público-Alvo: ambos os sexos, a partir dos 16 anos.



Comentários de Leitores:

«Um livro que se lê de uma assentada, não esperava que fosse tão espectacular.»

Stefania (25/05/2009)

«Para ler e reler.» Federico (27-04-2009)

«Não estou de acordo com quem afirma que este livro se dirige sobretudo a adolescentes.» Giusy (28/03/2009)

Livrarias Bertrand apoiam lançamento de colecção Teen oferecendo o 1.º volume

As Livrarias Bertrand lançaram uma campanha especial exclusiva para apoiar o lançamento de uma nova colecção literária da Saída de Emergência, para jovens com mais de 13 anos. “TEEN – Tonifica e Estimula Neurónios” é o nome da nova colecção juvenil de capa dura lançada a 24 de Julho e que promete “uma nova aventura por mês”.



Com os mesmos editores da Bang!, considerada a melhor e mais original colecção de fantástico em Portugal, este projecto visa contribuir para estimular a leitura junto dos mais jovens. Uma missão que as Livrarias Bertrand partilham e, por isso, associam-se a este lançamento com uma campanha exclusiva: oferta do 1º livro da colecção TEEN aos clientes Bertrand que efectuarem compras de valor superior a 25 euros.



O primeiro livro da colecção é Daenerys – A Mãe dos Dragões, protagonizado por uma das personagens da famosa série de George R. R. Martins, As Crónicas de Gelo e Fogo.

Esta campanha decorre até 09 de Agosto, e é válida ( limitada ao stock existente) em todas as livrarias Bertrand do país.

Gente inteliGente...

Tem gente que diz que não daria para o seu filho ler os livros infantis de Wander Piroli (foto acima). Mas o menino passa a manhã na frente da TV assistindo a socos, bombas e pontapés superpoderosos. E essa gente inteligente acha normal tudo aquilo. Afinal de contas, todo mundo vê.

Tem gente que não adotaria para a biblioteca escolar das crianças os livros infantis de Wander Piroli. Mas a turma de pequenos inocentes (eu juro que vi) faz aulas de educação física ao som de “tô ficando atoladinha”. E essa gente inteligente acha normal tudo aquilo. Afinal de contas, todo mundo ouve.

Tem gente que não leria de jeito nenhum os livros infantis de Wander Piroli para as crianças pois é preciso proteger suas mentes inocentes das agruras da vida. Mas em casa todo mundo diz palavrão, ou sabe dizer ou finge que não sabe. E essa gente inteligente acha normal tudo aquilo. Afinal de contas, todo mundo diz.



Anormal mesmo é o Wander Piroli – diz essa gente inteligente. Um gênio da literatura – eu digo. Mas acho legal quando mostro algum livro do autor mineiro e alguém diz: “Não gostei do que li!” É legítimo não gostar. E tem gente inteligente que não gosta dos textos infantis do Wander Piroli simplesmente por que não gostaram. Questão de gosto. Eu respeito.

Agora, euzinho sou fã. Acho o texto dele uma obra de arte. Meu filho leu O Matador e nem doeu assim, nele. Acho que doeu mais em mim. E por falar em “O Matador”, para mim, foi o melhor livro do ano passado – de tudo o que eu li, infantil ou não. Texto, ilustração, projeto gráfico… tudo lindo, feito para emocionar.

No 11º salão FNLIJ do livro para crianças e jovens tive o prazer de reencontrar o ilustrador Odilon Moraes (última foto, abaixo). Estávamos no mesmo hotel. Conversamos sobre muitas coisas mas foi a obra do Wander Piroli que tomou conta das horas. É que, além de fã recente – como eu -, Odilon acabara de ilustrar a nova edição de Os Dois Irmãos – mais um texto do polêmico autor (publicado originalmente em 1980 com ilustrações de Ângela Lago).

O livro ficou muito bonito. Mais uma vez, o texto encontrou um projeto gráfico à sua altura e Odilon deixou algumas surpresas para os olhares mais atentos. Mas não é preciso ser um expert para se emocionar com a história de dois frangos, irmãos “iguais em tudo. Dos pés à cabeça”. Sempre juntos, compartilhando a vidinha simples ali no meio da oficina mecânica. Vez em quando um passeio na rua. Vez em quando o quintal e o poleiro improvisado no pé de manga.



