Título Original: Le città invisible (1972)
Editora: Biblioteca Sábado
Páginas: 178
ISBN: 978-84-612-9211-0
Tradutor: José Colaço Barreiros
Sinopse: Marco Polo fala a Kublai Kan das cidades do Ocidente, maravilhando o imperador mongol com as suas descrições. Estas cidades, no entanto, existem apenas na imaginação do mercador veneziano: a sua vida encontra-se apenas dentro das suas palavras, uma narrativa capaz de criar mundos, mas que não tem forças para destruir «o inferno dos vivos». Este livro tem o lirismo dos livros de poemas, poemas que por vezes descrevem cidades e outras vezes a forma de pensar e de ser dos seus habitantes. Invertendo os papéis do Livro das Maravilhas, através do qual Marco Polo revelou o Oriente ao mundo ocidental, Calvino arquitectou o livro que o estabeleceria como uma das referências incontornáveis da literatura pós-moderna.
Italo Calvino já não me era um autor desconhecido, depois de Sr. Palomar, voltei à leitura das suas obras e foi em bom tempo que o regressei, assim como também foi a melhor obra que poderia ter escolhido. Impulsionado pela crítica da Canochinha e por estar de férias, aproveitando o meu tempo livre a ler obras mais curtas, escolhi a sua obra-prima, mas certamente Calvino será um autor o qual irei sempre regressar.
“As cidades invisiveís” é um maravilhoso livro, onde podemos viajar através das suas encantadoras palavras, escritas com a mesma sensibilidade com que os poetas escrevem os seus poemas. Por vezes, parei para pensar no quanto deveria ter dado imenso prazer ao seu autor escrever aquelas frases maravilhosas.
A história é simples, provando que é mesmo na simplicidade das coisas que podemos encontrar a genialidade, influenciada por, ou talvez seja mais correcto dizer, homenageando, o livro de viagens de Marco Polo, Calvino cria uma obra onde a história é uma conversa entre o navegador Marco Polo e o imperador Kublai Kan, sobre as cidades do Ocidente, cidades essas que são imaginadas pelo navegador, sempre de forma a que magia, a beleza e o fantástico se encontrem, como forma de encantamento, quer ao seu imperador, quer a nós, leitores, que vamos atrás das suas palavras .
Não é à toa que, segundo dizem, este é um dos livros favoritos dos arquitectos e também dos viajantes, aliás viajar é o que mais fazemos com as palavras de Calvino.
Poderia dissertar eternamente sobre a sua beleza, mas a melhor descrição que encontrei para o livro, está dentro do próprio, logo na página 43:
“As descrições das cidades visitadas por Marco Polo tinham este dom: podia andar-se por elas com o pensamento, nelas podia perder-se, parar a apanhar fresco, ou fugir a correr.”
10/10 - Obra-Prima
“As cidades invisiveís” é um maravilhoso livro, onde podemos viajar através das suas encantadoras palavras, escritas com a mesma sensibilidade com que os poetas escrevem os seus poemas. Por vezes, parei para pensar no quanto deveria ter dado imenso prazer ao seu autor escrever aquelas frases maravilhosas.
A história é simples, provando que é mesmo na simplicidade das coisas que podemos encontrar a genialidade, influenciada por, ou talvez seja mais correcto dizer, homenageando, o livro de viagens de Marco Polo, Calvino cria uma obra onde a história é uma conversa entre o navegador Marco Polo e o imperador Kublai Kan, sobre as cidades do Ocidente, cidades essas que são imaginadas pelo navegador, sempre de forma a que magia, a beleza e o fantástico se encontrem, como forma de encantamento, quer ao seu imperador, quer a nós, leitores, que vamos atrás das suas palavras .
Não é à toa que, segundo dizem, este é um dos livros favoritos dos arquitectos e também dos viajantes, aliás viajar é o que mais fazemos com as palavras de Calvino.
Poderia dissertar eternamente sobre a sua beleza, mas a melhor descrição que encontrei para o livro, está dentro do próprio, logo na página 43:
“As descrições das cidades visitadas por Marco Polo tinham este dom: podia andar-se por elas com o pensamento, nelas podia perder-se, parar a apanhar fresco, ou fugir a correr.”
10/10 - Obra-Prima
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