domingo, 13 de dezembro de 2009
Já podemos dizer..."Feliz Natal"
Feliç Natal
Haruki Murakami - Auto Retrato do Escritor
Nota: 5 Valores
sugestões natalícias ii...
Aldo, John Burningham, Caminho, colecção Borboletras
Simbolismo (Numérico) Rosacruz, de Rodolfo Domenico Pizzinga
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA SUCINTA DA ORDEM ROSACRUZ (AMORC)
Em conformidade com o livro Preguntas y Respuestas
Rosacruces com la Historia Completa de la Orden Rosacruz, a
Irmandade nasceu tradicionalmente no Egito sob a orientação da
Jsboef) Opkb) Esbodb.1 A organização inicial da Fraternidade,
bem como muitas de suas regras e estatutos, são devidos ao Faraó
Thutmose III, que reinou até oitenta e nove anos, falecendo em 1447
a. C. Esse insigne Faraó, ao que indicam os registros da Ordem
Rosacruz, enquanto manteve a forma externa da religião por motivos
estratégicos e políticos (os Kheri Hebs - altos sacerdotes - eram
extremamente poderosos naqueles tempos), aplicava-se em segredo
às doutrinas místicas. O perigo constante de invasões por países
vizinhos e a permanente sombra da guerra pairavam sobre o Egito.
Assim, a vida de Thutmose III e a própria segurança do País
dependiam da cooperação militar e da manutenção tolerante da velha
religião. Uma mudança radical durante seu reinado teria contemplado
conseqüências imprevisíveis.
A instalação do Primeiro Grande Conselho da Ordem aconteceu
durante a semana - segundo o calendário atual - que começou em 28
de março e se encerrou em 4 de abril de 1489 a. C. G p{f)fratres e
sorores tiveram assento nesse Supremo Conselho composto por
opwf) irmãos e usèt) irmãs. É extremamente simbólica e
significativa tal combinação numérica, como é, também, o número de
integrantes desse Conselho. A Irmandade não recebeu nenhum nome
profano, e a própria palavra Ro sa cru z não foi mencionada pela
Agremiação nem por ela utilizada. Essa Irmandade, portanto, não era
Rosacruz no sentido em que a Ordem é hoje internacionalmente
conhecida. Mas suas raízes, princípios e objetivos derivam e datam
daquela antiga Fraternidade.
Antes de seu falecimento, Thutmose III entronizou seu filho,
Amenhotep II, co-regente do Reino. Sucederam-no Thutmose IV,
Amenhotep III e Am en h otep IV, último Grande Mestre da estirpe do
Fundador e com o qual estão familiarizados todos os rosacruzes. Este
Ilustre Hierofante nasceu em 24 de novembro de 1378 a. C. e aos
onze anos foi coroado Faraó. Sua filosofia e seus ensinamentos,
presentes e pertinentes até hoje, continuam a ser ministrados e
discutidos universalmente em todos os trabalhos realizados nas Lojas
Rosacruzes e nos sancta privados. A proclamação de Amenhotep IV
pelo Vvqsfn p)Fpotfmip como P ftusf ocorreu em 9 de abril
de 1365 a. C., no Templo de Luxor, em presença de toda a família real
e de sua futura esposa, Nefertiti.
A vida desse admirável e incompreendido Faraó é bastante
conhecida e, por isso, resumir-se-ão, apenas, alguns fatos relevantes
concernentes à sua ação mística. Inspirado, aboliu a adoração de
ídolos e instaurou o culto b)vn )tñ )G fvt, cuja manifestação física
era representada pelo Vpm - o Vën cpmp)eb)Yjeb - consoante as
epvusjobt) tfdsfubt de que era depositário e profundo
conhecedor. A grande inovação geral e publicamente anunciada foi a
mudança do culto ao Sol como um deus no culto do único Deus
simbolizado pelo Sol.2 Este fato representou o começo do monoteísmo
no Egito e a origem da admissibilidade e da adoração de uma
G jwjoebef) ‘ojdb, não-terrena, espiritual, existente em tudo e
em todos. Entretanto, antes, houve Moisés... Estava, assim,
consumado o primeiro sinal das futuras religiões ocidentais. Abaixo se
transcreve um excerto de um hino de Am en h otep IV em honra e
glória ao G ¿vt))‘ojdp:
Quão múltiplas são Tuas obras!
Estão ante o homem escondidas.
Oh Deus único!, em cujo lado não há nenhum.
Tu criaste a Terra
Segundo Teu Coração.3 (grifo m eu).
No bojo das reformas que encetou, desencorajou o culto aos
deuses vigentes e tornou inócuas as obras que seu pai - Amenhotep
III - havia feito erigir em Luxor e Karnak - ali construídas tão-só para
apaziguar a casta sacerdotal. Também mudou seu nome - que
significa Amon Está Satisfeito - para Akh n áto n - a Gló ria de Gló ria d e Gló ria de Gló ria d e
Ato n Aton . Abandonou Tebas e construiu novos edifícios e um templo em
Aton Ato n
forma de cruz em El Amarna (Akhetáton). A Cru z An sa ta Cru z An sata foi por ele
Cru z An sata Cru z An sa ta
introduzida, e todos os membros da Organização usavam-na
simbolicamente.
Entusiasmado pelos temas espirituais, desinteressou-se(!?) dos
seus afazeres administrativos, e não enfrentou politicamente, com a
reclamada energia, o momento histórico que vivia seu País. Sua
saúde deteriorou-se, vindo a falecer em 24 de julho de 1350 a. C., com
vinte e oito anos incompletos. A forma e a repercussão de sua morte
(transição) só é conhecida dos iniciados dos altos graus das
Fraternidades Autênticas. O culto a Amon foi imediatamente
restabelecido e a Fraternidade teve quase sempre que se ocultar até o
primeiro quartel do século XX. O conhecimento só era transmitido
após juramento solene e sagrado do postulante, e sua divulgação só
era permitida no âmbito das Lojas. Entre esse lapso de tempo existiu,
todavia, por exemplo, a R sefn )ep)Wfn qmp.
