1- De que trata este seu livro «Neuromarketing»?
R- Trata-se de uma visão diferente da pesquisa de mercado e de algumas premissas de marketing, aconselhando o leitor a levar em conta os processos cerebrais para entender os gatilhos do comportamento de consumo do ser humano, mediante o uso de técnicas de imageamento cerebral. É um livro que questiona a utilização somente dos métodos ortodoxos na pesquisa de marketing (métodos behavioristas de observação do comportamento), questiona as premissas da racionalidade humana, questiona a profundidade das informações obtidas por estes métodos tradicionais, questiona o peso dado para as influências sociais e culturais no comportamento do consumidor, questiona fundamentalmente a nossa visão antropocêntrica de tal comportamento. Traz para o conhecimento do leitor, as novas perspectivas das ciências econômicas, como a economia comportamental, a neuroeconomia e o próprio neuromarketing. Mostra também as universidades, as pesquisas, as empresas e os pesquisadores que estão trabalhando com neuromarketing e por fim trata igualmente do aspecto ético no uso deste tipo de pesquisa.
2- De forma resumida, qual a principal idéia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R- Quero transmitir que somos seres humanos, homo sapiens e não homo economicus, isto significa que temos comportamentos de consumo muitas vezes nada racionais, desde a escolha até a tomada de decisão. Portanto não há como entender o real comportamento do consumidor usando somente métodos de pesquisa de mercado tradicionais, com entrevistas e questionários ou mesmo focus group e a partir deste viés, ter a certeza de que chegou ao âmago ou ao cerne da questão. É preciso mais! Faz-se necessário buscar as informações anteriores ao próprio comportamento, subjacentes a ele, pois já se sabe, desde as pesquisas de Benjamin Libet que o cérebro decide milésimo de segundos antes que tenhamos consciência disso. Estas informações anteriores ao comportamento observável, são processadas nas várias áreas do cérebro e por isso o diagnóstico por imagem pode nos ser muito útil na busca pela verdade. O ser humano não sabe o que o levou a tal comportamento por motivos vários que alego no livro (escurecimento verbal, auto-engano, instinto, processos automáticos, memória) e, portanto, se responder a uma pesquisa, estará dizendo algo que seja condizente com seu modelo mental e não a verdade ou o real motivo do comportamento. Uma pesquisa quantitativa pode ser feita, sem dúvida alguma, na forma de observação (como prega teoria behaviorista), basta contar quantos compraram, já pesquisa que se diz ser qualitativa, não pode ser feita somente com uso dos métodos ortodoxos, pois o que se descobrirá, certamente não será o real motivo de compra.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R - Estou escrevendo um novo livro que deve estar pronto ainda este ano, no máximo no começo de 2010, que leva o título “Biologia do Comportamento do Consumidor”. Este tema que criei e registrei, é inédito nos estudo de marketing e de comportamento do consumidor e também muito interessante na medida em que levanta todos os aspectos biológicos subjacentes ao comportamento de consumo. Neste novo livro, vou além do neuromarketing, que é um método de pesquisa de marketing feita mediante o uso de equipamentos de diagnóstico por imagem e levanto outras questões físico-químicas corporais, que influenciam direta e indiretamente o comportamento de consumo, ligadas à genética, a biologia, a neuroquímica, a endocrinologia, ao sistema nervoso entérico e até à filogenia. É um livro que complementa o primeiro, no sentido de que trará ainda mais informações biológicas do comportamento de consumo do ser humano e muito curioso porque levanta informações ainda não pensadas pelo marketing, que tem o viés apenas das ciências sociais, esquecendo-se de que somos, antes de seres sociais e culturais, seres biológicos, imperfeitos em nossas escolhas e decisões e nem sempre conscientes de nossos atos. É uma visão diferente que leva em conta a etologia, a zoologia a biologia comportamental, a genética comportamental, a psicologia evolucionista e várias outras áreas. Para tanto tenho recebido a colaboração e o apoio de vários cientistas consagrados que me ajudam enviando informações fantásticas como: Frans de Wall, Bonie Blesser, Marco Iacoboni e alguns outros.
