Editor: Edições Dom Quixote
Páginas: 223
ISBN: 978-972-20-3838-6
Sinopse Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história da sua linhagem, desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até ao tetraneto, um jovem do Rio de Janeiro actual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e económica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos.
Depois de ter lido, e adorado, todos os seus livros, de destacar “Budapeste” que li e reli e voltei a reler de tanto fascinado que fiquei com a sua história, não poderia resistir muito tempo para ler “Leite Derramado”, o último livro do músico-escritor brasileiro Chico Buarque.
Por essas razões, juntando à admiração pela sua música onde tem letras de canções que são verdadeiras pérolas de literatura/poesia, era um livro do qual tinha expectativas altas e posso dizer que todas elas foram, logo nas primeiras páginas, confirmadas pela positiva.
Chico Buarque é um poeta. Um verdadeiro poeta que brinca com as palavras de forma cuidada, colocando as palavras certas nos sítios certos, criando-nos um prazer imenso a ler aquelas frases onde a beleza parece não ter fim.
O livro “Leite Derramado” é uma história simples: um velho na cama do hospital vai desfiando o novelo das suas memórias, contando histórias da sua vida familiar e entrecruzando-as com a História do Brasil.
Com capítulos curtos, alguns deles demasiado curtos tal a beleza das palavras, o narrador vai construindo uma história de vida onde o poder de um nome sobrepõe-se a tudo e a todos, onde se mostram os labirintos do mundo que habitamos e onde a memória de uma pessoa se confunde com a História de um país. Aliás, é uma obra com forte pendor histórico, e do qual retiramos conhecimento do passado recente do Brasil.
Um belo livro para ler, fascinado com a escrita de Chico Buarque, que sabe a pouco, criando um enorme vazio quando terminamos a sua leitura.
9/10 - Excelente
Depois de ter lido, e adorado, todos os seus livros, de destacar “Budapeste” que li e reli e voltei a reler de tanto fascinado que fiquei com a sua história, não poderia resistir muito tempo para ler “Leite Derramado”, o último livro do músico-escritor brasileiro Chico Buarque.
Por essas razões, juntando à admiração pela sua música onde tem letras de canções que são verdadeiras pérolas de literatura/poesia, era um livro do qual tinha expectativas altas e posso dizer que todas elas foram, logo nas primeiras páginas, confirmadas pela positiva.
Chico Buarque é um poeta. Um verdadeiro poeta que brinca com as palavras de forma cuidada, colocando as palavras certas nos sítios certos, criando-nos um prazer imenso a ler aquelas frases onde a beleza parece não ter fim.
O livro “Leite Derramado” é uma história simples: um velho na cama do hospital vai desfiando o novelo das suas memórias, contando histórias da sua vida familiar e entrecruzando-as com a História do Brasil.
Com capítulos curtos, alguns deles demasiado curtos tal a beleza das palavras, o narrador vai construindo uma história de vida onde o poder de um nome sobrepõe-se a tudo e a todos, onde se mostram os labirintos do mundo que habitamos e onde a memória de uma pessoa se confunde com a História de um país. Aliás, é uma obra com forte pendor histórico, e do qual retiramos conhecimento do passado recente do Brasil.
Um belo livro para ler, fascinado com a escrita de Chico Buarque, que sabe a pouco, criando um enorme vazio quando terminamos a sua leitura.
9/10 - Excelente
Nenhum comentário:
Postar um comentário