sexta-feira, 13 de abril de 2007

LANÇAMENTOS DIGITAL SOURCE - 2 LIVROS - 09/04/07


Avro Manhattan - Holocausto no Vaticano

A revolução ecumênica, embora aparentemente fascinante, tem-se demonstrado apenas como um outro Cavalo de Tróia, através do qual o poder católico, vestido de trajes contemporâneos, continua a deixar claro que a Igreja está mais ativa do que nunca. Os exemplos chocantes do terrorismo católico contemporâneo, ocorridos em Malta e no Vietnã, muitos dos quais tiveram lugar durante o ofício do "bondoso e velho Papa João XXIII" e, de fato, sob o pontificado de Paulo VI, dispensam qualquer elucidação. Eles são as provas mais condenatórias de que a Igreja Católica, apesar de sua alegada liberalização, fraternização e atualização, basicamente não mudou sequer um til. A portentosa significação do que está descrito neste livro, por conseguinte, deveria ser cuidadosamente escrutinada, para evitar que o passado se repita no futuro. Ou até mesmo agora, no presente.

Baya Gacemi

Nádia, uma mulher no terror da Argélia

Baya Gacemi conheceu aquela que, neste livro, se dissimula sob o nome de Nádia quando, para efeitos de uma reportagem, procurava mulheres vítimas do terrorismo. A jovem mulher, então com vinte e dois anos, aceitou descrever a sua história espontaneamente, sem floreados nem disfarces, contando mesmo certos pormenores relativos à sua família e à sua vida íntima. E fê-lo porque desejava que o seu exemplo servisse de lição a outras raparigas.


Nádia apaixona-se e casa com um membro importante do GIA, a organização islamista radical responsável por muitos dos massacres que cobrem de sangue a Argélia. O que ela nos conta é a sua vida repleta de sofrimentos, reduzida como foi à condição de "escrava" de um grupo terrorista permanentemente em fuga. E também o dia-a-dia de uma aldeia dos arredores de Argel, cuja população, ao princípio favorável aos terroristas, acaba por se revoltar contra eles face à sua implacável selvageria.


Retrato de um mundo que nos está próximo, mas que teimosamente ignoramos, Nádia – Uma mulher no terror da Argélia constitui um documento de grande valor humano, imprescindível numa coleção que publicou já títulos como Vendidas, Sultana – A vida de uma princesa árabe ou Meu Amo e Senhor, que, no seu gênero, constituíram marcos da edição internacional.

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