A partir de então, cuidadosamente, a Ordem instalada por
Akh n áton esparramou-se pelo mundo, e inspirou movimentos
esotéricos com base nas Leis e nos Princípios formulados pela
Jsboef) Opkb) Esbodb. Religiões também estiveram sob a
supervisão direta dessa Jsboef) Opkb. Esta afirmação pode
causar surpresa e até uma controvérsia inconciliável. Todavia, se
forem feitas as conexões corretas ao longo da história, e se se
estudarem aprofundadamente os diversos movimentos religiosos,
observar-se-ão similitudes em todas eles, como se todos estivessem
ancorados em origens e princípios básicos comuns. Algumas
dessemelhanças, evidentemente, são de plano percebidas. Entretanto,
no que concerne às doutrinas particulares, é necessário observar que
as apócopes doutrinárias sempre ocorreram, menos em benefício das
respectivas confrarias, mais em proveito das classes dirigentes - quer
religiosas, quer políticas - progressivamente privilegiando o poder
temporal, e relegando para planos menos importantes a própria
espiritualidade e os princípios iniciáticos. Este é o porquê de, na noite
do inexistente do tempo, as religiões sempre acabarem por cair em
obsolescência, definharem e serem atualizadas por novos
movimentos. O percurso do afloramento e do desabrochamento
espiritual da humanidade é extremamente lento, e sempre foi
silentemente observado e acompanhado pela Jsboef) Opkb)
Esbodb. Não há - nem poderá haver um dia - assim, uma última e
definitiva religião. Ainda que possa contrariar o senso comum, a
verdade é que, no tempo, a tendência será o completo
desaparecimento das religiões na forma pela qual, hoje, estão
hierárquica, autoritária e despoticamente organizadas. A
Wfpdjèodjb)acabará por prevalecer.
Alguns episódios principais serão a seguir relatados. As crônicas
rosacruzes registram que no ano 1000 a .C. apareceu no Egito um
personagem chamado Salomão. Chegou a El Amarna em 4 de junho
de 999 a. C. O jovem investigador, após os testes habituais, foi
iniciado na Fratern id ad e. Entretanto, antes de completar o quarto
exame, partiu de El Amarna, e alguns anos depois fez construir um
templo, na Palestina, em tudo semelhante ao que havia encontrado na
Cidade Egípcia. Ali estabeleceu uma fraternidade apenas de homens,
contrariando o Ssjodëqjp) ef) Lh vbmebef, da qual
(historicamente) derivou uma respeitada agremiação fraternal. O
Ssjodëqjp)ef)Lh vbmebef entre os sexos e a própria libertação
da mulher não ocorreram, como se pensa, com o advento do
Cristianismo. De maneira velada, prudente, suave e muito lenta, mas
firme e indesbotável, teve seu início histórico (público) em El-Amarna,
com a instalação da Fraternidade fundada por Akhnáton e o
surgimento incipiente do monoteísmo. Ainda que convictamente a
Fpotdjèodjb) Fñ tn jdb tenha sido simbolizada por um astro
masculino (?), usèt mulheres tiveram participação efetiva no Primeiro
Conselho (físico e, portanto, terrenal) da Fraternidade. Até então nada
semelhante havia acontecido. Mas se se admitir a existência da
Atlântida... E ao se acolher a possibilidade da Lemúria... Tudo, na
verdade, é cíclico no Universo. Ascensionalmente. Por outro lado, na
própria Fraternidade dos Essênios - bem antes do Cristianismo - o
Ssjodëqjp) ef) Lh vbmebef já existia, e era estritamente
observado. Não se pode mais desacreditar do fato histórico e
autêntico de que Jesus e seus pais terrenos eram membros da
Fraternidade Essênia.
Os registros rosacruzes informam, outrossim, que cruzaram o
umbral da Ordem, entre outros, Solon, Anaximandro, Pitágoras e
Platão. Pitágoras ingressou na Fraternidade em 2 de abril de 531
a. C., e, após ter sido admitido no grau dos Illu m in ati Illu m in ati Illu m in ati Illu m in ati, partiu com
jóias e documentos para Crotona, para ali fundar uma Grande Loja e
disseminar prudencialmente os ensinamentos adquiridos no Egito.
Assim, de Tell-el-Amarna, e, posteriormente, de Tebas, de
Heliópolis e de Alexandria foram difundidos para o mundo os
ensinamentos rosacruzes, e muitos pensadores da Antigüidade lá
estiveram para sorver dessa fonte, para depois derramarem a Lu z
que receberam tal como a interpretavam. Um dos lemas capitais da
Organização é: D) n bjt) bn qmb) upmfsàodjb) efousp) eb)
n bjt) ftusjub) joefqfoeèodjb. Esta sentença, talvez,
explique (ou até justifique) em larga extensão, algumas (ou muitas)
mudanças que são observadas nas distintas fases pelas quais,
ascensionalmente, transita o pensamento de um autor,
nomeadamente se estiver vinculado a uma fraternidade esotérica
autêntica. Fora desse círculo específico, este fato também é
francamente notado. Mas, no âmbito da jojdjbåäp - e exatamente
por isso - as mudanças são mais acentuadas e podem, no tempo, até
se tornarem inconciliáveis e contraditórias. Lojdjbåäp) ç)
tjoò ojn p)ef)n veboåb. Mudança que se passa para além da
noesis. Mudança que se reflete na própria vida do iniciado. Fazendo
justiça ao esforço de cada iniciado para compreender o porquê da
existência, pensa-se que não haja um efetivo compromisso com uma
idéia em si. medida que avança em direção ao Ffousp)eb)Ov{,
reformula conceitos anteriores. O Iniciado é um ? permanente.
Há compromisso, sim, inabalável com a busca da Lu z - que é filha do
inexistente tempo - com a percepção parcelar e progressiva da
Verdade, com o autodesenvolvimento e com a solidariedade fraterna
com todos os seres humanos, sejam membros de sua confraria, ou
seres singulares não-iniciados peregrinando nesta Terra, dando
cumprimento as suas experiências individuais. A bem da verdade, o
jojdjbep) está integralmente comprometido com todos planos da
dsjbåäp.
Por isso, todos, ao longo de suas vidas, publicaram ao menos
um livro - uma obra fraterna e amorosa - contendo alguma parte da
filosofia ou da ciência rosacruzes. Raríssimas exceções podem ser
assinaladas ao longo da história.
