“Wilt” apareceu na minha vida de forma curiosa: estava numa Feira de Livros de Saldos, aqui no Porto, quando ouço uma espanhola a comentar para um seu amigo que na escola, numa aula duma disciplina que não gostava, levava este livro, punha dentro do caderno e lia-o e, segundo ela, nunca se tinha rido tanto a ler como se riu aquando da leitura deste livro.
Aproveitando a deixa, e o preço mínimo, trouxe-o e comecei logo a ler para confirmar a sua opinião; logo nas primeiras páginas este livro arrancou-me umas gargalhadas bem sonoras, o que se manteve até ao final. Diverti-me imenso a ler “Wilt”, de um autor que nunca tinha lido nada. Gostei tanto que já comprei outro da mesma série e preparo-me para comprar os outros dois para ver se o bom humor da escrita de Tom Sharpe continuou. Às vezes, no meio de tantos livros “pesados” e “negros” que leio, e são muitos, ler um livro mais ligeiro é bom para lavar a alma.
Wilt é aquilo que podemos chamar de “ idiota-modelo”, é um professor que nunca é promovido, e conforma-se com isso, cuja única animação é levar o cão à rua e fazer as necessidades à noite para irritar a sua mulher, porque puxou a água e estragou o efeito do Harpic. Até que um dia a sua vida deu uma volta, foi considerado como o principal suspeito dum assassinato e aí começaram os verdadeiros problemas, tanto para ele para justificar que era inocente, como para a polícia explicar que aquilo era um…assassinato. E de peripécias em peripécias constrói-se um livro bem divertido do princípio ao fim.
O livro vem numa esteira de vários escritores com um humor tipicamente inglês, como por exemplo Nick Horny, Douglas Coupland, D. B. C. Pierre, entre outros, muito non-sense e situações insólitas: é como se os Monty Python escrevessem um livro, ou como se estivéssemos a ler aquelas aventuras de Mr. Bean que tanto nos faz divertir na televisão.
Para ler de sorriso largo, aproveitando o sol que tem feito, para nos lembrar que o humor é muito importante na nossa vida.
8/10 - Muito Bom
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