quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mais que um livro


Quem, como eu, gosta de ler e tem de andar diariamente em transportes públicos, decerto que aproveita esse tempo para avançar com as suas leituras, fazendo com que a viagem decorra mais depressa e de forma mais prazenteira.

Ontem, quando ia a meio caminho entre a minha casa e a estação de comboios, apercebi-me que me tinha esquecido de trazer o livro que ando a ler para me acompanhar nas viagens de ida e volta. A verdade é que ambas se revelaram um autêntico suplício: 25 minutos para lá, mais 25 minutos para cá tornaram-se em viagens de 2 horas em cada sentido. Olhei pela janela, apreciei a paisagem, reparei no que as outras pessoas iam a ler, notei alterações no ritmo do balanço do comboio, tentei de tudo para me distrair e fazer com que a viagem chegasse depressa ao fim... Mas acima de tudo, senti falta do aconchego de ir lendo e folheando páginas, imersa numa história muito para além das pessoas que me rodeavam, das suas conversas e do constante movimento de passageiros. Nessas alturas, um simples livro torna-se em muito mais do que isso: é um companheiro, um amigo, que, tal como uma pessoa querida, faz sentir a sua falta quando não está.

(Imagem do post retirada daqui)

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