Título Original: La Sombra de lo que Fuimos (2009)
Editora: Porto Editora
Editora: Porto Editora
Páginas: 160
ISBN: 9789720040763
Tradutor: Helena Pitta
Sinopse
Luis Sepúlveda regressa ao romance com uma grande homenagem ao idealismo dos perdedores. Num velho armazém de um bairro popular de Santiago do Chile, três sexagenários esperam impacientes pela chegada de um quarto homem. Cacho Salinas, Lolo Garmendia e Lucho Arencibia, antigos militantes de esquerda derrotados pelo golpe de estado de Pinochet e condenados ao exílio, voltam a reunir-se trinta e cinco anos depois, convocados por Pedro Nolasco, um antigo camarada sob cujas ordens vão executar uma arrojada acção revolucionária. Mas quando Nolasco se dirige para o local do encontro é vítima de um golpe cego do destino e morre atingido por um gira-discos que insolitamente é lançado por uma janela, na sequência de uma desavença conjugal. Prémio Primavera de Romance 2009, A Sombra do que Fomos é um virtuoso exercício literário posto ao serviço de uma história carregada de memórias do exílio, de sonhos desfeitos e de ideais destruídos. Um romance escrito com o coração e o estômago, que comove o leitor, lhe arranca sorrisos e até gargalhadas, levando-o no fim a uma reflexão profunda sobre a vida.
Falar da escrita de Luis Sepúlveda é falar de uma escrita simples, poética, belíssima. Já li alguns livros deste autor, com destaque para "As rosas de Atacama" e "O velho que lia romances de amor", que foram livros marcantes para o meu desenvolvimento como leitor, aos quais até já regressei para uma releitura, por isso todos os livros do chileno são motivos de curiosidade.
"A sombra do que fomos" é um romance disfarçado de policial, mas, como em quase todas as obras de Sepúlveda, a política também anda lá metida no meio, juntamente com uma visão bem humorística da situação. E também temos direito a várias reflexões sobre a vida.
O livro gira à volta de três histórias. Primeiro, uma discussão familiar, na qual a mulher atira do prédio abaixo um gira-discos, dando origem a um crime acidental que funciona como a base do livro.
Depois, velhos companheiros, que já não se viam há algum tempo, juntam-se para planear um grande golpe, mas uma das peças chave do golpe era mesmo a pessoa assassinada pelo "gira-discos" voador. São estas personagens que conseguem proporcionar os momentos mais divertidos.
Por último, dois detectives tentam decifrar como decorreu o assassinato, de forma pitoresca e com bastante humor, como se fosse um episódio do CSI mas com os detectives de uma série humorística.
É um bom livro, mas não tão marcante, nem com a densidade bela dos anteriormente publicados pelo chileno. Contudo, trata-se de um muito bom antídoto para as tardes aborrecidas de Outono/Inverno que já se estão a aproximar.
7/10 - Bom
"A sombra do que fomos" é um romance disfarçado de policial, mas, como em quase todas as obras de Sepúlveda, a política também anda lá metida no meio, juntamente com uma visão bem humorística da situação. E também temos direito a várias reflexões sobre a vida.
O livro gira à volta de três histórias. Primeiro, uma discussão familiar, na qual a mulher atira do prédio abaixo um gira-discos, dando origem a um crime acidental que funciona como a base do livro.
Depois, velhos companheiros, que já não se viam há algum tempo, juntam-se para planear um grande golpe, mas uma das peças chave do golpe era mesmo a pessoa assassinada pelo "gira-discos" voador. São estas personagens que conseguem proporcionar os momentos mais divertidos.
Por último, dois detectives tentam decifrar como decorreu o assassinato, de forma pitoresca e com bastante humor, como se fosse um episódio do CSI mas com os detectives de uma série humorística.
É um bom livro, mas não tão marcante, nem com a densidade bela dos anteriormente publicados pelo chileno. Contudo, trata-se de um muito bom antídoto para as tardes aborrecidas de Outono/Inverno que já se estão a aproximar.
7/10 - Bom
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