terça-feira, 1 de julho de 2008

Manuel Córrego | Vento de Pedra


1– O que representa, no contexto da sua obra, o romance «Vento de Pedra»?
R– Venho do teatro, que pratico desde os verdes anos (actuação, encenação, dramaturgia). O teatro é uma arte de condensação, uma vez que a história tem de caber num tempo muito curto – não mais de duas horas. A dada altura defrontei-me com certos temas que não cabiam nesse módulo. O primeiro romance foi distinguido por um Júri prestigiado (Prémio Ler-Círculo de Leitores), o que me deu lastro para novas experiências.

2– Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R– A acção vai do final dos anos vinte até à revolução de Abril. Trata da luta da emancipação feminina num meio particularmente adverso. A história de uma mulher que é abandonada no dia das bodas de casamento e que, sentindo-se injustiçada, luta até à rotura pela verdade a que se julga com direito. Isso e o que há sempre em tudo o que escrevo – a tangível melodia da pessoa humana e a profunda harmonia do espaço em que se move.

3– Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R– Trabalho na revisão final de duas peças que sairão no Outono e de um livro de contos para o início do ano que vem, cumprindo o ritmo a que me tenho proposto – uma obra de ficção e duas peças de teatro em cada ano.
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Manuel Córrego
Vento de Pedra
Sopa de Letras, 12,40€
(Prémio Literário da Ordem dos Advogados/2008)

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