sábado, 18 de abril de 2009

Questionário (XV)


O questionário desta semana vem um bocadinho mais tarde do que tem sido habitual, mas cá está ele: as respostas pertencem à Djamb, do blog Folhas de Papel. Muito obrigado!

1 - Como surgiu a ideia de criares um blog sobre livros?
Sou adepta da blogosfera há vários anos e escrevi durante muito tempo num blog generalista mas, devido a mudanças na minha vida pessoal, apaguei-o há poucos meses porque já não fazia sentido continuá-lo. Contudo, continuei com uma vontade imensa de escrever, pelo que apostei na criação de um espaço onde falasse e pudesse partilhar opiniões sobre um dos meus hobbies: a leitura.

2 - És uma leitora rápida? Quantos livros lês, em média, por mês?
Enquanto estudante, sempre li muito e muito depressa. Nos últimos anos, a minha disponibilidade tem diminuído e a gestão de tempo pessoal é bastante diferente, pelo que leio 2/3 livros por mês. Às vezes mais, outras vezes menos.

3 - Qual é o teu livro preferido de sempre e porquê?
Não posso dizer que seja só um. Se um livro preferido é aquele que lemos mais vezes, posso referir "Filhos da Droga" de Christiane F., porque retrata uma vida intensíssima de uma miúda de 13 anos que se vê presa num mundo que não o seu, mas do qual acaba por se conseguir libertar com a sua determinação.

4 - O que te leva a identificares-te com uma personagem/história?
A sua energia e o que a movimenta.

5 - Género literário preferido e que livro recomendarias dentro do mesmo?
Adoro epístolas, diários, biografias e romances (sobretudo históricos) porque retratam modos de vida desconhecidos, culturas distantes, experiências diferentes, etc. Não só a leitura é uma forma de vivermos momentos "irreais" com as personagens, como é, sobretudo, uma fonte de cultura. "Filhos da Droga" de Christiane F. ou "Diário" de Anne Frank contam histórias verídicas de duas raparigas de mundos diferentes, em contextos sociais muito distintos.

6 - O que achas das adaptações cinematográficas de livros?
Adoro, porque é a forma mais "real" que temos de ver com os nossos próprios olhos aquilo que imaginamos enquanto lemos um livro, embora saibamos que o filme nunca será tão intenso e tão envolvente como a peça literária. Também é uma forma engraçada de confirmarmos que a capacidade de descrição de dado autor é realmente elevada. Aquele de que me lembro à partida é o Harry Potter, de J.K.Rowling, que tem adaptações muito boas em termos de personagens e de cenários: aquilo que a autora escreveu foi aquilo que meio mundo imaginou.

7 - Qual é a tua opinião sobre os e-books?
Sem dúvida, um gadget que não faz justiça aos livros tradicionais. Um e-book não é pessoal e não envolve, mas é uma óptima solução para ajudar no abrandamento da desflorestação. Defendo que a tecnologia deveria ser ainda melhor desenvolvida e muitíssimo bem trabalhada em termos de comunicação, de forma a mentalizar as pessoas que o seu egoísmo em ter prazer de ler um livro físico não pode ser mais importante que a "saúde" do planeta.

8 - Tens alguma ideia sobre o que deveria ser feito para aumentar os índices de leitura em Portugal?
Podia-te apresentar uma estratégia de marketing para propor a mudança de comportamentos, mas a origem é bastante simples: os bons hábitos adquirem-se em casa e são reforçados na escola.

9 - A leitura é uma paixão que nasce connosco ou está mais dependente de factores externos (muitos livros em casa desde a infância, etc.)?
Acredito em ambas as hipóteses. Há pessoas que nascem com dons para a música, para a arte, para a escrita. São paixões incontroláveis que dominam a vida das pessoas, pelo que acredito também que a leitura pode fazer parte desse grupo. Contudo, tal como se criam (maus) hábitos às crianças, nomeadamente a ver televisão durante horas a fio, pode também ser criado o gosto pela leitura.

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