O misticismo, com o passar das horas, declinou, reergueu-se,
enfim, sofreu oscilações, que só podem ser interpretadas
adequadamente se compreendidas as Leis que regulam os
movimentos cíclicos da Natureza, do Planeta, do Sistema Solar e do
próprio Universo. Um novo ciclo de iluminação traçado pelos altos
oficiais da Jsboef)Lsn boebef)Esbodb foi o estabelecimento
de um movimento público com o nome de Igreja Cristã. Nesse sentido,
a comunidade dos Essênios, a Igreja Cristã e outras corporações
análogas sempre representaram o lado público - exotérico - da
Jsboef) Isbufsojebef) Esbodb. Sustentar, assim, que a
Religião Católica tenha sido estabelecida exclusiva e especificamente
por Jesus, o Cristo, é um erro flagrante e um equivocado
conhecimento histórico do percurso esotérico do misticismo,
principalmente porque a Jsboef)Isbufsojebef)Esbodb (da
qual o Grande Mestre e Humilde Peixe foi - e continua sendo - um de
seus mais sublimes representantes), se bem que sempre tenha se
interessado por todos os movimentos religiosos de todos os países,
jamais privilegiou ou se identificou com nenhum em particular.
Apoiamento, sim; exclusividade, jamais.
E assim, velada ou publicamente, os ensinamentos
sistematizados por Akh n áto n e pela Jsboef) Opkb) Esbodb
expandiram-se de Norte a Sul, do Oriente ao Ocidente. Vários
pensadores deixaram gravados fragmentos da sabedoria hermética,
para serem apreciados por aqueles que se interessam por esses
temas. Tal foi o caso, por exemplo, de Platão, de Atenas, com Fédon,
A República e Timeu; Plotino com as As Enéadas; Geber, de Haman,
com O Perfeito Magistério; Avicena, de Bacara, com o Tratado de
Alquimia; Alberto Magno, de Subia, com Segredo dos Segredos;
Tomas de Aquino, com Tesouro da Alquimia (consultar Anexo XLVIII);
Rogério Bacon com o Livro das Seis Ciências; Arnaldo de Villeneuve,
da Catalunha, com o Rosarium Philosophorum; João de Meng, da
França, com Romans de la Rose; Ferrarius, da Itália, com o Tesouro
da Filosofia; Nicolau Flamel, da França, com o seu Trésor de
Philosophie; Basilio Valentim, de Maguncia, com o Currus Triumphalis
Antimonii; Isaac, da Holanda, com a Opera Minerali; Bernardo
Trevisano, de Pádua, com a sua Filosofia Natural dos Metais; Tomas
Norton, de Briseto, com Ritual de Alquimia; Tomas Dalton, da
Inglaterra, com Twelve Gates of Alchemy; Pico de Mirándola, com De
Auro; Paracelso, da Suíça, com a sua Cabala dos Mundos Físico,
Astral e Espiritual; Tomas Charnack, da Ilha de Thanet, com as suas
obras Breviário de Filosofia e Enigmas de Alquimia; Simón Studion, de
W ürtemberg, com Naometria; Robert Fludd, de Kent, com o seu
Tractatus Theologophilosophicus; Leonardo Fioravanti, da Itália, com o
seu Sumário dos Arcanos de Medicina, Cirurgia e Alquimia; Michael
Maier, da Alemanha, com Revelatan de Fraternitati Rosæ Crucis;
Jacob Boheme, com os livros Verdadeiros Princípios e Mysterium
Magnum; J. B. van Helmont, de Bois-le-Duc, com De Vita Eterna; Jean
d‘Espagnet, com Arcanum Philosophiæ Hermeticæ; Miguel
Sendevougius, da Morávia, com a sua Nova Luz de Alquimia; Alberto
Belin, de Besancow, com as Aventuras do Filósofo Desconhecido;
Thomas Vaughan, do País de Gales, com Lumen de Lumine; Leibniz,
com Eloges des Académiciens; John Heydon, da Inglaterra, Atlantis;
Rosæ Crucian Infalible Axiomata; F. Jollivet Castelot, da França, La
Rose Croix; Harvey Spencer Lewis, dos EEUU, com Autodomínio e o
Destino com os Ciclos da Vida, A Vida Mística de Jesus e As
Doutrinas Secretas de Jesus; Ralph Maxwell Lewis, dos EEUU, com
Símbolos Antigos e Sagrados e O Santuário do Eu; e Raymond
Bernard, da França, com Mensagens do Sanctum Celestial e Novas
Mensagens do Sanctum Celestial. Esta lista contempla um número
reduzidíssimo de autores e de obras esotéricas. A bibliografia
autêntica e completa sobre esta vertente especulativa do pensamento
é monumental, e, talvez, já tenha ultrapassado a cifra do milhão de
obras impressas. Algumas, entretanto, permanecem ainda inéditas,
esperando o tempo próprio para sua divulgação. O Livro de Jasher
(citado na Bíblia em Josué, X,13 e no 2o Livro dos Reis, I,18) é um
exemplo do que se afirmou. Perdido, oculto ou suprimido por séculos,
foi traduzido do hebraico para o inglês por Flaccus Aibinus Alcuíno, da
Bretanha, abade de Cantuária, e trazido à luz, pela primeira vez, em
Bristol, em 1829. A primeira edição americana foi patrocinada pela
AMORC, em 1934. O Evangelho de Tomé ... 1945 d. C... Os
Evangelhos Apócrifos... Infelizes daqueles que, autoritariamente,
surripiaram o conhecimento ao qual a Humanidade deve e precisa ter
acesso. O Movimento Católico, por exemplo, tem muito que explicar
às futuras gerações... Mas, podem ser proibidos, queimados e/ou
ocultados os livros. A tbcfepsjb, contudo, jamais poderá
evanescer. Ela é parte necessária e integrante ebr vjmp)que é.
Controvérsias religiosas e turbulências políticas sempre
obrigaram a Ordem - em conformidade com determinadas leis
enigmáticas - a contemporizar com uma regra antiqüíssima, que
impunha o funcionamento das Lojas a períodos de atividade e a
períodos de sonolência (inatividade), sendo cada ciclo composto de
108 (cento e oito) anos. Um ciclo completo de existência - do
nascimento de uma Loja até seu renascimento - dura 216 (duzentos e
dezesseis) anos. Esse número (108) é por demais significativo,
bastando para esta exposição informar que se compõe de nove ciclos
menores de doze anos4. Doze são os signos do Zodíaco, doze são os
membros do Dmup)Fpotfmip, doze são os meses do ano, doze
eram os Discípulos próximos a Jesus, e doze também são as
consoantes simples do alfabeto hebraico. O quadrado de doze é um
número altamente cabalístico e conhecido de todos os esoteristas.
