Título Original: The Art of Love
Editora: Edições ASA
Páginas: 400
ISBN: 9789892305370
Tradutor: Isabel Alves
Sinopse: "Polly Smith está a tentar sobreviver enquanto artista quando Oliver, seu amigo e mecenas, a convida a ir para casa do pai no Sul de França. Entusiasmada por poder fugir do frio e da chuva de Londres e do noivo monótono, Polly pede a sua certidão de nascimento para poder requerer um passaporte. Mas é aí que o seu mundo desaba: aquela que sempre pensou ser sua mãe é, na verdade, sua tia; a identidade do pai é desconhecida e até o seu próprio nome não está correcto.
A sua «fuga» para o sol da estimulante da Riviera imprime uma nova vida à sua pintura, mas nem tudo corre bem na mansão onde está hospedada. O pai de Oliver foi forçado a abandonar a Inglaterra no meio de um escândalo e, apesar do sofisticado e cosmopolita grupo de amigos que o rodeia, está prestes a ser apanhado pelo seu passado. E, embora Polly se encontre no centro de uma teia de mentiras, o seu próprio futuro começa a tomar um novo e fascinante rumo..."
Opinião: Às vezes, existem livros que nos deixam divididos. Metade dispensável, metade interessante e ficamos com a sensação de que o dito livro podia ter sido algo mais. Este é, sem dúvida, o caso de A Arte de Amar. Confesso que, agora, as minhas expectativas quanto à obra de Elizabeth Edmonson estão reduzidas para metade.
A Arte de Amar é composto por duas partes distintas: a primeira, centralizada na personagem principal, Polly; e, a segunda, uma intriga, onde várias (e demasiadas) personagens se misturam até se chegar ao início de vida de Polly. O livro começa com uma procura de identidade da protagonista que, de repente, descobre que não é quem pensa. Este é o ponto de partida para a autora desvendar a vida de Polly, fazendo o leitor saltitar entre o passado e o presente. Existem, nesta parte, muitas passagens mortas que não trazem nada de novo à acção e atrasam uma estória que, a meu ver, podia ter sido mais conseguida.
Um dos pontos negativos do livro é, para mim, as inúmeras personagens da obra que, com base em explicações superficiais e, às vezes, demasiado forçadas, entram na acção. No final, por caminhos e atalhos, acaba por se perceber a ligação entre elas, ainda que se fique com a sensação de que a autora deu muita atenção a estórias paralelas. O final da primeira parte, início da segunda, acontece quando todas as personagens se cruzam, coincidentemente, num espaço de diversão. A razão deste acontecimento parece demasiado forçada e denota-se a clara intenção da autora de fazer a transição do espaço e motivo da acção.
A Arte de Amar é composto por duas partes distintas: a primeira, centralizada na personagem principal, Polly; e, a segunda, uma intriga, onde várias (e demasiadas) personagens se misturam até se chegar ao início de vida de Polly. O livro começa com uma procura de identidade da protagonista que, de repente, descobre que não é quem pensa. Este é o ponto de partida para a autora desvendar a vida de Polly, fazendo o leitor saltitar entre o passado e o presente. Existem, nesta parte, muitas passagens mortas que não trazem nada de novo à acção e atrasam uma estória que, a meu ver, podia ter sido mais conseguida.
Um dos pontos negativos do livro é, para mim, as inúmeras personagens da obra que, com base em explicações superficiais e, às vezes, demasiado forçadas, entram na acção. No final, por caminhos e atalhos, acaba por se perceber a ligação entre elas, ainda que se fique com a sensação de que a autora deu muita atenção a estórias paralelas. O final da primeira parte, início da segunda, acontece quando todas as personagens se cruzam, coincidentemente, num espaço de diversão. A razão deste acontecimento parece demasiado forçada e denota-se a clara intenção da autora de fazer a transição do espaço e motivo da acção.
A segunda parte é mais interessante, mas peca por ter um desenvolvimento demasiado rápido que leva, muitas vezes, o leitor a reler passagens e a perguntar-se como é que tal acontecimento se deu. A intriga policial é cativante não só porque existe sempre um mistério por desvendar, mas também porque está associada ao lado romântico da estória. O final é tocante, mas, infelizmente, demasiado óbvio.
Confesso que fiquei bastante surpresa com a obra de Elizabeth Edmonson. Ainda agora, 300 e tal páginas depois, me pergunto qual foi a intenção da autora com o título. Não condiz com a história; porventura as razões por que a autora o escolheu sejam um bom motivo para se aventurarem nesta leitura. Com reserva qb, claro.
6/10 – Bom, mas recomendado com reservas
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