Para encerrar as postagens sobre a 1ª FLIPIRI (Festa Literária de Pirenópolis), que aconteceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro, gostaria de escrever sobre um acontecimento e uma esperança.
O ACONTECIMENTO:
Entre as programações da 1ª FLIPIRI, estava a visita de escritores a algumas escolas da região. Numa destas visitas, o escritor Marco Miranda (autor dos ótimos livros O Paradeiro do Padeiro e A Menina que Queria ser Gambá) foi surpreendido com o poema escrito por Lucas Henrique, aluno da rede pública de ensino.
Rico em rimas e realidade, o poema – lido em sala de aula pelo aluno – revela a vida simples do menino e sua família: a casa humilde, as roupas sem nenhum luxo, as dificuldades da família regida pelo pai agricultor. Mas a vida do menino não é feita só de agruras. Superando todas as dificuldades, Lucas nos revela o que move sua esperança por dias melhores: a força da união familiar, o amor farto e incondicional que encontra em casa.
Marco Miranda, emocionado com o que ouviu, usou da sua sensibilidade para convidar o menino a participar das atividades da Festa Literária ao final da tarde do sábado, apresentando seu poema ao público presente à Casa de Câmara e Cadeia.
Ao chegar ao local, acompanhado do pai e do irmão, Lucas foi apresentado aos autores que queriam ouví-lo recitar antes da apresentação oficial. O pai, ficou no pátio externo – orgulhoso da notoriedade do filho, mas talvez envergonhado da sua condição simples. O irmão mais novo seguia Lucas por todos os corredores.
O escritor Hermes Bernardi Jr. – a exemplo do que aconteceu com Marco – ficou emocionadíssimo ao ver o menino poeta. Ouviu atentamente o poema, conversou com Lucas e depois ofereceu e autografou um dos seus livros para o garoto. Um pouco nervoso com a exposição pública, Lucas só relaxou quando o irmão mais novo – sem esconder o sorriso e o orgulho - bateu em suas costas e disse: “- Aê, Lucas. Ganhou um livro autografado. Massa, heim?!”
No final da tarde, o poema foi lido pelo autor para um público atento e igualmente emocionado. Aplausos ecoaram na sala e nos corações do todos. Lucas voltou para sua casa simples, para suas roupas sem nenhum luxo e para sua família repleta de amor. E é a partir deste ponto que destaco o outro tópico deste post: A ESPERANÇA.
Em nossa conversa com Lucas, o menino disse que gosta muito de ler, que já leu tudo o que podia na sua escola e que gostaria de ter mais livros ao alcance dos olhos. Nós e alguns escritores presentes prometemos enviar alguns livros para a sua casa, num sitio na periferia da cidade. Mas o que fazer com as outras crianças?
Uma Festa Literária numa cidade turística tem o poder de encher suas pousadas e movimentar o mercado local (Pirenópolis fica a pouco mais de 100Km de Brasília e Goiânia). Mas é de suma importância que as ações políticas do evento possam ultrapassar os limites dos três dias de festa.
Conversamos com o Secretário de Cultura da cidade, Gedson de Oliveira, e percebemos um interesse real de transformação. A integração com a distribuidora de livros Arco Íris (de Brasília) e as prefeitura de Pirenópolis, com a atuação da secretaria de Gedson, e as de Turismo e Educação ajudaram a fazer milagres neste primeiro evento. Tudo organizado com parcos recursos, alguns voluntários e muita boa vontade.
A próxima FLIPIRI está marcada para março de 2010. A esperança da qual escrevo aqui, é a de que possamos reencontrar Lucas Henrique e seus poemas por lá. Mas será ótimo encontrar também outros alunos apaixonados por livros, outras crianças embaladas por ótimas histórias, mais livros nas escolas, mais professores capacitados a lidar com literatura, mais pessoas da cidade participando da 2ª FLIPIRI.
