1984 é um dos livros mais conhecidos do inglês George Orwell (pseudónimo de Eric Arthur Blair), a par de Animal Farm ("O Triunfo dos Porcos" ou "A Quinta dos Animais", título de uma reedição recente da Antígona).
O livro apresenta-nos um mundo dividido em 3 super-potências: Oceânia, Eurásia e Lestásia. O seu protagonista, Winston Smith, vive em Londres, que se encontra sob domínio da Oceânia. A sociedade caracteriza-se pela omnipresença do Estado, personalizada na figura do Grande Irmão (Big Brother), que controla a vida dos elementos do Partido ao mínimo detalhe, através dos telecrãs colocados por toda a parte. Winston Smith trabalha no Ministério da Verdade e a sua função é alterar os arquivos históricos para que o Partido tenha sempre razão. Para além da constante reformulação do passado, somos também confrontados com o surgimento da Novilíngua, que reformula ou elimina todas as palavras que impliquem o pensamento livre: a ideia era que se as palavras não existissem, o que elas representavam também desaparecia.
O livro encontra-se dividido em 3 partes: na primeira, somos confrontados com a descrição da sociedade perfeitamente controlada pelo Partido e com o aparecimento das sementes da revolta em Winston; na segunda parte, somos confrontados com o fruto dessa rebeldia; na terceira e última parte, as consequências da mesma.
A primeira palavra que me ocorre para descrever este livro é: assustador. Trata-se de uma espécie de metáfora para os regimes totalitários que dominavam o mundo em meados do século XX (em especial o estalinismo), mas leva a premissa muito mais além. O que pode à partida parecer uma sociedade inverosímil, transforma-se, pela pena de George Orwell, numa coisa absolutamente real. Apesar de termos consciência que estamos perante uma sociedade imaginada, a extrema habilidade do autor leva-nos, a cada momento, a temer a ideia aterradora que ela algum dia possa vir a existir. O livro pinta um retrato muito negativo da natureza humana, mas também revela a espaços a importância da liberdade e da opção de escolha. O seu final, apesar de inesperado (pelo menos para mim), está completamente de acordo com a visão do escritor e é, por isso, o final perfeito.
O livro é extremamente bem escrito, numa linguagem clara, e nem as partes mais descritivas alguma vez se tornam maçadoras. O enredo e toda a imaginação necessária para o criar são exímios. Resumindo numa palavra: genial.
10/10
O livro apresenta-nos um mundo dividido em 3 super-potências: Oceânia, Eurásia e Lestásia. O seu protagonista, Winston Smith, vive em Londres, que se encontra sob domínio da Oceânia. A sociedade caracteriza-se pela omnipresença do Estado, personalizada na figura do Grande Irmão (Big Brother), que controla a vida dos elementos do Partido ao mínimo detalhe, através dos telecrãs colocados por toda a parte. Winston Smith trabalha no Ministério da Verdade e a sua função é alterar os arquivos históricos para que o Partido tenha sempre razão. Para além da constante reformulação do passado, somos também confrontados com o surgimento da Novilíngua, que reformula ou elimina todas as palavras que impliquem o pensamento livre: a ideia era que se as palavras não existissem, o que elas representavam também desaparecia.
O livro encontra-se dividido em 3 partes: na primeira, somos confrontados com a descrição da sociedade perfeitamente controlada pelo Partido e com o aparecimento das sementes da revolta em Winston; na segunda parte, somos confrontados com o fruto dessa rebeldia; na terceira e última parte, as consequências da mesma.
A primeira palavra que me ocorre para descrever este livro é: assustador. Trata-se de uma espécie de metáfora para os regimes totalitários que dominavam o mundo em meados do século XX (em especial o estalinismo), mas leva a premissa muito mais além. O que pode à partida parecer uma sociedade inverosímil, transforma-se, pela pena de George Orwell, numa coisa absolutamente real. Apesar de termos consciência que estamos perante uma sociedade imaginada, a extrema habilidade do autor leva-nos, a cada momento, a temer a ideia aterradora que ela algum dia possa vir a existir. O livro pinta um retrato muito negativo da natureza humana, mas também revela a espaços a importância da liberdade e da opção de escolha. O seu final, apesar de inesperado (pelo menos para mim), está completamente de acordo com a visão do escritor e é, por isso, o final perfeito.
O livro é extremamente bem escrito, numa linguagem clara, e nem as partes mais descritivas alguma vez se tornam maçadoras. O enredo e toda a imaginação necessária para o criar são exímios. Resumindo numa palavra: genial.
10/10
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