sábado, 12 de abril de 2008

Contos - Hans Christian Andersen



Hans Christian Andersen nasceu em Copenhague, Dinamarca, no dia 4 de Agosto de 1805. filho de um sapateiro e de uma lavadeira, Hans teve uma infância muito dura, tendo passado inclusivamente fome, no entanto e em sua casa, o amor nunca faltou.

Desde muito cedo sentiu que o seu destino estava ligado às artes, pois a sua paixão pela música e pela dança levaram-no a pensar que o seu futuro estaria numa dessas duas actividades, mas foram precisamente as dificuldades sentidas na infância, combinada com a humilde profissões dos pais, que lhe moldam o carácter e o levam ao mundo da literatura, poesia e teatro.

Christian Andersen era humilde, honesto e de índole boa, dotado de uma enorme capacidade de observação, apaixonou-se pelos contos tradicionais dinamarqueses, sendo daí que lhe veio a inspiração para criar os seus contos, contos esses que desde essa altura, alimentaram os sonhos de adultos e crianças por todo o mundo.

São muitos os registos que chegaram aos nossos dias sobre a vida deste poeta, principalmente devido ao facto de ele ter sido reconhecido e acarinhado ainda em vida, sendo mesmo visto como um herói nacional.

Sabe-se, por exemplo, que o seu aniversário era festejado em toda a Dinamarca e que até o rei se deslocava a casa de Andersen para o cumprimentar pessoalmente.

Não quero aqui entrar em considerações sobre a vida deste ilustre escritor, simplesmente porque existe muitos textos detalhados sobre a sua vida, uma vida rica que se estendeu por vários países (entre os quais Portugal), para quem esteja interessado, sugiro uma visita a este site: http://purl.pt/768/1/, site que faz uma justa homenagem a Hans Christian Andersen.

Esta obra, ”Contos”, traz a grande maioria dos seus contos. Uns conhecidos e levados à cena de várias formas, outros desconhecidos, mas que nada ficam a dever aos outros.

Quero contudo deixar uma ressalva que raramente vejo comentada.

Hans Christian Andersen escreveu estes contos, mas raramente os fez a pensar nas crianças, aliás, ele quando os escreveu tinha como certo que eles se destinavam mais para as crianças, no entanto, ele achava que as crianças tinham que saber que o mundo não era “cor-de-rosa” e a linguagem utilizada e sobretudo a forma do conto, era nua a crua. Os contos de Andersen são essencialmente morais, todos eles têm uma mensagem subjacente e raros são aqueles que acabam bem, inclusivamente a maior parte deles tem um fim violento.

A edição que possuo é a do “Público”, lançada no ano da comemoração dos 200 anos do nascimento do escritor por ocasião do Natal, edição essa que contém os contos na sua forma original e, para medirem o grau dos contos, apenas dois ou três desses contos posso contá-los à minha filha sem estar a medir as palavras.

Pois bem, quem não conhece curiosidades como o ”O Patinho Feio”, “A Princesa e a Ervilha”, “A sereiazinha”, “A vestimenta do Imperador”, “A polegarzinha”, “A rapariguinha dos fósforos”, “O soldadinho de chumbo”. Ao que junto contos fantásticos como ”A gota de água”, “O Elfo da rosa”, “É absolutamente certo” (este conto é fantástico e o preferido da minha filha), ”Os sapatos vermelhos”, entre outros. Contos simples, entre os fantástico e o realista, escrito em tom poético e sempre tendo como motivo principal a pobreza, a humildade, e os necessitados. E é aqui que os seus contos ganham estatura, pois eles levam os pobres a sonhar e a acreditar que não são menos que ninguém, que a humanidade é igual em qualquer extracto social, e que, se calhar, os pobres e os humildes têm mais do que os ricos: Amor, esperança e compaixão.

Pessoalmente gosto muitos dos contos deste fabuloso poeta, que chegou a passar algum tempo em Portugal, nomeadamente em Sintra, numa pequena casa onde actualmente se encontra uma placa a celebrar o facto. Andersen gostava tanto do nosso país e de Sintra que chegou a escrever um livro com o título: “Viagem a Portugal”.

A escrita é simples e fluída. Os contos são todos muito curtos e é fácil descortinar qual a moralidade do conto.

Aconselho os contos deste grande poeta, sobretudo pela forma como nos faz sonhar e nos liga a outros mundos absolutamente mágicos.

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