segunda-feira, 31 de março de 2008

Sugestão para leitura orientada: O aniversário da Infanta

Dada a relevância da obra (O aniversário da Infanta, Oscar Wilde, Relógio d'Água) e o risco eminente de ser abandonada ou morta à nascença, não resisto a propor uma possível abordagem.

Recuperando a questão da adequação do texto à faixa etária dos 10-12 anos (5º ano), não há, nem pode haver, argumentos contra. Não estamos perante um texto acessível, mas é bom que também estes textos possam ter lugar na estante de conhecimento das crianças. Principalmente porque se trata de uma obra escolhida para leitura orientada em sala de aula, o que permite uma infinidade de actividades, nomeadamente no que concerne o treino de caracterização de personagens ou espaços. Contudo, antes de qualquer actividade, e para que o choque não seja demasiado grande, sugere-se que o professor faça a leitura integral do texto em voz alta. Para não matar à nascença uma obra tão rica. A audição não implica tanto esforço, mas permite intuir ritmos e sonoridades. A proliferação de cores e texturas ajuda a criar quadros mentais. Para apelar à atenção dos alunos, o professor poderá sugerir que descubram a moral da narrativa.
Depois da leitura, eventualmente até depois de um diálogo acerca da mensagem da obra (basta perguntar o que acharam da frase da Infanta…), pode-se partir para um exercício de caracterização.
Divide-se a turma em pequenos grupos (três será o ideal) e atribui-se um momento descritivo a cada um (jardins do palácio, vestido da infanta, bosque, salas do palácio, festejos de aniversário, anão…). Cada grupo terá de registar todas as características atribuídas a cada objecto/ situação/ personagem. A cada vocábulo desconhecido, devem procurá-lo no dicionário e escrever a definição mais apropriada à frente da palavra que consta no livro. Estas listas devem ser registadas em folhas de cartolina, para que se faça um álbum de vocabulário a partir do livro.
Em seguida, a professora poderá mostrar aos alunos imagens da época (mobiliário, reproduções de quadros); as referências que constam da obra facilitarão a pesquisa.
Assim os alunos terão oportunidade de ouvirem uma narrativa literária, promove-se a formulação de juízos de valor, e ainda se treina a descrição e o vocabulário.
Sem esgotar o texto, que obviamente não merece!

Sobre o Homem: Sua verdadeira Natureza e Ministério, de Louis Claude de Saint-Martin

O Verbo sustenta todas as coisas para o Homem

Se não houvesse nenhum poder de harmonia e de ordem, poder este que se engendrou a partir de toda eternidade, nunca veríamos a ordem surgir e vencer a corrupção que ocorre em tudo o que constitui o círculo universal, como vemos, a cada momento, diante de nossos olhos. Sim, proclamemos, em alta voz, que há um Verbo Eterno, depositário da Luz Eterna, da vida e da medida que equilibram, por causa do homem, a desordem, a angústia e a infeção em que ele se afunda aqui neste plano. Se o homem não se mantém constantemente em elevação onde este suporte habita, ele cai novamente no abismo do mal e do sofrimento, no extremo oposto. Não há meio termo para ele: se não usa a força de Hércules, permanece esmagado sob o peso de Atlas.
Sim, toda a Luz Divina é necessária para dissipar as trevas intensas que circundam o homem. Ele precisa de toda virtude divina para equilibrar a região do crime a qual está amarrado; em resumo, se o homem não consegue manter a santidade, permanece afundado na abominação.
É em vão que o homem tenta obter este triunfo através de meias medidas e de frágeis especulações da sua mente e de sua razão. Estes supostos esforços só o enganam, pois são ilusórios.
As distrações fúteis e artificiais as quais o homem prende sua existência diariamente o engana ainda mais; o caminho vivo é o único caminho proveitoso; este caminho vivo só pode ser a própria mão do Altíssimo pois, somente Ele pode manter e governar todas as coisas; Ele criou uma compensação para todas as deficiências.
Quando foi dito que o Dirigente Supremo mantinha todas as coisas pelo poder de seu Verbo, isto não era uma expressão mística planejada para deixar nossa mente em suspense, era positiva e fisicamente verdade, em qualquer ordem que possamos imaginar.
Se o Verbo não sustentasse o Universo em sua existência, dirigindo-o em todos seus movimentos, seu progresso teria um fim imediato e ele retornaria à não manifestação:
É verdade que, se o Verbo não sustentasse as plantas e os animais, eles reintegrariam imediatamente seus próprios germes, que seriam absorvidos pelo espírito temporal do universo.
É verdade que, se o Verbo não sustentasse sua ação e execução, todos os fenômenos do Universo cessariam de se manifestar aos nossos olhos.
Também é verdade, na ordem espiritual, que, se o Verbo não sustentasse o pensamento e a alma do homem, assim como sustenta, diariamente, todas as coisas no Universo, nossas mentes recuariam, de imediato nas trevas e nossas almas no abismo, sobre o qual somos capazes de nos sobrepor, apesar de nossos crimes, unicamente através do inestimável e mais misericordioso poder do Verbo: assim, a menos que sejamos voluntariamente insanos e coincidentemente nossos piores inimigos, não cessaríamos nem pôr um momento a busca pelo Princípio de todas as coisas e pela inclinação ao Verbo; não agir assim eqüivale a negar nossa existência e renunciar a tudo o que é útil nas regiões onde o auxílio advém do Ministério Espiritual do Homem.


