O chão que ela pisa, é uma obra de Salman Rushdie, aclamado autor britânico de origem indiana, que conta uma estória baseada num triangulo romântico, sendo os seus vértices as personagens principais do livro: Vina Apsara, Ormus Cama e Rai.
O livro inicia-se com uma analepse. O autor escolhe uma das personagens, Rai, para ser o narrador desta estória, e principia o livro a meio da narrativa com a morte de uma das personagens principais: a diva da música Vina Apsara.
A partir daí vai à infância de cada uma das personagens e constrói brilhantemente as fundações em que se baseia toda a sua estória na vida adulta, onde se passa a trama principal da obra.
Este foi, confesso, um livro que me custou muito a ler. São mais de quinhentas páginas sobre amor, rock-and-roll, mitologia, numa obra onde o saber cultural do seu autor no inunda sem aviso. São dezenas de referências mitológicas e históricas, sendo que o livro se baseará numa metáfora: o mito de Orfeu (Segundo o mito de Orfeu – este era conhecido na antiguidade clássica como sendo possuidor de uma voz mágica e sobrenatural – este depois da morte da sua amada Eurídice teria tentado ir busca-la ao Hades – inferno – mas teria como condição não olhar para ela antes de saírem do mundo das sombas. Como não conseguiu resistir a essa tentação, Eurídice perdeu-se para sempre no inferno.)
Nunca tinha lido nada de Salman Rushdie e fiquei abismado. Apesar das primeiras paginas terem sido muito difíceis, a verdade é que com o decorrer da narrativa e com o desenvolvimento profundo que o autor faz das personagens, não há forma de não nos apaixonar-mos pela sua estória, pelas suas aventuras e pelo seu sofrimento.
Apesar das dificuldades iniciais da escrita de Rushdie, a verdade é que acabámos por adorar este livro e a forma culta como o autor reescreveu o mito clássico de Orfeu. Aconselhamos, sem qualquer margem para dúvida, a leitura desta obra, que é, no nosso entender, um elogio à arte de conjugar a boa escrita com a grandeza cultural.
O livro inicia-se com uma analepse. O autor escolhe uma das personagens, Rai, para ser o narrador desta estória, e principia o livro a meio da narrativa com a morte de uma das personagens principais: a diva da música Vina Apsara.
A partir daí vai à infância de cada uma das personagens e constrói brilhantemente as fundações em que se baseia toda a sua estória na vida adulta, onde se passa a trama principal da obra.
Este foi, confesso, um livro que me custou muito a ler. São mais de quinhentas páginas sobre amor, rock-and-roll, mitologia, numa obra onde o saber cultural do seu autor no inunda sem aviso. São dezenas de referências mitológicas e históricas, sendo que o livro se baseará numa metáfora: o mito de Orfeu (Segundo o mito de Orfeu – este era conhecido na antiguidade clássica como sendo possuidor de uma voz mágica e sobrenatural – este depois da morte da sua amada Eurídice teria tentado ir busca-la ao Hades – inferno – mas teria como condição não olhar para ela antes de saírem do mundo das sombas. Como não conseguiu resistir a essa tentação, Eurídice perdeu-se para sempre no inferno.)
Nunca tinha lido nada de Salman Rushdie e fiquei abismado. Apesar das primeiras paginas terem sido muito difíceis, a verdade é que com o decorrer da narrativa e com o desenvolvimento profundo que o autor faz das personagens, não há forma de não nos apaixonar-mos pela sua estória, pelas suas aventuras e pelo seu sofrimento.
Apesar das dificuldades iniciais da escrita de Rushdie, a verdade é que acabámos por adorar este livro e a forma culta como o autor reescreveu o mito clássico de Orfeu. Aconselhamos, sem qualquer margem para dúvida, a leitura desta obra, que é, no nosso entender, um elogio à arte de conjugar a boa escrita com a grandeza cultural.
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