História do livro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O surgimento e a evolução da escrita e
do livro entre os povos
A história do livro está diretamente ligada à história da humanidade e sua evolução nos diversos meios sócio-culturais e geográficos. Hoje, chamamos de livro a reunião de folhas contendo informações impressas e presas por um lado e montadas com uma capa. Mas na antiguidade não era bem assim.
Entre os sumérios o livro era um tijolo de barro cozido, argila ou pedra, com textos gravados ou cunhados. Esse tipo de escrita é chamado também de cuneiforme e é o primeiro registro humano de escrita, datado de três mil anos a.C.
A primeira evolução deste registro encontra-se no Egito. Os rolos de papiro que chegavam a vinte metros de comprimento, escritos com hieróglifos; é a chamada escrita hieroglífica. A civilização egípcia era dotada de grande religiosidade e a escrita era privilégio de sacerdotes, reis e rainhas, membros da realeza e escribas. O termo hieróglifo advém da união de duas palavras gregas: hierós (sagrado) e glyphós (escrita).
Os indianos faziam livros de folhas de palmeiras. Os maias e os astecas em forma de sanfona, de um material existente entre a casca da árvore e sua madeira. Os chineses, por sua vez, utilizavam rolos de seda para fazer seus livros e os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas de cera.
Com o surgimento do pergaminho, feito geralmente da pele de carneiro, tornou-se possível a confecção de livros como os que nós conhecemos, diferenciando dos atuais no tamanho, pois eram enormes, e caros, pois necessitavam da pele de vários animais.
Mais tarde, embora conhecido há muito tempo na China, o papel chega à Europa e com o invento da prensa de Gutenberg, o livro impresso, feito de papéis costurados e posteriormente encapados, torna-se realidade. Com essa invenção foi possível fazer vários exemplares de um mesmo livro, a um preço acessível, popularizando e democratizando a leitura.
Desde a Antiguidade, o registro da escrita é acompanhado pela religiosidade, pelos privilégios daqueles que de alguma forma mantinham a sociedade sob controle. A história, a transmissão de conhecimento, a informação era assim transmitida, registrada pelas classes sociais que ocupavam cargos de poder. Na Idade Média esse privilégio era detido pela Igreja.
Por estar intimamente ligado a religião, ao poder, à trasmissão de conhecimentos a escrita e os livros sempre foram alvo de censura ou de algum forma de vigilância por parte de autoridades, instituições, seja pelo teor religioso-teológico, pelo teor científico, sexual, informativo.
Na época da Inquisição, em 1559, a Sagrada Congregação da Inquisição Romana publicou o Index Librorum Prohibitorum, ou Lista dos Livros Proibidos, que visava a divulgar para a sociedade uma relação de livros que não poderiam, por seu "conteúdo pernicioso ou subversivo", ser lidos ou publicados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário