Não é por acaso que é considerado um dos melhores escritores de viagens da actualidade e os seus livros são “best sellers”. A verdade é que o norte-americano Bill Bryson tem uma enorme curiosidade por tudo o que o rodeia (especialmente atitudes e comportamentos), lança um olhar de verdadeira descoberta sobre os países que visita, tem sentido de humor e alguma bonomia na forma como encara os “defeitos” dos locais – e a sua escrita reflecte tudo isso.
Assim, ler um dos seus livros dá ao leitor, mais do que a sensação de ficar a conhecer aquela terra como se lá estivesse estado, a enorme vontade de lá ir, espicaçando-lhe o apetite mas deixando a sensação de que ainda há muito para descobrir… quanto mais não seja para verificar, “in loco”, se as coisas e as pessoas são realmente assim, como Bryson as descreve.
Um dos seus maiores sucessos foi agora editado pela Bertrand em versão de bolso, tornando-se um pouco mais acessível à maioria das bolsas (mesmo daqueles que não conhecendo o género e/ou o autor recusam gastar muito numa aproximação relutante). Trata-se de “Crónicas de Uma Pequena Ilha”.
A “pequena ilha” é, claro, a Inglaterra, e Bryson diverte-se (e diverte-nos) a descrever “os comportamentos civilizados casuais” dos ingleses, ou seja, as incongruências daquele povo, segundo os padrões de um norte-americano – mesmo que “imigrado” na ilha desde 1977, tinha então 15 anos.
Embora tenha vivido em Inglaterra com a mulher e quatro filhos (instalaram-se em North Yorkshire), o autor observa a realidade sempre como alguém de fora, um “estrangeiro” a quem o convívio permite uma certa complacência. E denota, em muitas das suas apreciações, um olhar absolutamente americano – bem patente, por exemplo, na opinião emitida a propósito dos sindicatos, quando recorda o período em que trabalhou no The Times.
Apesar disso (ou talvez por isso), “Crónicas de Uma Pequena Ilha” proporciona uma divertida leitura, muito a propósito nesta época estival.
__________
Bill Bryson
Crónicas de Uma Pequena Ilha
Bertrand Editora, 10€
Assim, ler um dos seus livros dá ao leitor, mais do que a sensação de ficar a conhecer aquela terra como se lá estivesse estado, a enorme vontade de lá ir, espicaçando-lhe o apetite mas deixando a sensação de que ainda há muito para descobrir… quanto mais não seja para verificar, “in loco”, se as coisas e as pessoas são realmente assim, como Bryson as descreve.
Um dos seus maiores sucessos foi agora editado pela Bertrand em versão de bolso, tornando-se um pouco mais acessível à maioria das bolsas (mesmo daqueles que não conhecendo o género e/ou o autor recusam gastar muito numa aproximação relutante). Trata-se de “Crónicas de Uma Pequena Ilha”.
A “pequena ilha” é, claro, a Inglaterra, e Bryson diverte-se (e diverte-nos) a descrever “os comportamentos civilizados casuais” dos ingleses, ou seja, as incongruências daquele povo, segundo os padrões de um norte-americano – mesmo que “imigrado” na ilha desde 1977, tinha então 15 anos.
Embora tenha vivido em Inglaterra com a mulher e quatro filhos (instalaram-se em North Yorkshire), o autor observa a realidade sempre como alguém de fora, um “estrangeiro” a quem o convívio permite uma certa complacência. E denota, em muitas das suas apreciações, um olhar absolutamente americano – bem patente, por exemplo, na opinião emitida a propósito dos sindicatos, quando recorda o período em que trabalhou no The Times.
Apesar disso (ou talvez por isso), “Crónicas de Uma Pequena Ilha” proporciona uma divertida leitura, muito a propósito nesta época estival.
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Bill Bryson
Crónicas de Uma Pequena Ilha
Bertrand Editora, 10€
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