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Livros do Plano - O aniversário da Infanta

O aniversário da infanta, Oscar Wilde, Relógio d'Água, recomendado para o 5º ano, 2º ciclo, leitura orientada em sala de aula, grau de dificuldade III

Oscar Wilde para crianças? O aniversário da infanta é uma das inúmeras narrativas do escritor sem qualquer conotação com o universo infantil. Esse é o primeiro aspecto relevante da obra: o facto de não ser especificamente uma obra para crianças mas ter sido considerada adequada a faixas etárias ainda pueris. Provavelmente a razão é semelhante à dos Contos Tradicionais: uma moral e um universo aproximado da intemporalidade dos topoi dos castelos, príncipes e princesas. Acontece, porém, que o rigor desta magnificência descritiva obedece a uma intenção comum nas obras do autor e esse uso escorreito da adjectivação resulta do esteticismo que tão bem dominava.
A leitura desta obra recupera o debate antigo acerca dos clássicos, e Oscar Wilde já é um clássico. O que pode trazer esta boa literatura aos jovens (muitos deles incipientes, outros desinteressados) leitores? A boa literatura espanta, causa desconforto, esmaga, liberta, obriga a pensar. Das 45 páginas do livro, na edição da Relógio d’Água, só na página 40 começa o leitor a inferir que há um mistério a resolver, um problema, uma revelação, para além do terraço e dos jardins do palácio, do vestido da Infanta, do bosque ou das várias salas por onde passa o anão. Até então, apenas referências a intrigas na corte, o resumo da história de amor entre o Rei e a defunta Rainha, e a extravagante festa de aniversário. Descreve-se uma profusão de ambientes sensoriais, cheios de apelos visuais, recorrendo a uma riquíssima paleta de cores que extravasam dos objectos para o espaço, caracterizando cada cenário como se ele se abrisse ao olhar do leitor. A minúcia das palavras, escolhidas pelo sentido mais estrito, dá à narrativa um valor quase enciclopédico. A diegese fica arredada do papel central do livro. A adjectivação ora se apresenta através de enumerações, ora encadeando características («As paredes estavam cobertas de damasco cor-de-rosa, historiado de pássaros e melindrosas flores de prata. De prata maciça era a mobília, com festões, grinaldas, Cupidos esvoaçantes.»p. 40) A utilização de múltiplas soluções predicativas enriquece ainda mais o discurso, bem como o recurso à sinonímia. Contudo, é nas últimas 5 páginas do livro que aquilo que poderia parecer uma criação estética se revela uma intenção poderosa de sentido moral. Oscar Wilde retorna à metáfora da beleza (central na sua obra e no seu pensamento sobre o hedonismo, o dandismo e a função da arte) para denunciar com argúcia a superficialidade do poder, a sua arbitrariedade e desprezo em relação à dimensão dos valores e dos sentimentos. A festa de aniversário representa, no jorrar de entretenimentos, uma certa sociedade aristocrática nos seus comportamentos insaciáveis de prazer e desejos gratuitos dentro de um universo de luxo padronizado. A longa descrição proposta ao leitor, enreda-o no sumptuoso de forma graciosa e leve, para o confrontar com o seu próprio encantamento. A forma crua como termina o livro, com a sentença da Infanta, de quem não se conhecia o perfil, colide com valores como o respeito, pela humilhação a que sujeita aquele ser disforme mas feliz na sua inocência. A principal questão moral da narrativa, e o que a distingue do Corcunda de Notre Dâme (por exemplo), é o total desconhecimento do anão acerca da sua imagem. É certo que a revelação funciona como recurso diegético para a sua tomada de consciência. Sem este momento, não se poderia dar a profunda desilusão e o sentimento de humilhação por ter acreditado que a Infanta poderia gostar de si. Por outro lado, no entanto, impossibilita a esperança de que a beleza, ou a aparência, podem e devem ser irrelevantes nas relações e sentimentos que as pessoas nutrem entre si. A moral não é de esperança mas sim de crítica.