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Pedro Camargo
Neuromarketing
Edições IPAM
R- Trata-se de uma visão diferente da pesquisa de mercado e de algumas premissas de marketing, aconselhando o leitor a levar em conta os processos cerebrais para entender os gatilhos do comportamento de consumo do ser humano, mediante o uso de técnicas de imageamento cerebral. É um livro que questiona a utilização somente dos métodos ortodoxos na pesquisa de marketing (métodos behavioristas de observação do comportamento), questiona as premissas da racionalidade humana, questiona a profundidade das informações obtidas por estes métodos tradicionais, questiona o peso dado para as influências sociais e culturais no comportamento do consumidor, questiona fundamentalmente a nossa visão antropocêntrica de tal comportamento. Traz para o conhecimento do leitor, as novas perspectivas das ciências econômicas, como a economia comportamental, a neuroeconomia e o próprio neuromarketing. Mostra também as universidades, as pesquisas, as empresas e os pesquisadores que estão trabalhando com neuromarketing e por fim trata igualmente do aspecto ético no uso deste tipo de pesquisa.
2- De forma resumida, qual a principal idéia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R- Quero transmitir que somos seres humanos, homo sapiens e não homo economicus, isto significa que temos comportamentos de consumo muitas vezes nada racionais, desde a escolha até a tomada de decisão. Portanto não há como entender o real comportamento do consumidor usando somente métodos de pesquisa de mercado tradicionais, com entrevistas e questionários ou mesmo focus group e a partir deste viés, ter a certeza de que chegou ao âmago ou ao cerne da questão. É preciso mais! Faz-se necessário buscar as informações anteriores ao próprio comportamento, subjacentes a ele, pois já se sabe, desde as pesquisas de Benjamin Libet que o cérebro decide milésimo de segundos antes que tenhamos consciência disso. Estas informações anteriores ao comportamento observável, são processadas nas várias áreas do cérebro e por isso o diagnóstico por imagem pode nos ser muito útil na busca pela verdade. O ser humano não sabe o que o levou a tal comportamento por motivos vários que alego no livro (escurecimento verbal, auto-engano, instinto, processos automáticos, memória) e, portanto, se responder a uma pesquisa, estará dizendo algo que seja condizente com seu modelo mental e não a verdade ou o real motivo do comportamento. Uma pesquisa quantitativa pode ser feita, sem dúvida alguma, na forma de observação (como prega teoria behaviorista), basta contar quantos compraram, já pesquisa que se diz ser qualitativa, não pode ser feita somente com uso dos métodos ortodoxos, pois o que se descobrirá, certamente não será o real motivo de compra.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R - Estou escrevendo um novo livro que deve estar pronto ainda este ano, no máximo no começo de 2010, que leva o título “Biologia do Comportamento do Consumidor”. Este tema que criei e registrei, é inédito nos estudo de marketing e de comportamento do consumidor e também muito interessante na medida em que levanta todos os aspectos biológicos subjacentes ao comportamento de consumo. Neste novo livro, vou além do neuromarketing, que é um método de pesquisa de marketing feita mediante o uso de equipamentos de diagnóstico por imagem e levanto outras questões físico-químicas corporais, que influenciam direta e indiretamente o comportamento de consumo, ligadas à genética, a biologia, a neuroquímica, a endocrinologia, ao sistema nervoso entérico e até à filogenia. É um livro que complementa o primeiro, no sentido de que trará ainda mais informações biológicas do comportamento de consumo do ser humano e muito curioso porque levanta informações ainda não pensadas pelo marketing, que tem o viés apenas das ciências sociais, esquecendo-se de que somos, antes de seres sociais e culturais, seres biológicos, imperfeitos em nossas escolhas e decisões e nem sempre conscientes de nossos atos. É uma visão diferente que leva em conta a etologia, a zoologia a biologia comportamental, a genética comportamental, a psicologia evolucionista e várias outras áreas. Para tanto tenho recebido a colaboração e o apoio de vários cientistas consagrados que me ajudam enviando informações fantásticas como: Frans de Wall, Bonie Blesser, Marco Iacoboni e alguns outros.
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Pedro Camargo
Neuromarketing
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