Autor: Susan Hubbard
Tradução: Marta Mendonça
Edição: Ed.Presença
Nº de páginas: 288
"Aos doze anos Ariella nunca tinha frequentado a escola, vivia numa grande casa vitoriana, em Saratoga Springs. O pai ensinava-lhe pessoalmente as matérias que considerava importantes. Ariella tinha consciência da sua diferença em relação às outras crianças da sua idade... E quando fazia perguntas sobre a mãe, os esclarecimentos não iam muito além do facto de esta ter «desaparecido» no dia em que Ariella nascera. A ordem estática e rigorosa que regia a sua vida começou a alterar-se quando Dennis, o cientista assistente do laboratório que o pai tinha na cave, começou a insistir para que a deixasse pacear e fazer exercicio para fortalecer o seu sistema imunitário, e quando a Mrs. Garrit, a cozinheira, se propôs levar Ariella de visita á sua própria casa onde reinava uma alegre desordem, alegando que ela estava a ser superprotegida. Ariella acaba por compreender que o seu pai é um vampiro e, após um trágico incidente, parte sozinha numa longa viagem em busca da mãe e da sua própria identidade. Uma história surpreendente e cheia de divertidas surpresas, escrita com arte e estilo, que vem dar vida às novas gerações de vampiros do imaginário colectivo do século XXI e á sua difícil convivência com a sociedade humana." Está disponível a partir de hoje, dia 3 de Novembro, mais um livro que vem integrar a Colecção Via Láctea da Editorial Presença. A Sociedade do Sangue fala-nos sobretudo de uma vida familiar misteriosa e complicada. A narrativa na primeira pessoa aproxima-nos da personagem principal, Ariella, das suas duvidas, dos seus medos e sentimentos e dos mistérios que a rodeiam. É na sua vida que toda a história se foca e é também por causa desta que reflectimos sobre o isolamento, o ser-se isolado do mundo, forçado a crescer sem amigos e sem grandes contactos pessoais, o que invariavelmente vai transformar a personagem em alguém muito fora do comum.
A escrita é simples e sem floreados, a narrativa está bem estruturada e a história conseguiu prender-me bastante o que contribuiu para uma leitura muito agradável que se prolongou pela noite dentro.
Convém referir que os vampiros nesta obra não são propriamente os tradicionais mas também não são como os personagens de Crepúsculo. Pode dizer-se que são bastante humanos... Talvez, não vá muito de encontro aos leitores que gostam mais dos contos de vampiros mais tradicionais mas enquanto fã de "uma boa dentada" posso dizer que gostei bastante e que, na minha opinião, a obra agradará à grande maioria de fãs do estilo.
Não posso deixar de apontar o ponto negativo deste livro. Os erros são praticamente inexistentes e a tradução não está mal mas já no final do livro os nomes das cidades onde a narrativa tem lugar são trocados algumas vezes o que confunde um bocado o leitor mais desatento e corta o ritmo de leitura a um mais dedicado. Enfim, não há nada mais a apontar apenas este pormenor que poderá ser corrigido numa futura edição.
7/10
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