domingo, 30 de março de 2008

A simplicidade com que se criam hábitos de leitura, no 1º ciclo

Na formação em Algés percebi que uma das práticas mais comuns entre as docentes do 1º ciclo era a de disponibilizarem livros na sala de aula, para que os alunos os fossem buscar, sempre que terminassem uma actividade. A descrição que me fizeram foi de sucesso absoluto, porque todas as crianças aderem muito bem a esta iniciativa tão simples.
Tal exemplo reafirma o princípio básico da Promoção da Leitura: o acesso e o convívio com os livros nos espaços mais familiares para a criança ajudam a formar leitores. Embora tenha sempre direccionado esta regra para a família, é certo que a sala de aula é, principalmente no 1º ciclo, um espaço afectivo e familiar. A liberdade que é dada às crianças permite-lhes estabelecer uma relação autónoma com os livros disponíveis, criar estratégias de selecção, deixar-se seduzir ou influenciar pelas preferências de um colega, abandonar e devorar um livro.
O recurso ao livro ajuda a manter o equilíbro na sala de aula, sem comprometer os ritmos de trabalho diferenciados dentro de cada grupo. Para além disso, o professor atento pode traçar um diagnóstico de preferências e hábitos de cada uma das crianças, ao longo do tempo.
É pena que esta actividade não possa ser levada à prática nas aulas do 2º ou 3º ciclo, já que aqui os alunos circulam de sala em sala. Poder-se-á experimentar fazê-lo esporadicamente, recorrendo à Biblioteca Escolar e transferindo algumas aulas para este espaço. Contudo, o objectivo não se cumpre com no 1º ciclo, em que o hábito se cria, e como hábito que é, se repete.

