quarta-feira, 11 de março de 2009

Paralelo 38

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Separando as Coreia do Sul e Coreia do Norte, o paralelo 38 é a divisão artificial de países mais conhecida nas últimas décadas.
Face ao desenlace da II Guerra Mundial, esta linha imaginária foi traçada pelos especialistas militares norte-americanos, durante a conferência de Potsdam em 1945, para demarcar as futuras zonas de influência, tendo em conta que a União Soviética obteve a rendição japonesa no norte da Coreia e os Estados Unidos no sul da península.
Com esta demarcação, cada uma das novas superpotências ficou a saber até onde podia avançar.
Embora a linha divisória ficasse entendida como um marco temporário, apenas, tendo em vista a posterior unificação do país, a verdade é que a «guerra fria» levou a que nunca mais deixasse de ser uma fronteira.
A exemplo do que havia feito já na Alemanha, a União Soviética instalou, no Norte, um regime comunista, liderado por Kim Il Sung, apoiado também pela China.
No Sul, depois de terminar o prazo em que administraram o território, os Estados Unidos colocaram no poder Syngman Rhee, um homem da sua inteira confiança.
Depois de três anos de guerra e mais de meio século de paz instável, o paralelo 38 mantem-se como um dos locais mais perigosos do planeta, vigiado por dezenas de milhar de soldados, de ambos os lados. Apesar da imensa zona de cessar-fogo que o caracteriza, é a mais duradoura frente de batalha permanente que alguma vez existiu.

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