Porém Wander Piroli não poderia deixar a história assim tão açucarada. Apesar de escrever sobre dois frangos, a sua literatura não tem muito de fábula – fantasia cheia de moral e bichos. Nem de contos de fadas, repleto de finais felizes. Afinal, a vida real está repleta de histórias em que há felicidade. Mas, nem sempre eterna. Então, o inesperado acontece. Parece óbvio, mas o fato não aparece no texto. Parece óbvio, mas não está explícito na ilustração. E, ao final, o autor convida o leitor – criança, jovem ou adulto – para terminar a história ao seu modo.

Toda essa gente inteligente que vê, que ouve e que diz, pode também ler textos inteligentes. Os Dois Irmãos é boa literatura para todas as idades. Odilon Moraes ilustra com a mesma precisão literária de Wander Piroli. O leitor não termina sua leitura e fica indiferente. Incomoda. Por isso, não espere que este livro, ou O Matador, ou Nem Filho Educa Pai (que está a caminho) façam parte das listas de livros premiados que pululam por aí. Mas, assim como aconteceu comigo ao ler A Pequena Vendedora de Fósforos, de Andersen, é possível que uma criança tenha os livros de Wander Piroli como ítens preciosos da lista de bons livros da sua vida. Hatuna Matata.

P.S. Para os mais velhos, a Leitura também reeditou dois livros de Wander Piroli com contos adultos, reunidos numa só edição. VEJA AQUI.

P.S.2. Escrevi este texto inspirado no que Cristiane Rogério do Blog Ler para Crescer publicou ontem (29/07) – citando Ilan Brenman. Vale para todos os amantes dos seus filhos queridos e da boa literatura.



A Rosa Rebelde

Autor: Janet Paisley
Título Original: White Rose Rebel
Editora: Bizâncio
Páginas: 384
ISBN: 9789725304211
Tradutor: Elsa T. S. Vieira

Sinopse
Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.

Opinião
A Rosa Rebelde conta a história da escocesa Anne Farquarson, a "coronela" que liderou os rebeldes jacobitas na guerra de 1745, numa tentativa de resgatar a independência da Escócia da soberania inglesa. Filha de John Farquarson, desde cedo Anne se torna sensível às questões da independência escocesa e quando casa com o chefe do clã MacIntosh, os dois entram em conflito porque Anne defende o apoio ao príncipe exilado Charles Edward Stuart, que teria o direito de reclamar o trono escocês, mas o seu marido não é da mesma opinião.

O livro relata este período conturbado da história escocesa com um bom nível de detalhe, tendo por base uma visível detalhada pesquisa histórica. O relato destes acontecimentos é intercalado com a vida romanceada de Anne, que alivia a densidade dos pormenores históricos presentes, apesar de a ligação entre estes dois aspectos da obra nem sempre ser bem conseguido. Para além disto, achei que as personagens e as ligações entre elas também podiam ter sido melhor exploradas. No entanto, e apesar destes aspectos que apontei, a leitura foi muito agradável e nunca se tornou aborrecida. Uma das coisas que mais me agradou (e surpreendeu) foi conhecer a cultura escocesa da época, desde a lógica dos clãs à importância e liberdade dada às mulheres. De facto, era um modo de pensar muito à frente do seu tempo.

Como gosto bastante de romances históricos, onde posso juntar ao prazer da leitura à aquisição de conhecimento sobre acontecimentos passados, este livro cumpriu bem o seu papel; apesar de não ser uma obra literária excepcional, julgo que será especialmente apreciado por quem gosta de romances históricos.