Terra Bendita - Pearl S. Buck

”Terra Bendita” é o primeiro livro que leio de Pearl S. Buck, Prémio Nobel da Literatura em 1938.
É também o primeiro volume de uma trilogia que a autora consagra à China, sua segunda pátria, pois com apenas quatro meses foi viver para aquele país.
Americana de nascimento, Buck tinha a alma daquele país milenar, conhecendo os hábitos e a cultura chinesa do princípio do séc. XX, cultura essa assente em tradições fortíssimas onde a mulher tinha, e penso que continua a ter, um papel secundário e totalmente subjugado ao homem.
Assim e nesta trilogia, Buck escreve uma história simples sobre a vivência de uma família tradicional numa qualquer aldeia tradicional, no entanto não se trata de uma simples descrição que podíamos ler e deitar fora, de forma alguma, essa descrição narra o modo de vida de um país culturalmente fechado, sobretudo quando a Revolução chinesa de 1949 ainda não passava de uma utopia.
Wang Lung é um agricultor que se dirige à casa senhorial da aldeia a fim de ir buscar uma mulher daquela casa para a tomar como esposa.
Como era hábito na época onde a história tem lugar, fim da década de 20, início da de 30 do séc. XX, essas grandes casas, propriedades dos senhores ricos que tinham uma série de escravas que serviam para servir, literalmente, o senhor e a sua família, até a nível sexual.
Desde logo é nítido o papel secundário e escravizante da mulher. Ela é vista como escrava, simplesmente.
E lá vai Wang Lung até essa casa onde a sua futura mulher o espera. Ele nunca a viu, nem lhe interessa. O que lhe interessa é que ela saiba cozinhar, tratar da casa e que seja boa parideira.
No entanto e quando conhece essa mulher, O-Lan, fica algo decepcionado com a sua figura algo grotesca, ou sejam ela tem a aparência das mulheres mongóis, e ele, enquanto chinês do Sul, acha-a feia, sobretudo porque não possue os pés pequeninos, conforme uma boa mulher chinesa deve ter.
Mas nem tudo é mau, por outro lado, ele depressa se apercebe que a fealdade de O-Lan teve o mérito de a ter poupado aos avanços dos homens daquela casa, logo, O-Lan é virgem, um luxo para um agricultor pobretana como é Wang Lung.
Leva-a para casa e começa aí uma vida de intenso trabalho no campo, sempre e de uma forma que até surpreende Wang, com a ajuda de O-Lan que, sempre atenta aos seus afazeres domésticos, ainda saí para o campo. Assim, e mesmo sofrendo alguns revés, Wang Lung acaba por enriquecer.
No entanto a riqueza sobe-lhe à cabeça, iniciando então uma vida de esbanjamento, sempre sob o olhar acusador de O-Lan, que nada podia fazer.
Na minha opinião, o centro da história é precisamente o modo de vida tradicional da China rural, da China profunda. Os personagens que Buck cria são apenas o meio.
Mesmo o facto de Wang se transformar num homem rico, que vê o dinheiro como algo que lhe dá posição na aldeia e acesso a lugares proibidos aos pobres, faz com que fiquemos com a percepção que a posição hierárquica foi, e ainda o é, algo de prioritário na China.
Obviamente que podemos dizer que esta história se adaptaria a qualquer nação, principalmente na altura da acção. Em parte concordo, principalmente ao nível do papel da mulher, no entanto há características próprias daquela zona do globo, sobretudo como a mulher era encarada, comprada como se fosse um mero produto, o facto de existir o hábito enraizado de fumar ópio, as casas de chá, as cheias e a própria agricultura tão baseada no arroz, passando também por uma cultura patriarca, onde os idosos eram sagrados.
Todas essas características estão fortemente descritas e é a partir delas que a história circula.
”Terra Bendita” é um livro muito bom e que se lê sem grandes dificuldades.
Porém a mim soube-me a pouco.
O cenário é-nos apresentado e a história arranca, no entanto e embora Buck desenvolva muito bem o trama, o mesmo torna-se algo monótono, pois as cenas repetem-se um pouco. A fixação de Wang pela terra repete-se praticamente página a página. As considerações sobre as mulheres são sempre semelhantes e até a vida descrita leva o livro num rumo modorrento.
Não é nada que incomode ou que tire brilhantismo à obra, mas é um livro triste, escuro, algo aborrecido, mas e atenção, um livro que nos dá a conhecer essa cultura fechada, um relato exemplar da China rural.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sugestão para o fim-de-semana

Para crianças e adolescentes que gostam de BD, ou simplesmente querem poder reproduzir a sua manga ou as witchs do seu coração, realiza-se este sábado o concurso de BD Infanto-juvenil de Colares, perto de Sintra. Conta com dois escalões: dos 8 aos 12 e dos 13 aos 16 e tem a duração de três horas e meia, durante as quais cada um pode realizar quantas bds quiser, a preto e branco ou a cores. Fica a informação.

