quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Portugal Hoje, O medo de Existir

Autor: José Gil
Editora: Relógio D'Água
Páginas: 142
ISBN: 9727088171

Sinopse: Portugal, Hoje — O Medo de Existir aborda traços de mentalidade (desde a inveja à dificuldade de «inscrição») que por serem particularmente acentuados no nosso país, entravam o seu desenvolvimento, abertura ao exterior, e, sobretudo, a sua dinâmica interna. E por «dinâmica interna» José Gil entende «um movimento profundo, para além do plano sociológico, que faz mexer as pessoas e as liberta para todo o tipo de procuras, invenções, experimentações nas várias dimensões da vida».
O livro revela que um pensamento criativo e com conceitos próprios se pode exprimir numa linguagem acessível.

Já há algum tempo que queria ler este livro, uma pequena mas muito completa reflexão feita pelo filósofo José Gil, considerado um dos 25 melhores Pensantes do Mundo da sociedade actual, sobre Portugal, o seu passado, o seu presente e o seu futuro, em geral e o povo português em particular.

José Gil, com este livro, consegue colocar o povo português em frente ao espelho, tirando uma radiografia mais do que completa, eu diria essencial, para que possamos compreender aquilo que fomos, o que somos e para o que caminhamos vir a ser num futuro próximo.

O medo de agir, a falta de confiança naquilo que é português em contraponto ao exagero na apreciação de ver qualidade em tudo o que é estrangeiro, a inveja, a falta de participação política, os políticos, a economia dos afectos, a mesquinhez, a pobreza de espírito, o poder, tudo isso é detalhadamente observado de forma simples e fácil de ler.

É, sem dúvida, um retrato bastante azedo de Portugal; o próprio autor explica o porquê de só apontar, maioritariomente, as coisas más, existindo certamente coisas boas no povo português, mas, provavelmente, só conhecendo os nossos defeitos é que podermos, juntos, melhorar e criar uma sociedade melhor ou, pelo menos, compreender o porquê de termos determinadas atitudes.

Essencial para quem queria compreender o mal que sofre Portugal e o seu povo, de uma maneira simples, sem filosofias complicadas, acessível a todos mas escrita de forma bastante inteligente.

8/10 - Muito Bom

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