7/10 - Bom

[Livro n.º 68 do meu Desafio de Leitura]

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Pacto - O Crime de ter Nascido

Título: O Pacto - O crime de ter nascido
Autor: Gemma Malley
Tradução: João Martins
Edição: Editorial Presença
Nº de páginas: 287
"Planeta Terra, ano 2140. A ciência oferece aos humanos a possibilidade de se tornarem imortais, mas, dada a escassez de recursos, a imortalidade só é garantida à custa da renúncia à descendência. O Pacto é o compromisso que sela tal decisão. Quebrá-lo é ir contra as leis da Natureza, e as consequências são aterradoras. Anna conhece-as demasiado bem. É uma Excedente, uma criança que não deveria ter nascido. Desde bebé que está em Grange Hall, a instituição que prepara todos os Excedentes para o terrível destino que os espera no mundo exterior. Mas um dia recebe a visita de Peter, um jovem Excedente que vem revolucionar para sempre a sua visão de si própria e do mundo… Uma estreia absolutamente original."
Ainda que nos possa parecer um livro direccionado para um público mais jovem, pela sua temática e pelas questões que levanta, esta é uma obra que pode ser desfrutada pelo público mais adulto sem quaisquer problemas.
Partindo de uma permissa que nos é muito familiar - a vida actual com todas as suas doenças, problemas ambientais e sobretudo o medo da velhice e da morte - a autora faz um verdadeiro exercício de Filosofia que nos leva a um verdadeiro campo de concentração (Grange Hall) em 2140. O mundo tornou-se num lugar muito diferente, um local ainda menos simpático e mais egoísta e é esta nova realidade que dá que pensar ao leitor.
Como consequência da visão egocêntrica e egoísta que o Homem tem do planeta no início do século XXI, pensando sempre que reciclar chegava, que a crise ecológica vinha muito longe e que para a travar bastava não andar tanto de carro, a sociedade mundial assiste a um esgotamento quase total das reservas energéticas. Simultâneamente, os cientistas descobrem o modo de prolongar indefinidamente a vida, evitando doenças e a grande maioria das naturais consequências do envelhecimento humano. Estas novas realidades levam a que as autoridades invertam a ordem natural da vida, contrariando a natureza - para que os velhos possam viver para sempre é condenada a nova vida e os nascimentos são proibidos por lei pois cada novo ser humano põe em perigo toda a Humanidade sendo visto apenas como mais um que vem esgotar os parcos recursos disponíveis. Contudo, há quem resista a esta nova visão da vida e tudo faça para que um dia o Homem possa "regressar às origens".
Além de levantar questões sobre os avanços da ciência e da tecnologia na sociedade actual (e sobre as suas possíveis consequências), Gemma Malley apresenta-nos alguns personagens que se tornam interessantes sobretudo pelo modo como retratam o comportamento e o pensamento humanos em situações de grande adversidade. É uma boa leitura de praia ou de fim-de-semana pois, apesar da temática implícita nos deixar a pensar e de a história ser algo previsível, a escrita é ligeira, o livro é pequenino e a tradução pareceu-me bastante boa.
7/10 (seria um 6.5 mas...)

Raja-vidya: O Rei do Conhecimento, de A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada

TRECHO:
“O Senhor Supremo disse: Meu querido Arjuna, como jamais tiveste inveja de Mim, transmitir-te-ei esta
secretíssima sabedoria, conhecendo a qual aliviar-te-ás das misérias da existência material” (
9.1).
Bhagavad-g…t€
As palavras iniciais do Nono Capítulo do indicam que é a Divindade Suprema quem está
Bhagavad-g…t€
falando. Neste verso, ®r… K Ša é chamado de Bhagav€n. significa opulências e aquele que possui.
Nós imaginamos o que seja Deus, porém, recorrendo à literatura védica, encontraremos descrições e
definições categóricas do que Deus possa ser, e tudo isso pode ser resumido com uma só palavra — Bhagav€n.
Bhagav€n possui todas as opulências, a totalidade do conhecimento, da riqueza, do poder, da beleza, da fama e
da renúncia. Ao encontrarmos alguém que possui essas opulências na sua plenitude, com certeza teremos
encontrado Deus. Muitos homens são ricos, sábios, famosos, belos e poderosos, mas ninguém pode afirmar
possuir todas essas opulências. Apenas K Ša pode afirmar tal coisa.
Bhaga
v€n,
“Sabendo que Eu sou o objetivo último de todos os sacrifícios e austeridades, o Senhor Supremo de todos os
planetas e semideuses e o benfeitor e benquerente de todas as entidades vivas, os sábios libertam-se das dores
das misérias materiais” ( 5.29).
Bhagavad-g…t€
Neste verso, K Ša proclama ser o desfrutador de todas as atividadeseoproprietário de todos os planetas
Pode ser que determinado indivíduo possua uma grande extensãode terra, e talvez
(sarva-loka-mahe varam).
ele se orgulhe disso, mas K Ša afirma ser proprietário de todos os sistemas planetários. K Ša também diz ser o
amigo de todas as entidades vivas (
Quem compreende que Deus é proprietário
suh daˆ sarva-bh™t€n€m).
de tudo, o amigo de todos e o desfrutador de tudo torna-se muito pacífico. Esta é a verdadeira fórmula da paz.
Ninguém poderá ter paz enquanto pensar: “Eu sou o proprietário”. Quem pode afirmar possuir alguma coisa?
Há apenas cem anos, os índios eram considerados os proprietários dos Estados Unidos. Hoje em dia, são os
brancos que estão reivindicando tal propriedade, porém, dentro de quatrocentos ou mil anos, talvez outra raça
reivindique a mesma coisa. A terra está aí, mas nós a ocupamos e alegamos falsamente que ela nos pertence.
Esta filosofia do falso proprietário não é compatível com os preceitos védicos. O declara que
“todas as coisas animadas ou inanimadas existentes no universo estão sob o controle do Senhor e Lhe
pertencem (
®r… Ÿ opani ad
)”. Esta declaração apresenta uma verdade insofismável, porém, iludidos,
… €v€syam idaˆ sarvam
nós achamos que possuímos algo. Na realidade, tudo pertence a Deus, e por isso Ele é conhecido como o mais
rico.
É claro que muitos homens afirmam ser Deus. Na Índia, por exemplo, em qualquer época, não é difícil
encontrar pelo menos uma dúzia de pessoas afirmando ser Deus. Contudo, se lhes perguntamos se tudo lhes
pertence, elas têm dificuldade em responder-nos. Este critério nos ajuda a entender quem é Deus. Deus é o
proprietário de tudo, e, sendo assim, Ele é necessariamente mais poderoso do que qualquer outra pessoa ou
qualquer outra coisa. Quando o próprio K Ša esteve presente na Terra, ninguém conseguia vencê-lO. A
história não tem registro de alguma batalha que Ele tenha perdido. Ele pertencia a uma família de
(guerreiros), cuja função é proteger os mais fracos. Quanto à Sua opulência, Ele casou-Se com 16.108 rainhas e
cada uma delas teve seu próprio palácio. E, comose isso não bastasse, K Ša expandiu-Se 16.108 vezes a fim de
divertir-Se com todas elas. Talvez seja difícil acreditarmos nisso, mas isso encontra-se registrado no
k atriyas
®r…mad-
uma escritura reconhecida por todos os grandes sábios da Índia, os quais também reconhecem
Bh€gavatam,
que K Ša é Deus.

Jogos de Sedução

Autor: Madeline Hunter
Título Original: Secrets of Surrender
Editor: Edições ASA
Páginas: 303
ISBN: 9789892304847
Tradutor: Elsa T. S. Vieira

Sinopse: "Numa sala repleta de convivas, os seus olhares cruzam-se com uma intensidade invulgar… mas os seus mundos vão colidir violentamente. Ela é Roselyn Longworth e, antes de a noite terminar, vai ser leiloada. Ele é Kyle Bradwell, o homem que lhe dará a conhecer o Inferno. Todavia, quando vence o leilão, Kyle trata Roselyn com uma delicadeza a que ela não está habituada desde que um escândalo familiar arruinou a sua reputação. E quando finalmente descobre o que o motivou a salvá-la do seu terrível passado, é já demasiado tarde: Roselyn está perdidamente apaixonada pelo homem que sabe os seus mais íntimos segredos. Agora, ele surpreende-a com um pedido de casamento - o primeiro passo num jogo de sedução que exigirá nada menos que a sua completa rendição…"

Opinião: Confesso que Jogos de Sedução não estava no topo da minha lista, mas a oportunidade surgiu e aventurei-me. Parecia-me e confirmou-se ser um livro leve e agradável. Não é daqueles que exige muita atenção, mas, ainda assim, tem temáticas de interesse.

