sábado, 7 de março de 2009

Discursos de Sathya Sai Baba: O VOLANTE INTERIOR - 16/03/66 – Ocasião: Viagens

TRECHO:
Renunciando às várias atrações e distrações dessa grande cidade, vocês chegaram a esse estádio atraídos
pelo chamado do espírito; isso é louvável porque a luz do espírito é o farol legítimo para aqueles que se
debatem na escuridão das questões materiais. Essa escuridão gera confusão e faz com que vocês tomem
uma coisa por outra. O tronco de uma árvore parece ser um ladrão, à espreita para roubar sua carteira. O
conhecimento do Eu Superior é a luz que dispersará as trevas e também as dúvidas e a diversidade que
elas criam. Sem esse conhecimento, o homem encontra-se perdido no deserto; comporta-se como se
tivesse perdido toda a memória acerca de si próprio, como se houvesse esquecido seu nome, local de
nascimento e destino ao qual se dirige. Ao sábio, tal homem suscita pena!
A consciência de sua identidade como Eu Superior é o sinal da sabedoria, a energia que acende a lâmpada
que dissipa as trevas. Esse Eu Superior é a manifestação da bem-aventurança, da paz e do amor, mas sem
saber que tudo isso existe em si próprio, o homem procura no seu exterior e exaure suas forças nessa busca
desapontadora. As aves que voam para longe dos mastros de um navio precisam voltar exatamente para
esses pousos, porque não têm outro lugar para fechar suas asas cansadas e ficar. Sem esse conhecimento
supremo (jnana), todos os esforços para alcançar a bem-aventurança e paz espirituais são infrutíferos.
Vocês podem ter arroz, lentilhas, sal, vegetais e tamarindo, mas sem fogo para torná-los macios e
saborosos, tais ingredientes são tão inúteis, quanto se não existissem. Da mesma forma, repetição fervorosa
do Nome sagrado, meditação, rituais de devoção e peregrinações são ineficazes, caso não haja
conhecimento da sua realidade e identidade básicas para acelerar o processo. O Eu Superior é a fonte e o
manancial de toda felicidade e paz e isso deve ser reconhecido e frisado. Sem esse conhecimento, a vida
humana é uma oportunidade perdida. O homem precisa voltar a esse deserto repetidas vezes, até aprender
como sair em definitivo. A grande quantidade de alimentos consumidos, as horas de sono passadas na
cama, as riquezas conquistadas e desfrutadas somam um prejuízo colossal, caso o propósito principal da
vida seja esquecido.

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