Samuel Beckett - Esperando Godot
Samuel Beckett, o criador da farsa metafísica.
Morto há dez anos, o autor irlandês iniciou sua obra teatral com a peça "Esperando Godot", na qual os clochards Vladimir e Estragon representam o homem eternamente à espera. Incontestável é o prestígio de Beckett, por toda parte, conforme atestam constantes encenações e publicações a ele dedicadas e que proliferam sobretudo por ocasião de seus aniversários - são os 70 anos, os 80 anos, os 90 anos do seu nascimento ou, como agora, os dez anos de sua morte, ocorrida a 22 de dezembro de 1989.
Muito já foi dito e redito sobre seu teatro, iniciado com a nunca suficientemente elogiada peça Esperando Godot (composta entre outubro de 1948 e janeiro de 1949), aquela farsa trágica ou tragédia farsesca do homem, o herói que expia o pecado de haver nascido ou, como diz textualmente o Beckett ensaísta, em Proust (1930): "A figura trágica representa a expiação do pecado original", e ainda "o maior delito do homem é o de haver nascido".
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