sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novidades Quidnovi para Novembro

Ficção:

Título: Memórias de Branca Dias
Autor:
Miguel Real
Tema: Literatura portuguesa
Páginas: 176
PVP: 14,95 Euros

A aguardada reedição do primeiro romance de Miguel Real pertencente ao ciclo sobre a história de Portugal e do Brasil, que prosseguiu com A Voz da Terra (Prémio Fernando Namora), O Último Negreiro e O Sal da Terra.

Sinopse: Com uma existência entre a História e a Lenda, considerada uma das matriarcas do Pernambuco, Branca Dias é, no século XVI, no Brasil, a
primeira mulher portuguesa a praticar «esnoga», a primeira «mestra laica» de meninas e uma das primeiras «senhoras de engenho». Oriunda de Viana do Castelo, denunciada pela mãe e pela
irmã e presa pela Inquisição nos Estaus, em Lisboa, Branca Dias embarca para o Brasil com
sete filhos, juntando-se ao marido, Diogo Fernandes, vivendo ambos entre Camaragibe e Olinda,
onde lhe nascem mais quatro filhos e educa uma enteada. Com a primeira visitação do Santo Ofício ao Brasil, em finais do século XVI, filhos e netos de Branca Dias são presos sob a acusação
de reconversão ao judaísmo e enviados para Lisboa, para onde terão seguido igualmente, presume-se, os ossos de Branca Dias, a fim de serem queimados no Rossio em auto-de-fé.
No presente romance, Branca Dias rememora a sua vida, da infância no Minho à velhice em Olinda, passando pela sua prisão em Lisboa, pela existência perturbada no engenho de açúcar, pelo levantamento da casa grande de Camaragibe e da casa urbana da rua dos Palhares (ainda hoje existentes), pelo convívio com Duarte Coelho, primeiro capitão donatário do Pernambuco, pela morte de Pedro Álvares da Madeira, comido pelos tupinambás, pelo candomblé dos escravos pretos, pelos terrores de uma nova geografia e de uma nova fauna, pelo martírio do povo miúdo português no Novo Mundo, evidenciando assim o lado popular do heroísmo quotidiano, exultante e aziago, miscigenador e dizimador, generoso e rapace, dos primeiros colonos portugueses no Brasil.

Título: A Casa Dajani Autor: Alon Hilu
Tema: Ficção Estrangeira
Páginas: 352
PVP: 19,95 Euros

Sinopse: Arredores de Jafa, 1895. Salah Dajani, um rapazinho
muçulmano perturbado que vive num casarão em ruínas rodeado de pomares ao abandono, é consumido por estranhas visões de um desastre que se abaterá sobre o seu povo. A sua
vida é, porém, virada do avesso com a chegada à cidade de um homem loiro e bonito, um colono judeu extremamente dinâmico, por quem se sente atraído e que vê como uma espécie de anjo salvador.
Trata-se do agrónomo Haim Margaliot Kalvarisky, que rumou à terra dos antepassados na esperança de salvar o seu casamento com Ester – bela, mas frígida – e que anda desesperadamente
à procura de terra fértil. Desde a sua primeira visita à Casa Dajani – para a qual é convidado pela mãe de Salah, que vê nele a última esperança de cura para a agonia do filho –, a amizade entre Kalvarisky e o rapaz está,
contudo, destinada à violência e à tragédia. Porque o colono não só cobiça a propriedade que o
deslumbra, mas também a bela mulher árabe de olhos verdes, cujo marido se encontra quase
sempre fora e acabará por morrer em circunstâncias misteriosas.
Este romance rico e colorido, construído a partir dos diários antagónicos dos dois protagonistas
à medida que negoceiam o amor, a honra e a traição numa Palestina em mudança, é uma recriação ficcional da história dos primeiros sionistas e uma apresentação magistral do confronto entre duas culturas através dos sentimentos individuais de duas personagens notáveis.
Ver: http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/07/14/AR2009071403322.html?referrer=emailarticle

Título: As Madrugadas em Jenin Autor: Susan Abulhawa
Tema: Ficção Estrangeira
Páginas: 384
PVP: 19,95 Euros

Sinopse: Na sequência da proclamação do Estado de Israel, os habitantes da aldeia de Ein Hod são expulsos das suas casas e levados à força para um campo de refugiados administrado pelas Nações Unidas. Entre eles encontra-se Dalia, uma palestina lindíssima com dois filhos pequenos – Yousef e Ismael – que chama a atenção de um soldado israelita cuja mulher não pode ter filhos. No caminho para o campo de Jenin, entre a multidão
em fuga, Ismael desaparece. É Amal – nascida em Jenin alguns anos depois – quem vai contar-nos o destino trágico dos dois
irmãos. Porque Ismael vai ser criado por uma família judia que o baptiza como David e, durante a guerra de 1967, achar-se-á frente a frente com Yousef, que o reconhecerá pela cicatriz que lhe atravessa o rosto e que ele próprio lhe causou na infância. E as consequências desse encontro serão irremediáveis. Passado durante um dos conflitos políticos mais brutais da História, este romance magnificamente escrito e traduzido em várias línguas aborda questões como a amizade e o amor, a identidade perdida, o terrorismo, a rendição e a coragem de lutar pelos direitos mais básicos.

Testemunho

Título: Unidos no Amor contra a Indiferença Autores: Manuel Matos e Isabel Barata
Tema:
Testemunhos

Páginas:
176

PVP: 14,95 Euros Testemunho escrito a quatro mãos que é um grito de dignidade e pelo direito ao amor, ao afecto, à sexualidade, a uma vida inteira e normal de cidadãos.