Acreditamos que a prefeitura local e o Governo de Goiás possam trabalhar ainda mais lado a lado com pessoas que somam neste mundo do livro (como Íris Borges, que fez a mágica de brotar este primeiro evento) e desenvolver ações em torno do livro durante todo este ano para que a 2ª FLIPIRI seja mais rica também em participação popular.
Não podemos esquecer, como escreveu Ignácio de Loyola Brandão em sua coluna no Estadão, que o essencial destes eventos literários é “a tentativa de estabelecer o hábito da leitura, a formação do leitor que, uma vez capturado, jamais deixará de ler”. O povo de Pirenópolis está com a faca e o queijo nas mãos. Em terras goianas, isso pode significar um leque rico em sabores. Os Roedores de Livros já estão com água na boca para desfrutar do banquete do ano que vem. Hatuna Matata.
Legenda das fotos:
01 - Marco Miranda visita escola do município;
02 - O menino Lucas Henrique lê seu poema para Hermes Bernardi Jr.;
03 - Hermes presenteia o jovem poeta com seu livro Casa Botão;
04 - Lucas lê para público da 1ª FLIPIRI;
05 - Íris Borges e Ana Paula em papo informal na Casa de Câmara e Cadeia;
06 - Hermes e Ana Paula... o resto da legenda está na própria foto;
07 - Descontração no almoço: Lucília Garcez, Íris Borges, Jonas Ribeiro, Ana Paula, Hermes Bernardi Jr. e o pé de Marco Miranda;
08 - Autores e amigos presentes à 1ª FLIPIRI;
09 - Eu e Ana Paula tendo como fundo o acervo da I Maratona Fotográfica de Pirenópolis, exposta na sala de espera do CINE PIRENEUS.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Building with Earth
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Acredite, nada é impossível!
Vídeo meio que motivacional, mostrando que tudo é possível, contanto que haja um treinamento antes.
Só para pessoas cultas - comunidade de jovens leitores no Sobral de Monte Agraço
Já tinha relatado aqui o início da Comunidade de Jovens Leitores na Biblioteca Municipal do Sobral de Monte Agraço. Já realizámos três sessões e estou bastante satisfeita com o grupo, apesar da maioria não ter marcado presença na última 4ª feira.
Pela primeira vez, falamos efectivamente de livros, com espontaneidade e entusiasmo. Os participantes opinam, questionam passagens que não percebem, proferem juízos de valor.
O primeiro livro, Escrito na parede (Ana Saldanha, Caminho), provocou muita confusão, devido à liberdade diegética, com analepses frequentes e o recurso ao discurso indirecto livre. Só dois participantes tinham lido o livro integralmente, e apenas um tinha gostado. Os outros tinham-se rendido às dificuldades. Como as partilharam, pude ajudar a esclarecer dúvidas e a aclarar a acção principal. Então, quem não tinha terminado a leitura decidiu voltar a levar o livro para casa. Anteontem, a Ana e a Mariana já tinham concluido a leitura e a Ana afirmou ter gostado. Entretanto, já tinham entre mãos outro livro, Biblioteca Mágica (Jostein Gaarder, Klaus Hagerhup, Presença), mais acessível, apesar do número de páginas e do diminuto tamanho da letra. O Leonardo, que cumpriu sempre os prazos de leitura, disse ter preferido esta narrativa, mais entusiasmante e misteriosa. Não a debatemos em profundidade, porque só ele a tinha lido, por isso aguardo uma sessão mais concorrida no próximo dia 11 de Março. Criámos um blogue, Só para Pessoas Cultas, a partir da sugestão da Inês Varela (tagarela), para o qual a Ana tem contribuído bastante. A Mariana também já se estreou, pelo que estou muito contente. Vamos ver a continuação...
Pela primeira vez, falamos efectivamente de livros, com espontaneidade e entusiasmo. Os participantes opinam, questionam passagens que não percebem, proferem juízos de valor.