O ponto de partida não podia ser mais sui generis: numa sala cheia de homens ricos, rodeados por mulheres de carácter duvidoso, uma mulher de bom nome (e boas famílias) é leiloada. A estranheza da situação cativa-nos, levando-nos a querer saber o motivo de tal acontecimento. Inevitavelmente, de imediato, o leitor simpatiza com a leiloada pela forma como é exposta e, posteriormente, pela forma como é salva. Num conjunto de páginas, a destreza da escrita de Madeline Hunter faz com que pensemos numa variedade de cenários sobre o “porquê?”. E, quando parecemos perceber, surge sempre um imprevisto que transforma a típica história romântica em algo mais.

O excêntrico leilão é, simultaneamente, o motor da história, porque dá azo ao começo de uma estranha, mas apaixonada, relação entre Roselyn e Kyle; mas, também o elo que une todas as personagens, independentemente da esfera social em que vivam. Apesar de algumas semelhanças, o par romântico é o oposto um do outro. A atracção que se estabelece é forte e, muitas vezes, perante as descrições pormenorizadas da autora, transcende as páginas do livro. As viagens ao passado, ao presente e à mente das personagens permitem-nos conhecer o porquê de alguns acontecimentos da estória. Caberá a Roselyn e Kyle lutar e sobreviver numa sociedade que é demasiado rígida e fingidamente crente na moral e nos bons costumes.

A autora soube manter a leitura agradável, mesmo nas partes mais pesadas. As suas descrições são apaixonantes e realistas, sobretudo no que toca aos laços que se criam entre o casal protagonista. Na verdade, a obra encerra um forte cariz erótico, que, ainda assim, não se torna banal. Numa ideia final, Jogos de Sedução é para todos os que acreditam que o Amor tudo vence.

7/10 - Bom

terça-feira, 28 de julho de 2009

O Sal na Terra - Pedro Adão e Silva


O Sal na Terra de Pedro Adão e Silva é um resumo das melhores crónicas do autor nas revistas SurfPortugal , no blogue Ondas .
É uma colectanea de textos para quem gosta de Surf. E de associar esta prática á vida. Aos seus problemas , ás suas questões.
Porque o Surf e a vida estão ligados. Não é por acaso que o mar é associado a um bem estar inigualavel. E quando estamos no mar, se o estivermos a fazer um desporto ainda mais prazer teremos.

É um livro acessivel, bem escrito. Muito interessante , especialmente para quem gosta de Surf.

Por falar em associação do Surf e da Vida, fiz um post no Olhar Direito que pode ver aqui.

Também reflecte o espirito que o Surf dá às pessoas!

Nota : 8 Valores

Considerações Sobre O Egoísmo, de Frater Velado

TRECHO:
ELIGIÕES e escolas místicas não-religiosas, como ordens e
fraternidades esotéricas e iniciáticas são unânimes em condenar o
egoísmo, rotulando-o de toldador da luz para os que pretendem estar
buscando a iluminação interior, que é relacionada com a expansão mental.
Esta não consiste apenas no aumento puro e simples da inteligência,
implicando maior capacidade de raciocínio e de percepção, mas relaciona-se
antes com a evolução da compreensão. Nesse caso o egoísmo é condenado
porque a evolução descrita está diretamente conectada com o todo, que
apresenta de modo impessoal aqueles atributos, como partes da Mente
Cósmica. Assim, aquele que se volta totalmente para si próprio não pode
alcançar o conteúdo da Mente Cósmica com possibilidade de absorção. Essa
absorção, que se efetua por osmose, não é uma operação unilateral, sendo
essencialmente interativa, na qual Todo e unidades autônomas de
consciência (mentes dos seres) se integram. Sem essa condição - a
integração - simplesmente n ão existem condições para a osmose que resu lta
na ampliação do poder de percepção dos seres e até na iluminação destes, no
evento que os místicos conhecem por aquisição da consciência cósmica.
Esta, por sua vez, não se torna condição permanente, como um status
atingido que se torne patamar alcançado em uma escalada, sendo na verdade


um lampejo que não pode ser medido pelo tempo, inclusive porque está fora
dele. Eis a razão pela qual o egoísmo é considerado toldador da iluminação.

A volta dos que não foram...

Depois de mais um intervalo de uma semana - Roedores de Livros na FLIP -, retomamos as atividades no sábado, 11 de julho. Um total de 12 crianças apareceram por lá. O quórum é sempre menor nas férias - é uma matemática diferente para a nossa lógica -, mas tem sido assim desde que fomos para a Ceilândia, em 2007. Tanto que normalmente o projeto entra em recesso neste período. Mas este ano resolvemos arriscar. Coisa de quem já não consegue ficar sem a troca mágica que acontece durante o encontro semanal.

O Tino abriu com música - e ficamos um bom tempo brincando com as cirandas e outras canções populares, além das músicas do Tino e do refrão da música que Alessandra Roscoe fez para o seu livro Jacaré Bilé. Depois da visista que ela fez ao projeto, os meninos sempre cantam o refrão "Bilé, Bilé, Bilé / Que jacaré mané / Bilé, Bilé, Bilé / De dia, nunca está de pé / Bilé, Bilé, Bilé / Só ele bota fé / Que a lua, tapioca é".

Alguns livros não precisam de palavras para encantar o olhar dos meninos. E isso ajuda a pescar o tal do prazer em "ler". Um exemplo disso foi o jogo que fizemos com dois livros naquela manhã: É UM GATO? e É UM RATINHO? (Coleção O Que É? O Que É?, de Guido Van Genechten, Gaudi Editorial) fizeram um enorme sucesso. Esses livros chamaram a atenção dos pequenos - ainda elétricos com o momento musical - para a leitura seguinte: A GUERA DOS SINOS (Gianni Rodari, com ilustrações de Pef, Editora Biruta), uma história "biruta" que aborda de forma leve e divertida um assunto tão rabugento.

Por fim, uma manhã cheia de crianças, de livros, de histórias, de alegrias e esperança. Uma manhã típica dos Roedores de Livros. Hatuna Matata.

Passatempo A Música das Borboletas

O blogue Marcador de Livros, em conjunto com a Editorial Presença, tem para oferecer 3 exemplares do livro de Rachael King A Música das Borboletas (disponível a partir do dia 4 de Agosto).

Para tal, basta responder correctamente às seguintes questões:



1 – A Música das Borboletas venceu um prémio. Qual?

2 – Rachael é filha de um conhecido autor da Nova Zelândia. Qual o seu nome?

3 – Thomas é coleccionador de que animal?



Regras do Passatempo:

- O passatempo decorre até às 23:59 do dia 4 de Agosto.

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Para participarem terão de enviar um email para marcadordelivros@gmail.com com as respostas, juntamente com os seus dados pessoais (nome e morada).

- Os premiados serão sorteados aleatoriamente e o nome dos vencedores
será publicado neste blogue e os mesmos serão avisados por email.

- Só serão permitidas participações a residentes em Portugal e apenas uma por participante e residência.



Sinopse

Rachael King, filha de Michael King, um dos autores mais populares na Nova Zelândia, aventura-se na escrita com um romance “mordaz e magnético”, segundo a Book Page. Ambientado no século XIX, acompanha a vida de um coleccionador de borboletas que partiu numa expedição científica em busca de um espécime raro, na floresta tropical do Amazonas. Quando regressa a casa, a sua mulher não o reconhece tal é a tristeza que o invade. É então que se fica a saber que Thomas, o coleccionador, em conjunto com outros três ingleses haviam sido presas fáceis da acção ardilosa do corrupto magnata da borracha, o senhor José Santos. Sujeitos passivos e activos de diversas atrocidades, Thomas e os colegas voltaram homens diferentes. Esta é uma história de paixão e beleza, brutalidade e morte, entre a recatada alta burguesia eduardiana da viragem do século XX e a perversão e os perigos ocultos na luxuriante selva amazónica, que rodeiam o próspero negócio de borracha no Brasil.

