sexta-feira, 16 de março de 2007

LANÇAMENTOS - 17/03/2007


Donna Woolfolk Cross – A Papisa Joana

A autora reuniu, numa perfeita combinação, aspectos lendários com factos históricos do qual resultou um romance sobre Joana de Ingelheim. Filha de um missionário inglês e de uma mãe saxónica, Joana, nascida a 814, sente-se frustrada pelas limitações impostas à sua vida pelo simples facto de ter nascido com o sexo errado. O seu irmão Mateus começou a ensiná-la a ler e escrever quando Joana contava apenas seis anos. Com a sua morte, Joana recorre a toda a sua astúcia e capacidade de ludibriar de modo a continuar a dar largas à sua paixão pelo saber. Mais tarde, Joana foge de casa para seguir os passos do seu irmão João, a caminho da escola religiosa na Catedral de Dorstadt, onde ela se torna a única presença e estudante feminina tolerada. É quando surge Geraldo, e a vida de Joana muda ao aperceber- se de que o ama. No entanto, o seu amor é-lhe interditado pelas maquiavélicas manobras de Ritschild. Usando as roupas e identidade do irmão, depois deste ter sido chacinado durante um ataque normando, Joana foge e entra para o mosteiro de Fulda, onde ela se passa a denominar, depois de feitos os votos primordiais, João Anglicus.

Trilhando o caminho de monge a padre num instante, enquanto apurava o seu conhecimento e técnicas de cura, Joana começa a traçar a sua rota direita a Roma, onde os seus dons lhe abrem caminho para se tornar confidente e físico curador dos dois papas. É nos meandros de várias intrigas políticas no meio eclesiástico que Joana, ela própria, ascende ao posto de pontífice máximo da Igreja Católica. A Papisa Joana resulta numa fabulosa e vívida recriação do período por nós conhecido como a "Idade das Trevas".




Fenimore Cooper – O Último dos Moicanos

Ao contar uma história em que a amizade, independente de cor ou cultura, é o único herói, Fenimore Cooper escreve uma das maiores novelas de todos os tempos: O Último dos Moicanos A célebre obra do escritor americano mostra um pouco do processo de formação dos EUA e muito do que é capaz o sentimento fraternal entre dois homens de origens totalmente diferentes. Ambientada no nordeste do país, o livro traz como cenário a Guerra dos 7 anos, que envolveu ingleses de 1756 e 1763. Ambos se utilizam da destreza indígena e da rivalidade existente entre as diversas tribos que habitam o lugar para conquistarem as terras da região. Falsas promessas transformam índios em soldados da França e da Inglaterra. O livro leva o leitor do que há de mais vil e selvagem na natureza humana até o aspecto mais sublime, mais amável, mais amável e civilizado. Se em meio a um conflito, por vezes, as pessoas se vêem obrigadas a pensar única e exclusivamente em si, O Último dos Moicanos ensina que, seja qual for a circunstância, além de inteligência, é necessário companheirismo e amor para sobreviver. Cooper salienta a sabedoria plácida e precisa do índio, sua agilidade e intimidade como meio em que vive. O vigor físico, a perspicácia e a praticidade do homem branco que procura se adaptar ao novo habitat, embora traga suas características e preconceitos europeus, que também são expressos na obra.


A. F. Caseiro – Maldito Minério

O autor, ao escrever esta novela, revelou um alto espírito de observação pois as suas descrições da natureza são autênticas fotografias, nada lhe escapando. Através da janela do comboio ou nas andanças do Francisco, conseguiu gravar primeiro e depois transpor para o papel tudo o que havia de belo na Natureza. Depois de começarmos a sua leitura jamais conseguimos parar até chegar à última página, pois nos agarra e transporta suavemente com elegância, com respeito e prazer.


Érico Veríssimo - As Aventuras de Tibicuera



Romance em que o leitor percorre a história do Brasil acompanhando o índio Tibicuera em sua viagem através do tempo. Tudo começou numa taba tupinambá, antes de 1500, e vai terminar em um arranha-céu na Copacabana de 1942.

Érico Veríssimo adverte que o personagem Tibicuera é uma síntese desse povo que criou, às margens do Atlântico, uma nova cultura, mestiça, tropical, cristã, cuja vitalidade serve de garantia para a realização de seu destino. Tornando o tempo uma abstração, Érico apresenta uma sucessão de fatos e figuras humanas que vão do Brasil pré-cabralino até a Revolução de 30. "As aventuras de Tibicuera" é um relato das dificuldades e vitórias de uma nação jovem, representada pela figura do índio. É uma história do Brasil humanizada e colorida. Você acompanhará o trabalho de colonizadores, bandeirantes, escravos, vice-reis, imperadores e presidentes, mas acima de tudo, verá a importância do homem comum, no seu trabalho anônimo e persistente, cheio de heroísmo e fé num futuro melhor. "Se vocês não gostarem do romance que vão ler, não me culpem pois Tibicuera é o seu autor", declara no prefácio o autor gaúcho.



Carlos Rodrigues Brandão – O Que é Folclore


O que estuda e a que se liga o folclore? Maneiras curiosas e pitorescas de o povo ser, criar, cantar e dançar? Ou o próprio significado da cultura, através do trabalho criativo dos muitos tipos de povos de cada era da história, de cada sociedade? Quais as diferenças entre o folclórico e o popular? O que uma cultura diz através do folclore? A função do pesquisador do fato folclórico é justamente buscar compreender o próprio sentido dos significados da cultura. Do homem e seu mundo, portanto.



Paul Strathern – Sartre em 90 Minutos

Jean-Paul Sartre (1905-1980), em vida, teve sua filosofia conhecida por estudantes, intelectuais, revolucionários e até mesmo pelo grande público no mundo inteiro. Essa popularidade, singular para um filósofo, devia-se em parte ao comportamento revolucionário de Sartre, mas sobretudo a seu papel de porta-voz do existencialismo – num momento propício, quando seu conjunto de idéias

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