O primeiro livro, Escrito na parede (Ana Saldanha, Caminho), provocou muita confusão, devido à liberdade diegética, com analepses frequentes e o recurso ao discurso indirecto livre. Só dois participantes tinham lido o livro integralmente, e apenas um tinha gostado. Os outros tinham-se rendido às dificuldades. Como as partilharam, pude ajudar a esclarecer dúvidas e a aclarar a acção principal. Então, quem não tinha terminado a leitura decidiu voltar a levar o livro para casa. Anteontem, a Ana e a Mariana já tinham concluido a leitura e a Ana afirmou ter gostado. Entretanto, já tinham entre mãos outro livro, Biblioteca Mágica (Jostein Gaarder, Klaus Hagerhup, Presença), mais acessível, apesar do número de páginas e do diminuto tamanho da letra. O Leonardo, que cumpriu sempre os prazos de leitura, disse ter preferido esta narrativa, mais entusiasmante e misteriosa. Não a debatemos em profundidade, porque só ele a tinha lido, por isso aguardo uma sessão mais concorrida no próximo dia 11 de Março. Criámos um blogue, Só para Pessoas Cultas, a partir da sugestão da Inês Varela (tagarela), para o qual a Ana tem contribuído bastante. A Mariana também já se estreou, pelo que estou muito contente. Vamos ver a continuação...
Papa João XXIII manteve contato com ETs, segundo estudiosos
Em 2008, o diretor do Observatório do Vaticano, José Gabriel Funes, em entrevista ao jornal Lobservatorie Romano, afirmou que "Deus pôde ter criado vida inteligente em outras partes do universo e inclusive poderiam ser nossos irmãos", declarações que em questão de minutos deram a volta ao mundo. Um dos antecedentes desta feita, foi publicado em 1985 pelo jornal inglês Sun e semanas depois reproduzido por um rotativo norte-americano, em 23 de julho de 1985, onde se assegurava que o papa João XXIII, a quem lhe creditam milhares de fatos milagrosos em curas de doenças em todo mundo, teve vários encontros com seres extraterrestres. Um deles muito especial e bem documentado teve lugar na residência de Castell Gandolfo, em 1961.
Segundo declarou um dos assistentes papais: “Era de forma oval e tinha luzes intermitentes azuis e âmbar. A nave pareceu sobrevoar nossas cabeças, depois aterrou sobre a grama no lado sul do jardim. Um estranho ser saiu da nave; parecia um humano a exceção de que estava rodeado de uma luz dourada e tinha orelhas alongadas. Sua Santidade e eu nos ajoelhamos. Não sabíamos o que estávamos vendo. Mas soubemos que não era deste mundo, portanto devia ser um acontecimento celestial. O Santo Padre levantou-se e caminhou para o ser. Os dois ficaram juntos de 15 a 20 minutos, pareciam falar intensamente. Eles não me chamaram, de modo que permaneci onde estava e não pude ouvir nada do que falaram. O ser deu a volta e caminhou para sua nave, em seguida marchou. O Sumo pontífice dirigiu-se para mim e me disse: Os filhos de Deus estão em todas as partes; algumas vezes temos dificuldade em reconhecer a nossos próprios irmãos”. Naquele momento esta nota não causou nenhuma reação, mas foi retomada em 2007, em um congresso ufológico no Peru pelo bispo para América Central da Igreja Católica Ecumênica de Jesus Cristo, Higinio Asas Gómez.