O primeiro romance em Portugal e no mundo, já traduzido em 8 linguas, venceu o prémio «Best Newcomer Award» de 2007, atribuído pela New Zeland Society of Authors.



Novidades literárias vindas do outro lado do atlântico

No Brasil acabou agora de ser lançado o livro Gente das Águas de Agnes Mariano. A particularidade deste livro é que foi publicado em formato e-book, pela editora plus. Todos os livros publicados por esta inovadora editora são inéditos, gratuitos e lançados apenas em formato e-book, ou seja, em formato electrónico. Como o Brasil é um dos nossos países irmãos, e além disso um destino turístico de excelência, este livro sobre a Bahia de certeza que irá interessar muitos leitores portugueses.

Sinopse:
Estamos tão acostumados com a equação jornais = notícias, que esquecemos como o mundo não pode ser resumido, sempre, em 200 palavras. Para nos recordar como o bom jornalismo é um testemunho permanente do mundo, e de nós mesmos, que a Editora Plus traz aos leitores Agnes Mariano, jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia e doutoranda em Comunicação na Universidade de São Paulo. Neste livro, a autora reúne quatro grandes reportagens, uma reportagem especial e dois perfis, sobre a história e histórias da Bahia e do litoral baiano, acompanhadas de inúmeras fotos das praias, das pessoas e das paisagens. São perfis de pessoas como Dona Francisquinha, que com suas vidas simples, árduas, construíram famílias, identidades e a cidade de Salvador.

Sobre a Editora Plus
A Editora Plus é uma entidade sem fins lucrativos que publica livros electrónicos, inéditos e gratuitos. Inspirada no ideal do conhecimento livre, a editora foi criada em Novembro de 2008, para publicar exclusivamente livros electrónicos. “Nossos livros estão sempre limpos. Nossos livros estão sempre novos”, é o lema da editora. O trabalho de edição é conduzido por uma equipa de voluntários espalhados por todo o Brasil, entre revisores, diagramadores, capistas, entre outros. O autor contribui com R$49 (cerca de 15€), para custear as despesas com o registo na Biblioteca Nacional. Depois de finalizado, cada livro ganha uma página no site da editora, com links para download, espaço para comentar a obra, contactar o autor e até fazer doações. Os leitores também participam, fazendo traduções, gravando audiobooks e divulgando. Os livros são licenciados em Creative Commons – uso liberado, desde que sem fins comerciais.

Colecção TEEN

TEEN (Tonifica E Estimula Neurónios) é a nova colecção de vertente fantástica e de aventura, lançada pela Saída de Emergência, direccionada a um público juvenil-adulto.

Esta colecção tem início com dois títulos: Daenerys - A Mãe de Dragões, de George R. R. Martin e Illusya - O Reino Encantado, de Bruno Matos. O primeiro é a compilação dos capítulos da personagem Daenerys presentes em "A Guerra dos Tronos" e "A Muralha de Gelo", que, pelo facto de conterem acontecimentos relativamente independentes dos restantes do livro e não decorrerem em Westeros, podem ser lidos separadamente. Este livro será ainda alvo de uma promoção nas livrarias Bertrand, em que compras superiores a 25€ terão direito à oferta do mesmo.



Mais algumas características desta colecção:

- Será lançado um título por mês, com destaque não só para grandes nomes internacionais da actualidade (Terry Pratchett, George R. R. Martin, Stephen Lawhead, etc), mas também as mais recentes obras para jovens autores. Serão lançados 3 títulos de autores portugueses nos próximos meses. Dois dos próximos títulos são Alex 9 - A Espada do Rei Dragão, de Martin S. Braunn e O Veneno de Ofiusa, de Francisco Dionísio.
- Os livros desta colecção serão de capa dura e já respeitam o novo acordo ortográfico.