Para os não-iniciados e para os historiadores mal informados, antigos
ramos da Ordem foram tidos como desaparecidos, sem explicação
coerente ou consistente que justificasse tal acontecimento. Observe-
se, também, que doze pode ser entendido como resultado do produto
de quatro vezes três. Quatro representa a estabilidade e três (o
triângulo) a manifestação perfeita. Se é perfeito - como afirmou Ralph
Maxwell Lewis (Sâr Validivar), o usjàoh vmp contém tudo. E tudo
que Dele depende foi, é e será sustentado com perfeição, harmonia e
certeza de adequação. Por redução, ainda se pode perceber que 108
(cento e oito) equivale a 9 (nove); outra indicação esotérica, já que
nove representa o cubo de três, ou seja, três voltas completas em
torno do Wsjàoh vmp. Nove, sob outro aspecto, é a cifra da
semente, da semeadura, do renascimento que requer nove meses.
Assim, ao se multiplicar 12 por 9 ou 9 por 12, ou seja, quando se toma
por padrão qualquer um destes dois números, o resultado é o número
108, sumamente cabalístico e esotérico. Por último, acrescenta-se que
12 por adição é equivalente a três: a Wsjoebef. ALeF. 111.
Dando um enorme salto por toda a Antigüidade e por toda a
Idade Média, e chegando ao século XX (com plena convicção de que
se subtraíram deste resumo fatos e momentos importantíssimos da
história desta Augusta Fraternidade, como, por exemplo, o próprio
(re)nascimento da Ordem na Alemanha e as surpresas relativas ao
descobrimento do túmulo do personagem Ch ristian
Ro sen kreu tz, cujas iniciais C.R-C., na verdade, simbolizam e
aludem ao corpo hermético de ensinamentos tradicionais e arcanos,
cujo verdadeiro significado é Ch ristu s Ro sæ Cru cis), em 1909,
nos Estados Unidos da América, um novo ciclo de atividades públicas
foi inaugurado sob a responsabilidade e orientação de Harvey Spencer
Lewis. Como ensinou Raymond Bernard em sua obra As Mansões
Secretas da Rosacruz, no passado, alguns raros iluminados, que
tendo reconhecido o R ckfujwp, foram, em verdade, os primeiros
Yjhjmbouft) Vjmfodjptpt, reunidos na primeira G pn vt)
Vboduj) Vqjsjuj. Foi assim que, lentamente, a jojdjbåäp
constituiu-se nos continentes desaparecidos, e se aperfeiçoou ao
longo do tempo. A técnica rosacruz, sintetizada nos G p{f)
Fbn joipt, surgiu pelo esforço de jojdjbept que dissimularam
sua personalidade verdadeira sob o nome de Fisjtujbo)
Uptfolsfvu{. Os ep{f personagens, que a denominação
Fisjtujbo) Uptfolsfvu{ encobre, são, portanto,
fundamentais na busca iniciática. Nomes completos, segundo Bernard,
não acrescentam e não importam em nada na chave acima
mencionada.
Entretanto, Raymond Bernard transcreveu na obra aludida um
}
excerto do Ojcfs)W, que é o que se segue:
1. Fra \ I \ A \
electione fraternitatis caput
2. Fra \ Ch \
3. Fra \ G \ V \ M.G.P.
4. Fra \ F \ R \ C \ Junior Moeres S. Spiritus
5. Fra \ F \ B \ N \ P. A. Pictor et Architectus
6. Fra \ G \ G \ M. Pi Cabalista
7 e 8. Fra \ P \ A \ Successor Fra \ I \ O \ Mathematicus
9 e 10. Fra \ A \ Successor Fra \ P \ D \
11 e 12. Fra \ R \ C \ Successor Patris C \ R \ C\ cum
Christo triumphatis
Hy) G fp) obtdjn vs3) jo) Miftv) n psjn vt3) qfs)
Vqjsjuvn )Vboduvn )sfwjwjtdjn vt5)
Esses são considerados os G p{f) Ivoebepsft do novo
ciclo e, conseqüentemente, os qsjn fjspt) Uptbdsv{ft.
Entretanto, somente o mais elevado deles manteve o título de
C\ R\ \\ \C\ , mas todos, inicialmente, foram Fisjtujbo)
Uptfolsfvu{. Não se pode, todavia, deixar de fazer referência
ao Lmv tusf) Nv u4K v 4P j, P ftusf) Fñ tn jdp) f)
K jfspgbouf)eb)R sefn )Uptbdsv{)DP R UF. Ele é o cume
da pirâmide.
Para se ficar absolutamente adstrito à história da Ordem e
manter a mais irreprochável fidelidade quanto às manifestações
autênticas e públicas da Fraternidade, a primeira vez que foi expedida
uma comunicação oficial sob seu nome e selo, aconteceu na cidade
alemã de Cassel no ano de 1614, com os livros Fama Fraternitatis e
Confessio Fraternitatis. O primeiro continha a história, a constituição e
as Leis da Ordem. A Confissão da Fraternidade da Rosa-Cruz dava 37
(trinta e sete) razões para sua existência, definindo seus objetivos e os
meios para alcançá-los. Qualquer referência a pronunciamentos da
Ordem com data anterior à citada é inverídica e inidônea. Por outro
lado, os documentos promanados da Suprema Grande Loja, das
Grandes Lojas Nacionais e dos Corpos Subordinados só têm validade
se contiverem os selos tradicionais e autênticos da Fraternidade, e se
explicitarem que se trata de comunicação oficial. O sonho da Nova
Atlântida idealizado por Francis Bacon e materializado pela primeira
vez em 1694 na cidade da Filadélfia, tomava, então, em 1909, novo
impulso sob a direção de Harvey Spencer Lewis (Sâr Alden - Frater
Profundis XIII), e a Ordem Rosacruz, para efeitos legais e
reconhecimento universal, passou a usar seu legítimo título:
Dodjfou)P ztujdbm)R sefs)UptÆ )Fsvdjt)/DP R UF0, forma
abreviada do título latino - Doujr vvt)Dsdbovt)R sep)UptÆ )
UvcfÆ )fu)DvsÆ )Fsvdjt. E seu primitivo símbolo, constituído de
uma cruz de ouro com uma única rosa verm elha no centro, continuou
a ser o emblema máximo de todos os rosacruzes.
sábado, 12 de dezembro de 2009
A Sombra do que Fomos - Luis Sepúlveda
Título: A Sombra do que Fomos
Autor: Luis Sepúlveda
N.º Págs.: 160
P.V.P.: 14.40€
Sinopse:
Num velho armazém de um bairro popular de Santiago do Chile, três sexagenários esperam impacientes pela chegada de um quarto homem. Cacho Salinas, Lolo Garmendia e Lucho Arencibia, antigos militantes de esquerda derrotados pelo golpe de estado de Pinochet e condenados ao exílio, voltam a reunir-se trinta e cinco anos depois, convocados por Pedro Nolasco, um antigo camarada sob cujas ordens vão executar uma arrojada acção revolucionária. Mas quando Nolasco se dirige para o local do encontro é vítima de um golpe cego do destino e morre atingido por um gira-discos que insolitamente é lançado por uma janela, na sequência de uma desavença conjugal.
