segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Livros que foram e podem voltar a ser prendas


LIVROS EMBRULHADOS

Livros e prendas de Natal sempre foram sinónimos, ainda que não exclusivos. Com as memórias um bocado baralhadas, acho que o primeiro livro que me recordo de ter recebido no Natal era um livro ilustrado dedicado à época natalícia. Calculo que ainda não tenha sido transferido cá para casa, porque não o consigo encontrar, o que significa que não me vou lembrar do título ou do autor. Mas lembro-me bem da capa azul escura com uma árvore de Natal rodeada de crianças que cantavam. A história era uma espécie de calendário do advento, explicando algumas tradições natalícias de diferentes países e as ilustrações ainda tinham aquele traço ‘antigo’, quase clássico, e faziam-me regressar todos os anos à contagem decrescente até ao dia 24.
Mais tarde, recordo uma colecção do Círculo de Leitores que incluía três títulos que li e reli, e que continuam a pertencer à lista das mais agradáveis memórias de infância: O Pequeno Fantasma, de Otfried Preussler, Konrad, ou o Menino Que Saiu de uma Lata de Conservas, de Christine Nostlinger e Emílio e os Detectives, de de Erich Kastner.
Um ou dois anos depois, houve o embrulho com três álbuns do Tintin, de Hergé, os primeiros álbuns de banda desenhada que recebi, ainda sem saber que a banda desenhada me continuaria a acompanhar de modo tão regular ao longo dos anos. Eram eles O Caranguejo das Tenazes de Ouro, O Ceptro de Ottokar e A Ilha Negra. Todas estas prendas natalícias foram oferecidas pelas minhas mães (não é gralha), assim como uma série de muitos outros livros que aqui não caberiam.
Os livros-prendas de Natal continuam a ser um hábito. E sempre em regime de surpresa. O que significa que já estou a contar os dias para os livros que aí virão na noite de 24...

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