sábado, 12 de julho de 2008

Epístola a Diogneto

Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se espalhava pelas províncias do
império romano, impressionado pela maneira como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os
deuses pagãos, pelo amor com que se amavam, queria saber: que Deus era aquele em quem
confiavam e que gênero de culto lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões
aparecera na história tão tarde.
Foi para responder a estas e outras questões de igual importância que nasceu esta jóia da literatura
cristã primitiva, o escrito que conhecemos como Epístola a Diogneto.
O texto se revela, simultaneamente, como crítica do paganismo e do judaísmo e defesa da
superioridade do cristianismo.
Sobre este documento, infelizmente, não se sabe muita coisa. Elementos importantes que ajudam a
determinar e caracterizar uma obra, tais como autor, data e local de composição, bem como o
destinatário, ficam na sombra. De qualquer maneira trata-se de um documento de primeira grandeza
sobre a vida cristã primitiva que merece ser colocado entre as obras mais brilhantes da literatura cristã.
De acordo com os últimos estudos o destinatário mais provável seria o imperador Adriano, que
exercia a função de arconte em Atenas desde 112 d.C.
Exódio
Excelentíssimo Diogneto,
1. Vejo que te interessas em aprender a religião dos cristãos e que, muito sábia e cuidadosamente te
informaste sobre eles: Qual é esse Deus no qual confiam e como o veneram, para que todos eles
desdenhem o mundo, desprezem a morte, e não considerem os deuses que os gregos reconhecem, nem
observem a crença dos judeus; que tipo de amor é esse que eles têm uns para com os outros; e,
finalmente, por que esta nova estirpe ou gênero de vida apareceu agora e não antes. Aprovo este teu
desejo e peço a Deus, o qual preside tanto o nosso falar como o nosso ouvir, que me conceda dizer de
tal modo que, ao escutar, te tornes melhor; e assim, ao escutares, não se arrependa aquele que falou.

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