A minha opinião:
Conheci Luís Sepúlveda há alguns anos quando me ofereceram “Histórias de uma gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar mas, confesso, quando o li não fiquei grande fã da escrita do autor chileno. No entanto, com A sombra do que fomos, fiquei bastante agradada com a temática abordada, assim como a forma como o escritor fala dos problemas políticos do Chile, na década de 1970. Apesar de relatado no presente, A sombra do que fomos remonta ao passado, um passado ditatorial da era de Pinochet, que fez com que muitos chilenos tivessem saído do país, em busca de uma vida melhor e de mais liberdade, sobretudo na Europa. Porém, o tão esperado regresso ao seu país natal não lhes trouxe a felicidade esperada. Após 35 anos, quatro ex-militantes de esquerda encontram-se, recordam os tempos idos, e lutam por um objectivo que poderá mudar para sempre as suas vidas. Um pequeno livro, mas que reúne uma enorme mensagem. Recomendo.
Excerto:
“…do exílio não se regressa, que qualquer intenção de o fazer é um engano, uma tentativa absurda de habitar um país guardado na memória.”
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A avó Dan - Danielle Steel
Autor: Danielle Steel
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 148
PVP: 16,90 €
Sinopse:
A história d’ A Avó Dan, mais do que a narrativa de um amor impossível, é também a história da Rússia do início do século passado, revolução, perdas e infortúnios incluídos. No livro, tudo gira em torno de uma caixa. Danina, ou a avó Dan, deixa à neta três objectos: um medalhão com o retrato do homem que amou, umas quantas cartas enlaçadas em fita azul e as suas sapatilhas de bailarina na Rússia czarista. Objectos a contarem a juventude, os sonhos e a fuga da mulher que ela conhecia apenas como a … sua avó. Neste livro extraordinário, da consagrada escritora Danielle Steel, uma simples caixa, cheia de recordações de uma avó, oferece ao leitor uma incrível história de amor, juventude, sonhos e beleza. A Avó Dan tem tudo o que é necessário para ser aquilo que é: um romance clássico.
A minha opinião:
Um livro que me surpreendeu. Primeiro porque já tinha lido um livro da autora há alguns anos e não tinha gostado. Depois porque a história da Rússia no tempo dos czares fascina-me sempre. Tudo começa quando, após a morte de Danina, de 90 anos, a sua neta descobre, no meio dos seus pertences, uma caixa com os segredos mais bem guardados da sua avó. Nela, Danina tinha guardado as coisas mais preciosas para ela: as sapatilhas de ponta que usara enquanto bailarina de uma escola famosa russa, um medalhão com a fotografia do homem que sempre amara e, além de outras coisas, um conjunto de cartas que viriam a revelar a sua vida na Rússia. A protagonista fica então a saber um pouco mais da sua avó, que tinha desconhecido sempre. Danina ficara órfã de mãe muito cedo, com cinco anos, o que fez com que o seu pai tomasse a decisão de a levar para uma escola de bailado, garantindo-lhe uma educação melhor do que um pai e mais quatro irmãos lhe poderia dar. Apesar de ter ficado triste com a atitude do pai, cedo Danina se adaptou, transformando-se na melhor bailarina da escola. Era tão boa bailarina que chegou a dançar para os czares da Rússia, actuação que lhe granjeou uma amizade com os soberanos, sobretudo com o seu filho Alexei, que lhe viria a proporcionar ter férias juntamente com eles. Dessas férias Danina viria a conhecer o homem que viria a amar para o resto da sua vida. O problema é que esse homem era casado e tinha dois filhos, o que tornaria o amor entre ambos proibido. Perante a tentativa falhada de divórcio, Nikolai propôs que saíssem da Rússia e partissem para os Estados Unidos onde tinha um familiar pronto a acolhê-los, mas nem tudo correu como o esperado…
Um livro pequeno, que se lê de uma assentada e bastante interessante.Danielle Steel conseguiu fazer deste romance, um livro não muito lamechas e transportou-nos para a Rússia do início do século passado.
Discurso de Sathya Sai Baba: O AMOR É A VERDADE; A VERDADE É O AMOR; VIVAM EM AMOR - 22/07/2008 – Conferência Mundial de Educação
Encarnações do Amor Divino!
Durante os dois últimos dias, vocês compareceram à Conferência e sentados aqui neste salão,
suportando todas as inconveniências, ouviram os palestrantes. Foi a boa sorte de vocês que permitiu
que pudessem estar aqui, vindos de países tão distantes, e participassem desta Conferência. Vocês
chegaram aqui gastando muito dinheiro e passando por grande tensão. Isso, por si só, é um testemunho
da pureza do seu coração. Existem milhões de pessoas neste mundo. Existem mais de cem mil escolas
e faculdades. Mas, somente poucos de vocês foram abençoados com a oportunidade de vir aqui. Vocês
podem imaginar quão afortunados vocês são!
Ao vir aqui e participar desta Conferência, o que esperam aprender? Antes de tudo, vocês devem
compreender a natureza do seu próprio coração e manifestar os Valores Humanos, isto é, Verdade,
Retidão, Paz, Amor e Não-violência. Somente então poderão ser chamados de educados no verdadeiro
sentido da palavra.
As Mulheres da Casa do Tigre
Autor: Marion Zimmer Bradley, Andre Norton & Mercedes Lackey
Tradução: Rute Rosa da Silva
Edição: Difel
Nº de páginas: 546
Em As Mulheres da Casa do Tigre, Marion Zimmer Bradley abre aos leitores as portas de um reino de maravilhas e horrores, de conquista brutal, magia e transformações milagrosas."
