quinta-feira, 14 de agosto de 2008

DIOGO DO COUTO

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Cronista excepcional, testemunha priviligiada da presença portuguesa no Oriente, Diogo do Couto nasceu em Lisboa, no ano de 1542.
No colégio jesuíta de Santo Antão, estudou Latim e Retórica. Antes de em 1559, partir para a Índia, para seguir a carreira das armas, foi moço de câmara na côrte. Como soldado participou, ao longo de uma década, em pugnas diversas que consolidadam a presença portuguesa no subcontinente indiano.
De regresso a Portugal, onde permaneceu dois anos antes de retornar de novo ao Oriente, vai descobrir Camões em Moçambique, com dívidas e sem dinheiro para voltar. Diogo do Couto, com outros, disponibiliza-se a ajudar o poeta, possibilitando-lhe a apresentação, na capital, da sua obra maior.
De novo em Goa, Diogo do Couto é nomeado guarda-mor do arquivo da Torre do Tombo da Índia, sendo-lhe cometida a missão de continuar as "Décadas" de João de Barros. Estes relatos serão a sua principal obra, conjuntamente com o famoso «Diálogo do Soldado Prático». Nele, Diogo do Couto critica a corrupção, mau funcionamento e ganância que grassa entre muitos dos que mandam em Goa, no auge da dinastia filipina. Numa linguagem muito directa, quase crua, de grande simplicidade, traça um fresco de ampla envergadura, não hesitando em descer ao pormenor de carácter chistoso, à pequena história ilustrativa, ao episódio grotesco.
Diogo do Couto morreu em Goa, no ano de 1616.
(Fonte de informação: Grandes Protagonistas da História de Portugal)

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