1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Os Colonos»?
R- “Os colonos” é o meu primeiro romance. Julgo que é também o melhor dos cinco livros que publiquei. Um deles, “O diário de Salazar”, vai na nona edição.Antes, ao longo de três dezenas de anos, fui apresentando diversos artigos técnicos dentro da minha área profissional, a Neurocirurgia. Refiro-os porque creio que influenciaram a minha forma de organizar o trabalho e de escrever.“Os colonos” insere-se num projecto mais amplo que conto levar a cabo com algumas intermitências. Quero fazer dois outros romances sobre o período que medeia entre a ocupação das terras do interior de África, no final do sec. XIX, e a descolonização. O conjunto poderá intitular-se “Trilogia do Lubango”. O último volume há-de chamar-se “Os retornados”.Procurei usar linguagem acessível a um público vasto. A partir da história da família Zarco tentei exprimir a angústia, a incerteza e a impressão de abandono dos que, fugindo à miséria, foram forçados a emigrar para terras supostamente selvagens que aprenderam a amar e a que acabaram por chamar suas.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Na origem deste livro estiveram sentimentos, antes das ideias.Nasci em Almendra, no Alto Douro, em 1943. Em 1950 a minha família mudou-se para o Lubango (Sá da Bandeira), no Sul de Angola. Ali me conheci. Foi no Lubango que fiz todo o ensino primário e secundário. Em 1960 matriculei-me na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Só voltei a Sá da Bandeira uma vez.Regressei ao Continente português há quase meio século. Sopraram os ventos da História e criaram realidades novas. O rapazinho que fui obrigou-me a escrever este romance. É obviamente uma história de amor.
R- Na origem deste livro estiveram sentimentos, antes das ideias.Nasci em Almendra, no Alto Douro, em 1943. Em 1950 a minha família mudou-se para o Lubango (Sá da Bandeira), no Sul de Angola. Ali me conheci. Foi no Lubango que fiz todo o ensino primário e secundário. Em 1960 matriculei-me na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Só voltei a Sá da Bandeira uma vez.Regressei ao Continente português há quase meio século. Sopraram os ventos da História e criaram realidades novas. O rapazinho que fui obrigou-me a escrever este romance. É obviamente uma história de amor.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Estou a ultimar uma obra de ficção que decorre nos dias de hoje mas que se prende à História dos marranos, os judeus portugueses escondidos, e a Belmonte em especial. É um livro que se destina a um público mais alargado, se possível internacional. Hesito ainda em dar-lhe o nome. Poderá chamar-se “Os Marranos” ou “ A última profecia”.
R- Estou a ultimar uma obra de ficção que decorre nos dias de hoje mas que se prende à História dos marranos, os judeus portugueses escondidos, e a Belmonte em especial. É um livro que se destina a um público mais alargado, se possível internacional. Hesito ainda em dar-lhe o nome. Poderá chamar-se “Os Marranos” ou “ A última profecia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário