A primeira sessão da acção de sensibilização para a leitura correu bem, apesar da sua apresentação algo caótica. Em jeito de conversa informal, eu e o grupo de 20 mães, educadoras e professoras discutimos preconceitos, actividades, atitudes das crianças, situações concretas do ensino.
O destaque da sessão vai para a distinção entre motivação para a leitura e treino de competências, para evitar que os mediadores insistam em dar sempre actividades de acompanhamento da leitura, o que desvirtua o conceito de liberdade e autonomia que uma leitura individual supõe. Quando inventariámos os direitos do leitor (a partir de Como um romance de Daniel Pennac), confirmou-se a distinção. Outro ponto teórico abordado foi o da distinção entre leitura funcional e leitura intelectual. Para exemplificar a importância e relevância da leitura funcional, contei ao grupo a experiência que tive com o público que frequentou o atelier Ver para Crer, em Vila Franca de Xira.
Finalmente, reflectimos sobre as consequências positivas e negativas de uma iniciativa de promoção da leitura a par, entre pais e filhos e as formas de reforçar positivamente as experiências afectivas de leitura das crianças cujos pais não interagem com elas.
Na próxima sessão, tentarei sintetizar alguns conceitos e estabelecer algumas estratégias. No final, já que no sábado não houve tempo, voltaremos aos livros infantis e juvenis para algumas sugestões.
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