Segundo declarou um dos assistentes papais: “Era de forma oval e tinha luzes intermitentes azuis e âmbar. A nave pareceu sobrevoar nossas cabeças, depois aterrou sobre a grama no lado sul do jardim. Um estranho ser saiu da nave; parecia um humano a exceção de que estava rodeado de uma luz dourada e tinha orelhas alongadas. Sua Santidade e eu nos ajoelhamos. Não sabíamos o que estávamos vendo. Mas soubemos que não era deste mundo, portanto devia ser um acontecimento celestial. O Santo Padre levantou-se e caminhou para o ser. Os dois ficaram juntos de 15 a 20 minutos, pareciam falar intensamente. Eles não me chamaram, de modo que permaneci onde estava e não pude ouvir nada do que falaram. O ser deu a volta e caminhou para sua nave, em seguida marchou. O Sumo pontífice dirigiu-se para mim e me disse: Os filhos de Deus estão em todas as partes; algumas vezes temos dificuldade em reconhecer a nossos próprios irmãos”. Naquele momento esta nota não causou nenhuma reação, mas foi retomada em 2007, em um congresso ufológico no Peru pelo bispo para América Central da Igreja Católica Ecumênica de Jesus Cristo, Higinio Asas Gómez.
Os dois teriam conversado por cerca de 15 minutos
Em 23 de maio de 1963, anunciou-se que o papa padecia de cancro de estômago. Em uma semana posterior Angelo Giuseppe Roncalli morreu em Roma. O papa não quis se deixar operar temendo que o rumo do Concilio Vaticano II, que se desenvolvia nesse tempo, tomasse outro caminho. Monsenhor Higinio Asas, em entrevista telefônica com O Gráfico assegurou que “ante o leito de morte lhe perguntou sobre seu encontro e contestou que isso ele levava em seu coração”. O religioso assegurou que “na memória de milhares de pessoas, este Pontífice é recordado como o ‘papa bom’ e é também honrado por muitas organizações protestantes como um reformador cristão”. Disse que “o encontro do Santo Padre com seres não humanos, sendo verdadeiro, abriu sua mentalidade”.
As profecias do papa João XXIII, de Pier Carpi
No livro As Profecias do papa João XXIII [Difel, 1979], do escritor italiano Pier Carpi, lê-se: “As luzes do Céu serão vermelhas, azuis e verdes, e velozes. Crescerão. Alguém vem de longe. Quer conhecer aos homens da Terra. Já tem tido encontros. Mas quem viu realmente tem guardado silêncio”. Sua Santidade João XXIII foi beatificado por João Paulo II em 03 de setembro de 2000 e, quando foi exumado no mesmo ano, o corpo foi encontrado em estado incorrupto. Seus restos descansam na Basílica de São Pedro.
Fonte: Portal UFO
Fonte: Portal UFO
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Scientific American Brasil - Fev/2009
National Geographic - Fev/2009 - Reportagem de capa
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Jogo: Space Invaders
Space Invaders foi um sucesso e gerou centenas de milhões de dólares, não só para os desenvolvedores mas também para outras empresas que imitaram a fórmula de sucesso do jogo. A jogabilidade foi muito inovadora na época. Antes a maioria dos jogos tinha um tempo para acabar, já em Space Invaders o jogo só acabava quando o jogador perdesse suas três vidas, com isso a duração do jogo ficava nas mãos da habilidade dos jogadores.
Segundo Toshihiro Nishikado, designer do jogo, os aliens são inspirados na descrição dos invasores do romance "A Guerra dos Mundos", do escritor Herbert George Wells. "Na história, os aliens se parecem com polvos. Eu desenhei o primeiro bitmap baseado nessa idéia, depois criei outros aliens parecidos com criaturas marinhas, como lulas e caranguejos." disse Nishikado. O designer também contou que a idéia inicial eram fazer os inimigos como aviões mas isso não foi possível devido as dificuldades técnicas da época. Nishikado também se mostrou contrário a idéia de colocar seres humanos como inimigos por considerar moralmente incorreto fazer os jogadores atirarem em imagens humanas.
