«Os editores que, não o esqueçamos, fazem dos livros o seu negócio, estudaram de perto a evolução da infância para a adolescência e para a idade adulta e procuraram, de forma a aperfeiçoar os seus 'produtos', investir o mais possível nas questões dos jovens, nas suas necessidades, no que eles querem ler. Esta iniciativa em si pode parecer aceitável; no entanto, resulta em práticas editoriais que encontramos ainda hoje: a 'fabricação' de faixas etárias novas (pré-adolescentes, adolescentes, adolescentes e jovens adultos), às quais correspondem colecções bem específicas. As colecções destinadas a esta ou àquela idade inibem frequentemente os leitores (ou adultos que compram livros para jovens) e são completamente arbitrárias, pois nem todos os jovens têm os mesmos gostos, os mesmos centros de interesse na mesma altura. A leitura é, antes de mais, um acto individual e o que está em jogo na procura de títulos para ler é antes de mais a curiosidade e não a imposição.»
p. 33
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