7/10
A Dádiva
Sinopse: Da autoria da primeira mulher negra a ser distinguida com o Prémio Nobel da Literatura (1993), A Dádiva é um romance extraordinário que se passa na América do Norte de finais do século XVII. Profundas divisões sociais e religiosas, opressões e preconceitos exacerbados propiciam o cenário ideal para a implantação da escravatura e do ódio racial. Jacob Vaark é um comerciante anglo-holandês que apesar de se manter à parte do negócio dos escravos, que então dá os primeiros passos, acaba por aceitar uma menina negra, Florens, como pagamento de uma dívida de um fazendeiro de Maryland. Nesta parábola do nascimento traumático dos Estados Unidos, Morrison revela-nos o que se esconde sob a superfície de qualquer tipo de sujeição, incluindo a da paixão, e o quanto essa falta de liberdade é nociva para a alma.
Opinião
Já vinha com alguma curiosidade para conhecer a obra de Toni Morrison, a primeira escritora negra a ser distinguida, em 1993, com o Prémio Nobel da Literatura, pelos elogios da crítica, um pouco por todo o mundo, e também, por exemplo, António Lobo Antunes, que se confessou admirador da sua obra no livro de entrevistas com João Céu e Silva; por isso foi com imenso interesse que comecei a ler “ A Dádiva”.
Logo nas primeiras páginas somos conquistados pela sua escrita belíssima e ao longo do livro percorremos de forma encantadora a estória de uma escrava que é vendida, pela sua mãe, a um fazendeiro que iria mudar a sua vida.
O livro percorre ainda a história da América no século XVII, as divisões sociais e religiosas, entre os brancos e os negros, a escravatura, os ódios e amores de uma sociedade onde os negros são maltratados e vitimas de opressões e preconceitos vários.
É sobretudo um livro que cativa o leitor, onde se percorre as suas palavras belas, onde somos confrontados com algumas frases de cortar a respiração de tanta beleza nelas inseridas; reli algumas partes, apenas pelo prazer de ler uma escrita encantadora.
Apesar de ser pequeno, é um livro com uma grandiosidade imensa. Houve momentos em que andava indeciso entre ler depressa ou gozar com calma a leitura de páginas tão bonitas.
Toni Morrison ficará como uma escritora que quero imenso conhecer o resto da sua obra; se os seus romances tiverem o valor igual ou equivalente a este pequeno livro, então a autora americana será das melhores romancistas da história da Literatura.
9/10 - Excelente
Sorteio Natalício - Codex 632
O meu blog "Mil Livros, Um Sonho" decidiu oferecer um presente de natal aos seus seguidores e visitantes com nacionalidade portuguesa e brasileira.
O presente de natal é o livro Codex 632 do José Rodrigues dos Santos, ainda novinho e fresco, ainda não explorado ou lido.
Assim, inicia o sorteio até às 24h do dia 23 de Dezembro. Podem se inscrever aqui nos comentários (clique sobre a palavra comentários), mas devem referir os vossos blogs e, para aqueles que não têm blogs mas que são visitantes do meu blog, devem deixar o e-mail. Caso contrário, se não indicarem o blog ou e-mail, serão excluídos do sorteio. Vou fazendo uma lista de participantes pela ordem da vossa inscrição. No dia 25 de Dezembro, será anunciado o vencedor!
Lista:
* Catarina (Blog ? Ou E-mail?) - deve referir o seu blog ou e-mail - actualização 12/12/2009
* Sophie (Blog Esmiuçar os Livros)
* Silent Raven (Blog As Leituras do Corvo )
* Beαtriz (Blog Read to Grow Europe)
* B. (Blog Leituras de A a B)
* Pedro (blog O mar as leva, o mar as traz)
* maria (Não tem blog, mas encontra-se inscrita)
* N. Martins (Blog Quero Um Livro)
* Darkinha (Blog Maldição)
* Leto of the Crows (Blog As Ameias do Crepúsculo)
* Mariana Malhão (Blog A Galáxia dos Livros)
* A. (Blog Leituras de A a B)
* Tatiana (Blog O Cantinho da Tati)
BOA SORTE A TOD@S!!!
Wook com sugestões de leitura no Alfa Pendular
Os passageiros do Alfa Pendular terão ainda acesso a condições especiais de compra dessas obras online: um desconto mínimo de 10% e portes de envio gratuitos na aquisição de qualquer um dos livros anunciados. A oferta é válida para compras efectuadas na livraria online WOOK (www.wook.pt) e trata-se de mais uma campanha de incentivo à leitura deste que é o maior projecto de comércio electrónico em Portugal na área da cultura.
Participam nesta primeira edição a Bertrand Editora, a Editorial Presença, a Gradiva Publicações, a Editora Objectiva e a Porto Editora. Sendo uma publicação periódica, está prevista, para breve, uma nova edição com diferentes sugestões de leitura.
Romance de Raquel Ochoa recebe Prémio Agustina Bessa-Luís (Revelação)
Este ano, o romance de Raquel Ochoa convenceu o júri, presidido por Vasco Graça Moura. Segundo a Estoril Sol, a acta do Júri afirma que o romance revela «uma assinalável qualidade narrativa, conjugando bem os elementos de natureza documental acerca dos contextos pessoais e colectivos da experiência portuguesa na Índia».
A saga da família Carcomo cativa pela qualidade da efabulação e desenho de personagens». O enredo deste romance «baseia-se na aventura de uma família indo-portuguesa, originária de Damão, que sobrevive e se adapta à turbulenta História mundial do último século, evocando uma saga nos tempos em que a Índia longínqua era portuguesa. Quatro gerações habitam Nagar-Aveli, Damão e, por fim, Lisboa. Uma casa é abandonada para sempre. Este romance histórico é baseado num relato verídico».
O Prémio Agustina Bessa-Luís foi criado em 2008 pela Estoril Sol e foi atribuído pela primeira vez este ano. Tem um valor pecuniário de 25.000 euros, para além da edição da obra pela Gradiva. Este ano concorreram 72 obras.
O primeiro livro de Raquel Maria Fialho Costa Ochoa, nascida em Lisboa em 1980 e licenciada em Direito, O Vento dos Outros foi editado em 2007 pela Planeta Vivo e é uma crónica de viagens à América do Sul, que a autora percorreu de lés a lés, desde a Costa Rica à Patagónia.
A segunda obra, editada no ano seguinte pela mesma editora teve como título Bana - Uma Vida a Cantar Cabo Verde é a biografia oficial do cantor mais importante de Cabo Verde, que revelou ao mundo, entre outros, Cesária Évora e Tito Paris.
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Raquel Ochoa
O Vento dos Outros
Planeta Vivo, 15€
Raquel Ochoa
Bana-Uma Vida a Cantar Cabo Verde
Planeta Vivo, 34€ (inclui CD com mornas do cantor)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Sugestões natalícias...