Segundo Toshihiro Nishikado, designer do jogo, os aliens são inspirados na descrição dos invasores do romance "A Guerra dos Mundos", do escritor Herbert George Wells. "Na história, os aliens se parecem com polvos. Eu desenhei o primeiro bitmap baseado nessa idéia, depois criei outros aliens parecidos com criaturas marinhas, como lulas e caranguejos." disse Nishikado. O designer também contou que a idéia inicial eram fazer os inimigos como aviões mas isso não foi possível devido as dificuldades técnicas da época. Nishikado também se mostrou contrário a idéia de colocar seres humanos como inimigos por considerar moralmente incorreto fazer os jogadores atirarem em imagens humanas.
As Cidades Invisíveis
Sinopse: Marco Polo fala a Kublai Kan das cidades do Ocidente, maravilhando o imperador mongol com as suas descrições. Estas cidades, no entanto, existem apenas na imaginação do mercador veneziano: a sua vida encontra-se apenas dentro das suas palavras, uma narrativa capaz de criar mundos, mas que não tem forças para destruir «o inferno dos vivos». Este livro tem o lirismo dos livros de poemas, poemas que por vezes descrevem cidades e outras vezes a forma de pensar e de ser dos seus habitantes. Invertendo os papéis do Livro das Maravilhas, através do qual Marco Polo revelou o Oriente ao mundo ocidental, Calvino arquitectou o livro que o estabeleceria como uma das referências incontornáveis da literatura pós-moderna.
Sinceramente, nem sei por onde começar a opinião deste livro. Aproveitei as mini-férias do Carnaval para o ler e dei a tarefa por concluída em algumas horas, tal foi a forma como fiquei hipnotizada com esta leitura.
Não é um livro muito fácil de descrever - a sinopse é, contudo, bastante elucidativa - ou de catalogar. Trata-se da colocação em palavras de uma imaginação prodigiosa. O livro não tem propriamente uma história, para além do facto de termos Marco Polo a falar de diversas cidades ao imperador Kublai Kan. As várias cidades vão desfilando diante dos nossos olhos, agrupadas por temas (Memória, Desejo, Sinais, Subtis, Trocas, Olhos, Nome, Mortos, Céu, Contínuas e Ocultas), sendo que cada tema contém 5 cidades ordenadas segundo um esquema cuidado, mas que nem por isso impede o leitor de se sentir completamente enredado no que está a ler.
A grande maioria das cidades descritas são completamente surreais: desde cidades debaixo de terra ou de água, a cidades suspensas ou que consistem em duas metades, em que uma delas periodiocamente vai viajar por outras paragens. Mas, para além do surrealismo físico, estas cidades são também descritas através dos sentimentos dos seus habitantes, dos quais conhecemos os pensamentos e estados de espírito, que, frequentemente, se reflectem na própria cidade descrita.
A escrita é simplesmente genial: faz-nos viajar, imaginar, pensar. Pensar que todas as cidades descritas podem ser lados de apenas uma cidade, pensar no verdadeiro significado de tantas descrições e reflexões. Para mim, uma das conclusões a tirar deste livro é que a imaginação tem muita força. Termino este post tal como o livro termina, com esta frase genial:
10/10 - Obra-prima
[Livro n.º 14 do meu Desafio de Leitura]
Sinceramente, nem sei por onde começar a opinião deste livro. Aproveitei as mini-férias do Carnaval para o ler e dei a tarefa por concluída em algumas horas, tal foi a forma como fiquei hipnotizada com esta leitura.
Não é um livro muito fácil de descrever - a sinopse é, contudo, bastante elucidativa - ou de catalogar. Trata-se da colocação em palavras de uma imaginação prodigiosa. O livro não tem propriamente uma história, para além do facto de termos Marco Polo a falar de diversas cidades ao imperador Kublai Kan. As várias cidades vão desfilando diante dos nossos olhos, agrupadas por temas (Memória, Desejo, Sinais, Subtis, Trocas, Olhos, Nome, Mortos, Céu, Contínuas e Ocultas), sendo que cada tema contém 5 cidades ordenadas segundo um esquema cuidado, mas que nem por isso impede o leitor de se sentir completamente enredado no que está a ler.
