Não há nenhuma doença como a cobiça,
Nenhum inimigo como a raiva,
Nenhuma miséria como a pobreza
Nenhuma alegria como a sabedoria.
(Verso em Sânscrito)
A doença não está limitada ao corpo. A mente e os sentidos são igualmente afligidos por doenças, a
principal delas é a cobiça. Todos conhecem os efeitos negativos sofridos por Duryodhana e seus irmãos
por causa de sua cobiça. A cobiça é uma das principais doenças que afligem a humanidade. Eu não
sofro de qualquer tipo de enfermidade física porque não existe nenhum traço de cobiça em Mim.
Conseqüentemente, doenças físicas são desconhecidas para Mim.
Não há nenhum inimigo igual à raiva. Eu não tenho nenhum sentimento de aversão por qualquer um
nem ninguém tem sentimentos adversos contra Mim. Eu amo a todos igualmente e todos Me amam. O
princípio de vida em todos é o mesmo. A criação inteira é uma mansão. A relação entre os membros da
humanidade inteira é como a de vários membros de uma única família. O ódio e raiva são a origem de
todos os sentimentos de divisão. Não há nenhum traço de raiva ou ódio em Mim e, conseqüentemente,
todos me amam.
Não há nenhuma miséria igual à pobreza. Eu não sou pobre em nenhum sentido. O amor em Mim é
Minha riqueza. Como pode a cobiça Me tocar quando sou tão repleto com riqueza. Não há nenhuma
pobreza em Mim. É essencial para todas as pessoas evitar estas três tendências negativas. Por causa
disto estou em bem-aventurança permanente. As preocupações não me aborrecem de forma alguma.
Garga era muito respeitado tanto pelos Pandavas quanto pelos Kauravas. Ele era o preceptor da família
de Nanda e dos Yadavas. Era um grande erudito repleto com conhecimento e sabedoria. Ele foi à casa
de Nanda e Yashoda para a cerimônia de batismo dos dois bebês.
Existem alguns assuntos esotéricos que não são amplamente conhecidos. As encarnações geralmente
acontecem em três categorias: branca, laranja e amarela. Mas eis ali um bebê que era negro.
Conseqüentemente, Garga considerou e achou o nome Krishna (negro) como mais apropriado. Depois
do batismo, Garga narrou vários episódios que eram para acontecer na vida da criança e depois de
permanecer para experimentar e apreciar alguns deles, ele partiu. Algum tempo depois, Garga visitou a
casa de Nanda novamente para ver Krishna. Ele era uma pessoa muito austera e estava acostumado a
preparar sua comida com suas próprias mãos. Ele não comeria nada tocado por qualquer outra pessoa.
Yashoda então providenciou um lugar retirado para ele preparar sua comida. Ele pediu um pouco de
farinha, melado e leite. O açúcar como um adoçante não era conhecido então. O doce era feito com
melado. Garga pôs os ingredientes em uma vasilha e preparou um pouco de pudim doce e, como era
seu hábito, ofereceu a Vishnu antes de comê-lo.
De repente, o menino Krishna entrou no quarto e começou a comer o pudim doce na vasilha. Garga que
estava rezando, abriu seus olhos e viu a criança comendo a comida que ele preparou para si mesmo.
Ele chamou Yashoda e disse a ela: "Mãe, você vê o que seu filho Gopal está fazendo? Eu estou com
fome e Ele comeu a comida antes de eu poder”. Yashoda segurou Krishna e o advertiu por Sua ação,
dizendo: "Você não sabe que o venerável Garga é o Guru de nosso clã e você poluiu sua comida. Não é
nosso dever honrar nossos hóspedes de uma maneira adequada?” Krishna respondeu: "Mãe, eu não fiz
nada sozinho. Foi ele próprio que me chamou para comer o pudim." Yashoda então perguntou a Garga
porque ele chamou Krishna a quem ela mantinha seguramente longe. Garga protestou dizendo que não
chamou Krishna. Krishna replicou dizendo: "Ó sábio, por que você está proferindo uma falsidade? Para
quem você ofereceu a comida em oração antes de partilhá-la? Não foi para Mim mesmo que você
rezou? Como você pode oferecer tudo para Mim primeiro e então começa a reclamar?" Garga ficou
perplexo por um momento, mas reconheceu que Krishna não era outro senão o próprio Vishnu. Ele
rezou a Vishnu e Krishna respondeu. Com esta compreensão, Garga teve muito prazer em comer o
restante do pudim comido por Krishna.
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