(Prescreve-se igualmente a todos os que precisam de se sentir bem com a vida, maiores ou menores.)
ATENÇÃO: O Fantástico chega a Guimarães!!
O Fenômeno Da Morte, O Que Acontece Quando A Mente Deixa O Corpo Físico: Diferenças Entre Transição De Profano E De Iniciado, de Frater Velado
Abstract
ESTA Monografia Pública de IOK-BR se destina a descrever, de forma
superficial e acessível a qualquer internauta, o que ocorre com o ser
humano por ocasião do advento da morte, e quais os rumos que a
mente individual daquele que morre fisicamente pode tomar no Cósmico,
dependendo das condições psíquicas em que tenha vivido e das crenças que
tenha professado, bem como do tipo de evolução que haja auferido ao longo
da existência material. Muitos parentes de mortos têm uma concepção
simbólica totalmente material do ente querido que os deixou, enquanto para
outros essa concepção é espiritual. Esta Monografia examina essas duas faces
de uma mesma questão: a continuidade da vida individual fisicamente e
espiritualmente.
Nostalgia pela esperança
Finda a opressão da ditadura militar, regressados os que tiveram de procurar abrigo noutras paragens, ficou no entanto perdido para sempre o idealismo dos que queriam mudar o mundo. Regressaram a casa mas continuam expatriados: não são daqui nem de lá, desse Chile que Pinochet marcou profundamente no mais íntimo do povo nem dessa Europa onde tentaram lançar amarras.
Só a mestria inconfundível de Sepúlveda consegue fazer do encontro de três velhos companheiros de armas, revolucionários reformados mas não conformados, perdedores (de si e dos ideais de esquerda) uma autêntica catarse para toda uma geração (ou serão duas?) que acreditou verdadeiramente que os amanhãs cantariam.
Em “A Sombra do que Fomos” Sepúlveda narra-nos a mesma estória a dois tempos e múltiplas vozes. No fundo, quando sorrimos com Salinas, Garmendia, Arencibia, Aravena ou mesmo Crespo sorrimos para nós próprios (e por nós).
O romance, que mereceu ao escritor mais um galardão, desta vez o Prémio Primavera de Romance 2009, lê-se com o mesmo prazer de “O Velho que Lia Romances de Amor” ou “Patagónia Express”, para citar só dois dos seus livros mais conhecidos. E só não nos deixa amargurados porque Sepúlveda fez as pazes com o passado e sabe contá-lo com sensibilidade e ironia – que a inteligência permite dosear nas exactas medidas.
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Luis Sepúlveda
A Sombra do que Fomos
Porto Editora, 14,40€
Novidades Fronteira do Caos
Título: Sonhos Submersos
Autor: A. Pinto Correia
Editora: Fronteira do Caos Editores
Colecção: Ficção Contemporânea
PVP: 14.70 euros
Data de Publicação: Novembro de 2009
Número de Páginas: 156
Sinopse:
Via-se ante um mar imenso e azul, sepultando fés, sacrificando homens, interpondo distâncias. “Sonhos Submersos” e não saberia por que lhe ocorrera semelhante frase.
António Pinto Correia descreve como se fosse ficção a densa especificidade da experiência pessoal de uma mulher que conheceu a paixão e o desamor, acompanhando-a na dormência e nos despertares do sonho.
Baseado numa história verídica, “Sonhos Submersos” é um romance invadido pelo oceano de memórias de Soledade, emigrante portuguesa na Venezuela que retorna ao seu país de origem e a uma vida de pobreza e solidão, pela mão do único homem que amou. … O sonho, a desolação, a busca de ânimo, a exaustão, a suspensão do tempo, a sensação intensa de fim, a sobrevivência e a morte, são-nos oferecidos através da expressão intensa da emoção de quem tem fé em Deus mas conclui que os homens são bichos da terra. Deus escreve direito por linhas tortas ou Deus algum cometeria esse pecado?
Um livro intenso e arrebatador.
Título: Clube de Leça, 125 Anos
Autor: António Ramalho de Almeida
Editora: Fronteira do Caos Editores
Colecção: Fora de Colecção
PVP: 35 euros
Data de Publicação: Novembro de 2009
Número de Páginas: 231
Excerto da obra:
Edição comemorativa dos 125 anos do Clube de Leça. O livro que agora se publica constitui um precioso registo da memória de 125 anos de história de uma instituição social e cultural de referência no país. Constitui igualmente uma sentida homenagem aos associados que mais se distinguiram durante a sua longa e distinta vida. O Clube de Leça foi um ponto de encontro de algumas figuras cimeiras da nossa cultura e passou ao longo destes 125 anos, por inúmeras transformações. Este livro convida-nos, pois, a olhar para o passado, com um piscar de olhos ao futuro. Profusamente ilustrado, o livro que agora damos à estampa contém um conjunto valioso de documentos cujo interesse ultrapassa, em muito, a mera curiosidade sobre a história do Clube de Leça, ou sobre alguns aspectos mais pitorescos da vida cultural e social de uma determinada época.
Novidades Dom Quixote para Janeiro de 2010
Um Amor em Tempos de Guerra – Júlio Magalhães
António, menino travesso, sabe de duas coisas: a primeira é que o vizinho da frente é um homem poderoso, importante, nada menos que o Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar. A segunda é que ele, António, tem o mesmo nome. Esperam os pais que a mesma sorte.
Gente pobre e humilde, António é criado no Vimeiro à sombra da grande casa da família Salazar, até ao fatídico dia em que o pai de António, único sustento da casa, morre prematuramente. António é obrigado a deixar a escola e a tomar a rédea do destino da família. Desde cedo aprende a sustentar a família revelando-se também um rapaz inteligente.
Pouco antes do falecimento do pai, rebenta a guerra em África e Portugal vê-se a braços com uma guerra que se julga de fácil resolução. No Vimeiro a mesma é vista como sendo uma “coisa” feita lá muito longe e que nunca chegará aquele pedaço de terra do interior. No entanto a guerra arrasta-se e António, menino e moço quando a guerra estala (1961) vê o seu nome nas listas de incorporação e, poucos meses depois, embarca no célebre navio Niassa para Angola.
