Talvez o cardeal-patriarca de Lisboa já tenha lido “Uma Burqa por Amor”. Na nossa memória ainda persistem as palavras de D. José Policarpo quando, recentemente, no auditório do Casino da Figueira da Foz, advertiu as portuguesas para o “monte de sarilhos” em que se podiam meter se se casassem com muçulmanos. Na altura afirmou: “Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam.”
Da mesma colecção de “Filha do Tibete”, Dividida” ou “Banida”, “Uma Burqa por Amor”, de Reys Monforte, conta-nos uma história de amor vivida no seio da opressão. A obra centra-se nas amarguras da jovem María Galera, de 18 anos de idade, que se apaixonara por Nasrad. O amor pelo afegão cegou-a ao ponto de não querer saber de mais nada. Nem sequer onde ficava o Afeganistão. A espanhola de Palma de Maiorca, que vivia em Londres, fugiu de casa do pai por ansiar mais liberdade. Esta passagem fez-me lembrar a história de uma outra Maria. A Maria da Piedade, do conto “No Moinho”, de Eça de Queirós. Também aqui, ao fugir de casa de seus pais, ansiando nova largueza e independência, esta Maria mergulhou no abismo.
Esta obra apresenta-se em quatro cronológicos capítulos: uma nova vida; presa no Afeganistão, estadia em Cabul e, finalmente, o regresso a casa. María, que tivera uma juventude volátil em experiências e loucuras, pouco tempo tivera para perceber que, no outro lado do mundo, as mulheres podiam ser mortas na rua por transportarem um livro na mão ou que seriam torturadas pelo simples facto de se sentarem na parte de trás de um autocarro (lugar reservado aos homens). No Afeganistão, María percebeu que as palavras execuções, lapidações, violações, castigos físicos, mutilações sexuais, torturas, humilhações passaram a fazer parte do seu quotidiano, doutrinas do regime talibã. Valeu-lhe um empresário de Maiorca que, ao ouvir os seus lamentos numa rádio, resolveu pôr mãos à obra e ajudar a sua patrícia a regressar a Espanha. Um final feliz, que nem todas conseguiram.
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Reyes Monforte
Uma Burqa por Amor
QuidNovi 14,90 €
Da mesma colecção de “Filha do Tibete”, Dividida” ou “Banida”, “Uma Burqa por Amor”, de Reys Monforte, conta-nos uma história de amor vivida no seio da opressão. A obra centra-se nas amarguras da jovem María Galera, de 18 anos de idade, que se apaixonara por Nasrad. O amor pelo afegão cegou-a ao ponto de não querer saber de mais nada. Nem sequer onde ficava o Afeganistão. A espanhola de Palma de Maiorca, que vivia em Londres, fugiu de casa do pai por ansiar mais liberdade. Esta passagem fez-me lembrar a história de uma outra Maria. A Maria da Piedade, do conto “No Moinho”, de Eça de Queirós. Também aqui, ao fugir de casa de seus pais, ansiando nova largueza e independência, esta Maria mergulhou no abismo.
Esta obra apresenta-se em quatro cronológicos capítulos: uma nova vida; presa no Afeganistão, estadia em Cabul e, finalmente, o regresso a casa. María, que tivera uma juventude volátil em experiências e loucuras, pouco tempo tivera para perceber que, no outro lado do mundo, as mulheres podiam ser mortas na rua por transportarem um livro na mão ou que seriam torturadas pelo simples facto de se sentarem na parte de trás de um autocarro (lugar reservado aos homens). No Afeganistão, María percebeu que as palavras execuções, lapidações, violações, castigos físicos, mutilações sexuais, torturas, humilhações passaram a fazer parte do seu quotidiano, doutrinas do regime talibã. Valeu-lhe um empresário de Maiorca que, ao ouvir os seus lamentos numa rádio, resolveu pôr mãos à obra e ajudar a sua patrícia a regressar a Espanha. Um final feliz, que nem todas conseguiram.
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Reyes Monforte
Uma Burqa por Amor
QuidNovi 14,90 €
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