Por fim, podem ver aqui o trailer da nova colecção:


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Profecias - O futuro do mundo, de Pietro Ubaldi

TRECHO:
Estou escrevendo em terra brasileira, no Natal de 1955, em São Vicente, sua "cellula mater", três anos após haver desembarcado, a 8 de dezembro de 1952, nesta minha nova pátria. E o faço às vésperas do lançamento de uma segunda Obra, de doze volumes como a primeira. Esta nova Obra pode ser denominada brasileira, em relação a anterior, que foi a italiana.
À guisa de conclusão desta, bem como ponte de ligação com a II Obra, resumimos, em seu 1º volume, Comentários, uma série de documentos que, encerrando a I Obra, também abre as portas à segunda.
Agora, aqui se explica a gênese desta II Obra. Narrarei, assim, eu mesmo, este primeiro período de minha história brasileira, uma vez que minha vida é conhecida publicamente só até 1951, quando foi escrita.
Devo explicar tudo isso para que, além de todos os comentários e juízos feitos a respeito de acontecimentos, inclusive de meu trabalho, nestes meus primeiros três anos brasileiros, possa compreender-se o verdadeiro significado de tudo, observando-o em profundidade. Devo fazer compreender o sentido desses fatos, que passou despercebido a muitos, embora sua grande importância. Isso, porque, nestes três anos de requintado sofrimento, pelo assalto das forças do mal, não somente o bem venceu, mas essa vitória nos colocou ante os olhos as provas evidentes de que minha missão no Brasil é verdadeira.
E, realmente, nesse período, foram lançados os alicerces dessa missão e o edifício começa agora a elevar-se.
Poderei também, destarte, explicar o aparecimento desta II Obra, que agora é apresentada ao público brasileiro, bem como suas características e significação.
Trata-se, portanto, de esclarecimentos necessários, nesta nova e grande mudança de minha vida, em que se inicia um período de realização prática no Brasil, após o período teórico italiano, quando escrevi somente livros (I Obra).
No volume seguinte, Comentários, com que se inicia a presente II Obra, foi lançado um olhar retrospectivo para a história da I Obra, italiana. Nesta introdução à II Obra, lançamos, ao contrário, um olhar para nosso futuro trabalho, demarcando as novas posições sobre as quais edificaremos o novo edifício.
Exporemos o problema com inteligência e bondade, sem rancores (como fazem geralmente os vencidos), antes com a generosidade do vencedor. Estudá-lo-emos racionalmente, sem animosidade, para demonstrar aos incrédulos, e também aos mais fervorosos adeptos de qualquer religião, que Deus é, na verdade, onipresente e operante também na Terra e que Sua Lei é verdadeira.
Damos a palavra aos fatos. Eles demonstram que o bem é realmente mais forte e sabe vencer todos os obstáculos da maldade. O objetivo é oferecer uma útil lição moral.
Este trabalho será realizado em duas fases. A primeira, mais breve, representada pelo presente capítulo para explicar o caso vivido e suas conseqüências. Posteriormente, uma segunda, mais ampla, com a finalidade de demonstrar e desenvolver, sobre bases experimentais, a teoria da defesa através do método evangélico da não-resistência e da luta conduzida sem armas humanas, mas tão somente com o poder do conhecimento e da bondade. Esta segunda fase será desenvolvida no volume A Grande Batalha.
Dos choques sofridos grandes ensinamentos obtive. Apenas, para cumprir minha missão, tive que descer do terreno teórico de simples escritor para o terreno prático das realizações. E se agora estou escrevendo sobre o assunto é tão-somente para comunicar ensinos que podem ser úteis aos outros.
Nestes três anos, tenho visto a mão de Deus trabalhando junto de mim, realizando uma série de milagres, uns após outros. Contra qualquer probabilidade ou possibilidade humana, tenho visto o bem triunfar. Tenho visto e tocado com as mãos. Agora, já não é mais possível duvidar. Já tenho as provas, estou certo do futuro. Sobre elas levantar-se-á a nova construção, a obra de Cristo. E as forças do mal nada poderão contra ela.
Não se trata de qualquer fé nebulosa ou fantástica, mas de uma férrea crença, porque racional e experimentalmente construída sobre fatos. Procedamos, pois, sem delongas, a seu exame.