
Este romance, pintado num tom nostálgico, com brilhantes ilustrações da vida nas aldeias portuguesas do interior transmontano, emprega uma linguagem tipicamente serrana, dando vida a personagens emotivamente ricas e preenchidas.
O romance é dividido em duas partes e com dois interlocutores diferentes, que são as duas personagens principais, numa técnica que resulta e que nos dá a perspectiva e imagem da mesma situação vista por duas personagem diferentes. O recurso aos pensamentos das mesmas, possibilita-nos completar a situação de uma forma esclarecida e original.
O recurso à prolepse permite-nos um profundo enquadramento da história e ao mesmo templo completar com o que aconteceu no passado o vácuo temporal de 25 anos de história.
O Homem que viveu duas vezes foi uma agradabilíssima surpresa, uma vez que o autor é recente e a história é por si encantadora, quer pelo estilo do autor, quer pela imaginação vertida na narrativa.
Face aos predicados aqui suscitados, naturalmente que este é mais um romance que aconselhamos a todos aqueles que procuram uma história bem conseguida, mas acima de tudo, a todos os que procuram boa literatura portuguesa.
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