A grande maioria das cidades descritas são completamente surreais: desde cidades debaixo de terra ou de água, a cidades suspensas ou que consistem em duas metades, em que uma delas periodiocamente vai viajar por outras paragens. Mas, para além do surrealismo físico, estas cidades são também descritas através dos sentimentos dos seus habitantes, dos quais conhecemos os pensamentos e estados de espírito, que, frequentemente, se reflectem na própria cidade descrita.
A escrita é simplesmente genial: faz-nos viajar, imaginar, pensar. Pensar que todas as cidades descritas podem ser lados de apenas uma cidade, pensar no verdadeiro significado de tantas descrições e reflexões. Para mim, uma das conclusões a tirar deste livro é que a imaginação tem muita força. Termino este post tal como o livro termina, com esta frase genial:
O inferno dos vivos não é uma coisa que virá a existir; se houver um, é o que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que nós formamos ao estarmos juntos. Há dois modos para não o sofrermos. O primeiro torna-se fácil para muita gente: aceitar o inferno e fazer parte dele a ponto de já não o vermos. O segundo é arriscado e exige uma atenção e uma aprendizagem contínuas: tentar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno, e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar.
10/10 - Obra-prima
[Livro n.º 14 do meu Desafio de Leitura]
Faça álcool combustível - Projeto de uma microdestilaria
Música em viagem
O Projecto Fuga tem-me acompanhado nas últimas viagens a Montemor-o-Novo. A professora Georgina, que conheço da EB 2/3 S.João de Deus, por ocasião dos ateliers de promoção da leitura que venho realizando, ofereceu-me o CD. A profissão tem destas coisas, conhecer pessoas, conversar, descobrir projectos, iniciativas, vontades. É o caso deste, que venceu em 2007 o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Para além do seu principal mentor, compositor e músico Pedro Pereira, o trabalho conta com as participações, entre outros, de J.P. Simões, Adolfo Luxúria Canibal, Celina da Piedade ou Ana Deus. No site www.fuga.pt podemos aceder à página do myspace, comprar o cd, saber mais sobre os elementos do grupo, ver vídeos...
Obrigada.
Porque há quem queira saber mais sobre nós...
Há já uns dias a Cristina do Floresta das Leituras atribuiu-nos mais uma distinção. Ainda não tinhamos tido tempo para lhe dedicar a devida atenção e houve logo que reclamasse querer saber algo mais sobre nós. Assim sendo, fica aqui o nosso muito obrigado à Cristina e algumas respostas para os mais curiosos... Associadas ao prémio estão 6 regras:
1. Linkar a pessoa que o/a indicou.
2. Escrever as regras no blogue.
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre si.
4. Indicar mais 6 pessoas e colocar os links respectivos no final do post.
5. Deixe a pessoa saber que a indicou, deixando um comentário para ela.
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.
Algumas coisas sobre nós:
1. Linkar a pessoa que o/a indicou.
2. Escrever as regras no blogue.
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre si.
4. Indicar mais 6 pessoas e colocar os links respectivos no final do post.
5. Deixe a pessoa saber que a indicou, deixando um comentário para ela.
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.
Algumas coisas sobre nós:
1. A Bailarina é mesmo bailarina profissional (ballet clássico e dança contemporanea) e a Alice é mesmo Alice (embora viva muitas vezes no complicado e estranho País das Maravilhas);
2. Ambas trazemos sempre um livro na mala (com muito cuidado para não estragar);
3. A Alice leu à Bailarina os primeiros 4 volumes do Harry Potter em voz alta e com vozes diferentes para cada personagem (valeu a pena o esforço...);
4. Gostamos muito de passear e viajar, principalmente juntas;
5. Somos fãs da colecção Via Láctea da ed. Presença;
6. Nunca vemos o filme antes de ler o livro (caso a obra tenha sido anteriormente editada).
Blogs a quem atribuímos esta distinção:
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