Sinopse:
Um testemunho de dois cidadãos portugueses —
um professor do ensino secundário e uma economista cuja actividade se tem desenvolvido sobretudo em IPSS — a quem têm sido negados ou sonegados esses direitos básicos em virtude de pertencerem a um grupo de pessoas que são normalmente invisíveis aos olhos da nossa sociedade – o dos cidadãos chamados deficientes. Uma história de amor poderosa e comovente e um testemunho que mudará necessariamente para sempre em quem o ler o olhar em relação a estes nossos concidadãos.



Álbuns:

Título: Doce Lisboa
Autores:
Clara Azevedo e Luís Chimeno Garrido

Introdução:
Anabela Mota Ribeiro
Tema:
Gastronomia
Páginas:
150
PVP:
24,95 Euros

Sinopse: Um álbum de pequeno formato, em capa mole, que recolhe as receitas mais famosas da nossa pastelaria (o pastel de nata, a bola de Berlim, o bom bocado, o palmier, etc.), «roubando- as» às melhores pastelarias da capital, permitindo a todos fazerem agora em suas casas, se assim o entenderem, os seus bolos favoritos. Lisboa é doce? É, nós achamos que sim. Lisboa tem a luz, as colinas, o rio, as pessoas, os aromas – que lhe conferem o estatuto de cidade suave e doce. Somos gulosos, assumimos… como tantos portugueses, por isso mesmo quisemos fazer um roteiro que desse a conhecer os pontos mais açucarados, espalhados pela cidade. É a nossa escolha pessoal. Uma espécie de Top 20 das pastelarias e confeitarias, mas claro que outras também teriam aqui o seu lugar. Algumas destas casas são já um cartão de visita de Lisboa, como a Antiga Confeitaria de Belém, a Confeitaria Nacional, a Versailles, a Mexicana ou a Suíça, ponto de paragem obrigatório para turistas e para portugueses. Outras, menos conhecidas, são famosas nos seus bairros, chegando a ter adeptos fervorosos. É um roteiro com muito açúcar, manteiga, farinha, ovos e canela, os ingredientes base essenciais para confeccionar bolos, bolinhos e doces sem fim. Doce Lisboa é um convite para uma viagem de doces dentadinhas!

Título: Cidades e Fortalezas do Estado da Índia
Autor: José Manuel Garcia
Tema: Álbum
Páginas: 224
PVP: 34,95 Euros

Sinopse: O inventário do património português disperso pelo Mundo constitui uma missão de grande importância cultural que urge realizar.através da recolha integral, ordenada e com qualidade das representações iconográficas portuguesas dos séculos XVI e XVII, patenteando como foram vistas cidades, fortalezas e regiões que entre Sofala e Macau formaram o que então os Portugueses chamavam o «Estado da índia». Um dos contributos mais relevantes para conhecer, visualizar e contextualizar o património monumental e cultural passando pelo inventário e apresentação das imagens das localidades onde os Portugueses exerceram a sua influência deixando aí um legado para a posteridade. Este livro assume grande importância para percepcionar o que foram as parcelas do Oriente tal como eram vistas na época, reflectindo a percepção dos sítios onde os Portugueses tiveram presenças sensíveis.

Título: As Missões - Bandeirantes, Jesuítas e Guaranis
Autores:
Miguel Real (texto) e Graça Morais (ilustrações)

Tema: Viagens
Páginas: 160
PVP: 34,95 Euros

Sinopse: Trata-se de um álbum organizado em conjunto com
o Centro Nacional de Cultura que, anualmente,
organiza uma viagem relacionada com a cultura
portuguesa no mundo e para ela convida um escritor e um artista plástico a fazerem uma espécie de diário que inclua a visão pessoal da sua visita. Desta vez, os convidados foram o escritor Miguel Real e a pintora Graça Morais, que – entre outros viajantes – foram acompanhados por Guilherme d’Oliveira Martins, director do Centro Nacional de Cultura e autor da introdução, e da jornalista Paula Moura Pinheiro, que fez algumas crónicas da viagem, pequenos apontamentos das suas impressões, lidos originalmente num programa radiofónico.
A viagem propriamente dita de que este livro se pretende o reflexo está relacionada com as missões portuguesas que os jesuítas fundaram na América do Sul nos séculos XVI e XVII (nos confins do Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina, Uruguai) para evangelização dos índios, sobretudo
guaranis, e que tão bem foram retratadas no filme A Missão, com Robert De Niro e Jeremy Irons. Miguel Real leva-nos desde a cidade de Lisboa no dia da partida a todos estes locais, em que já pouco resta das missões originais, pondo-nos a par dos problemas que os jesuítas enfrentaram nos seus intentos com os bandeirantes – civis sequiosos de ouro e riquezas – e com os próprios guaranis, que tinham uma sociedade muito diferente daquela que os religiosos lhes queriam impor. Ao mesmo tempo, vai-nos falando de figuras que se notabilizaram nos países por onde vai passando (escritores, pintores, políticos, etc.) e de algumas características destes povos sul-americanos, dando algumas pinceladas sobre assuntos como o tango ou a literatura de Jorge Luis Borges, por exemplo. E, enquanto a sua narrativa se estende, fala-nos ainda dos seus próprios sentimentos como viajante do século XXI a olhar para o passado, dos seus pensamentos
sobre esses jesuítas e as suas motivações, estabelecendo frequentemente paralelos com algumas
situações actuais. Como ficcionista que é, faz-se acompanhar de um anjo imaginário, que funciona como uma espécie de interlocutor ou segunda consciência, tornando o texto muito legível e atraente. Graça Morais ilustra a seu modo e através de colagens com fotografias a sua ideia destes locais onde há muitos séculos viveram no meio do nada jesuítas e índios.

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