Júlio Magalhães, com este livro, dá-nos uma visão muito realista de vários importantes factos da nossa História: o de um Portugal oprimido, atrasado e rude, dominado por um regime autoritário e conservador que amordaçava quem ousasse sequer pensar. É comum ler expressões como “as paredes têm ouvidos” ou “aqui não se falam destes assuntos”. Um país triste de gente triste, mergulhado na superstição, no temor à igreja, cheio de mitos que, digo eu, nunca se libertou. O autor explora, e muito bem, expressões tão usuais hoje em dia como “o que os vizinhos vão dizer”, ou “parece mal”. Ou seja, Júlio Magalhães consegue explanar e transmitir-nos uma imagem bem real e nítida de uma nação cheia de mitos, superstições, medos, vergonhas, onde tudo se fazia para parecer bem (tal como hoje em dia).
É assim, neste contexto, que surge o grande tema do livro: A Guerra de Ultramar.
E Júlio Magalhães tenta exorcizar fantasmas, quebrar tabus que ainda hoje se mantêm. Uma vez mais expressões como “tudo isto para quê?”, “em nome de quem esta guerra?”. O sofrimento do homem comum, inculto, rude, que se vê arrancado da sua terra e da sua família para ir combater para uma terra que não lhe diz absolutamente nada e que, lá chegando, se depara com atrocidades que desconhecia por completo, pois as notícias que a censura deixa passar, transmitem uma guerra cheia de facilidades, quase um passeio onde os únicos mortos se devem a acidentes de viação…
O autor consegue transmitir todas essas imagens de uma forma muito viva e realista. É doloroso sentir o sofrimento e a saudade de milhares de homens, simbolizados em António e outros soldados, que, a milhares de quilómetros, se apoiavam uns nos outros, surgindo assim amizades fortíssimas, para toda a vida, que, para qualquer um de nós, é difícil de entender.
No meio deste principal tema, o autor descreve-nos uma belíssima história de amor que se inicia na infância e que se prolongará pela eternidade, no entanto, a meu ver, o que torna o livro um excelente livro, embora a história de amor seja terna e bela, é, forçosamente o acontecimento que atolou o país de 1961 a 1974 e que lançou milhares de jovens portugueses para o desconhecido e que tantos traumas causou e causa.
A técnica narrativa de Júlio Magalhães é um misto de ficção com realidade. É óbvio que o autor se baseia em factos verídicos e histórias pessoais reais. Muda os nomes e cria os diálogos, mas todo contexto é real e, mais importante, representa milhares de homens e famílias que se reverão nesta obra.
Algo que também sobressai é a pintura de uma Angola dominada pelos portugueses onde, excepto no mato, se vivia bem e de uma forma tranquila e acomodada. E depois, quando os portugueses começam a debandada, a imagem de uma Angola destruída, feia, em plena guerra civil, onde a tranquilidade desaparece para dar lugar ao caos e à destruição. Fica clara uma crítica expressa num grito de mágoa assente no personagem Brito sobre a forma como o processo de independência foi realizado, que, insatisfeito afirma: “a guerra ainda não acabou” ou “depois de tanta coisa entregarmos as colónias desta forma?”.
Como senão apenas posso referir a previsibilidade da história de amor. Desde o início percebi ser aquele amor intemporal e, em momento algum pensei que os acontecimentos pudessem ser diferentes. Porém, repito, o interesse do livro está na explanação da Guerra de Ultramar, um assunto tabu, uma época que necessita, que merece ser esclarecida e debatida de uma forma séria e honesta pela sociedade portuguesa.
Sem preconceitos ou reservas, estamos diante de um excelente livro.
Classificação: 5
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Resumindo (só sei que foi assim)...
Queridos amigos leitores deste blog, nosso último post sobre o projeto foi no dia 25 de julho. Nossa! Como isso foi acontecer? Tanto tempo sem falar das nossas crianças. Por isso resolvi escrever para explicar que durante este período foi mais ou menos assim:
Por causa da gripe suína (lembram-se dela?) paramos duas semanas. Depois disso foi uma correria. Algumas vezes o Tino não estava, outras vezes eu, mas o projeto aconteceu todos os sábados.
Então, vamos "rebobinar a fita" da memória e lembrar dos melhores momentos.
O sol esquentou demais e nem os calaguinhos aguentaram ficar no jardim. O pátio da Creche Comunitária da Criança nos abrigou.
Disponibilizamos para a turminha a coleção de livros do PROJETO BEM ME QUER. Foi uma festa. A turma, atenta, ouviu nossa apresentação sobre o tema de cada livro e depois escolheram qual levariam pra casa.
Em setembro, de volta a nossa generosa sombra...
...os dias passaram com muitos passarinhos cantando e um descanso para os mediadores…
...pois as crianças leram muito pra gente. E nós gostamos muito de desfrutar desse interesse.
O livro do Tino, CADÊ O JUÍZO DO MENINO? chegou por aqui acompanhando de outros títulos presenteados pela EDITORA MANATI, que enriqueceu nosso acervo.
A mediação do livro CHAPEUZINHO VERMELHO dos irmãos Linn e David Roberts (Editora Zás Trás) fez o maior sucesso.
Outubro chegou trazendo muitos presentes…. A primavera, a chuva das flores, o dia das crianças… tudo comemorado com muita algazarra. Por causa da chuva, saímos do jardir e "acampamos" o projeto no pátio da Creche.
E não é que apareceu uma florzinha por lá. A Juliana - que há muito não aparecia no projeto - nos fez uma bela surpresa e trouxe a querida Maria Júlia para apresentá-la aos meninos. Festa total!! A fofura ficou super à vontade e encantou a todos.
E nós, que não somos bobos, aproveitamos a oportunidade passar e pedimos para Juliana contar uma história. Ela não se fez de rogada e prendeu a atenção de todos com seu repertório de contos populares.
Comemorando o Dia das Crianças entregamos os kits de livros do projeto Leitura para Cidadania - Livro Vivo doados pela editora Paulus.
A garotada ficou muito feliz com o presente.
Lembrando que no início e no final de cada encontro o Tino comandava a turma com muita cantoria. Músicas do nosso folclore, músicas do Tino e muitos brinquedos cantados. Com esta turma tão animada, o mês passou rapidinho.
A conhecida “chuva das flores” não parou… Apesar de podermos utilizar o pátio interno da Creche, às vezes ele era palco de reuniões com os professores e com os pais das crianças atendidas pela instituição, o que impossibilitava nosso trabalho. E com o coração apertado, no último sábado de outubro, resolvemos dispensar o grupo um pouco mais cedo este ano. Difícil segurar a emoção com tantos rostinhos tristes … Ninguém queria ir embora... Nem a gente…
As crianças partiram com a esperança de que retornaríamos logo. "Nosso" jardim, desta vez, ficou silencioso.
Hatuna Matata.