Manual Prático de Magia Sexual

Introdução
Feitiçaria sexual é um dos aspectos mais importantes da magia moderna por revelar um método de feitiçaria que é encontrado no próprio corpo humano. Por ser uma tradição que une tanto o ocidente quanto o oriente e usa técnicas de diferentes escolas. Para entender plenamente a Feitiçaria Sexual deve-se pôr de lado todos os preconceitos e adentrar o estudo com uma mente aberta e uma predisposição de considerar uma nova via para entender e experienciar o Universo e si mesmo.
As Escolas Orientais de Feitiçaria Sexual
Símbolos rituais tântricos têm sido encontrados datados aproximadamente de três mil anos antes de Cristo, estes símbolos de fertilidade parecem ser de origem Indo-européia e demonstram a antigüidade dos cultos tântricos. Tantra (que significa "a via") é a mais das religiões do mundo oriental. Seus textos primários são conhecidos como "Tantras" e são tão velhos quanto os Vedas (pelo menos dois mil anos antes de Cristo), se não mais velhos. A influência do tantrismo pode ser vista na maior parte das culturas antigas, na grande China podemos ler sobre Alquimia Sexual e os mistérios da libido milhares de anos antes de Freud e nos cultos Gnósticos lemos sobre a encarnação da Deidade em marido e esposa. Outros exemplos podem ser encontrados no Egito, Creta e Roma onde a feitiçaria sexual era central para a maioria das tradições iniciáticas secretas. Mesmo hoje em dia Tantra ainda está vivo na Índia moderna, ocupando um dos lugares mais sagrados dos Hindus, Kamrup in Assam, sendo a representação da Yoni ou vagina da própria deusa.
As Escolas Ocidentais de Feitiçaria Sexual
Gnosticismo é uma escola religiosa de pensamento que é tida como tendo sido desenvolvida em algum momento ao redor do advento de Jesus. Suas origens são encontradas no Egito e na Suméria, enquanto suas formas externas tenderam a ser de extração hebraica. Por muitos anos os ensinamentos do Gnosticismo não eram conhecidos, até recentemente quando pesquisas descobriram que a essência da tradição Gnóstica era uma forma ocidental de Tantra. Este 'tantrismo' tinha ritos iniciáticos e práticas adaptadas de várias tradições ainda que operando sob uma mesma estrutura organizacional generalizada. Parece que a morte do Gnosticismo, ou ainda o seu movimento nos anais do ocultismo, tomou lugar por volta de 200 d.C. e que seu ressurgimento ocorreu através de ordens secretas tais quais a Ordem de Sião e os Cavaleiros Templários.
Por volta de meados do século passado quando muitos eruditos ingleses começaram a pesquisar sobre as tradições tântricas sobreviventes em ambas suas formas oriental e ocidental e isto gerou ordens como a O.T.O. e num menor grau a Golden Dawn e outras ordens herméticas relacionadas. No caso Golden Dawn acredita-se que embora a ordem funcionasse com um foco Cristão-Judeu, sob esta fachada uma forte tradição de feitiçaria sexual floresceu, embora estas tradições não mais são ensinadas pelas derivações modernas da GD.
A Ordo Templi Orientis também conhecida como a Ordem dos Templários do Oriente é uma ordem explicitamente tântrica com tonalidades maçônicas. Em 1912 a sua revista, Oriflamme, deixara claro que a sua premissa central de ensinamento era a feitiçaria sexual. A ordem possui a chave que abre todos os segredos herméticos e maçônicos, isto é, o ensinamento da Magia Sexual e este ensinamento explica sem exceção todos os segredos da Livre Maçonaria.
Feitiçaria Sexual no Novo Aeon
Com o advento do Novo Aeon em 1904, Mestre Therion (Aleister Crowley) formulou a Astrum Argentinum como uma ordem semi-física para manifestar a nova corrente mágika. Uma das primeiras ordens fora desta estrutura a aceitar a Lei de Thelema foi a OTO. O Mestre Therion então remodelou seus trabalhos para refletir a natureza do Novo Aeon e incorporar novas práticas e teorias de tantrismo ocidental e oriental. Entretanto, sendo que a OTO ainda tinha uma base maçônica, sob a pressão do Novo Aeon deu lugar a uma nova forma de ordem baseada no princípio de ensinamento boca a boca ao invés de formas de organização autocráticas. Com esta mudança os ensinamentos da feitiçaria sexual e do Tantra foram aumentados pela pesquisa e pela prática do vasto número de feiticeiros thelemitas ocidentais e orientais e a síntese resultante é encontrada nas várias escolas tântricas modernas thelêmicas. Estas incluem tão variadas ordens como a OTO Tiphoniana encabeçada por Kenneth Grant, a Ordem Arcana dos Cavaleiros de Shamballa (AMOOKOS), o Culto da Serpente Negra e a Ordem de Prometheus (Austrália).
A publicação deste manual de treino é parte do processo onde a experiência direta da Feitiçaria Sexual pode ser alcançada por indivíduos e grupos pequenos sem a segregação e controle das estruturas das ordens, acreditamos que tal ato está em concordância com o espírito aberto do Aeon de Hórus.
"Se você trouxer para fora aquilo que está dentro de você, isto o salvará.
Se você não trouxer para fora o que está dentro de você, isto o destruirá."


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Dia Internacional do Livro Infantil - um passatempo

A DGLB promove um passatempo, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil, 2 de Abril, que está quase a chegar.
A proposta dirige-se a todas as Bibliotecas Municipais que queiram participar com cartas de crianças entre os 8 e os 13 anos, dirigidas a outras crianças, de culturas diferentes, a partir de ilustrações de Teresa Lima.
«Passatempo "E o Outro aqui tão perto..."
A UNESCO decretou 2008 como o Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Com o objectivo de fomentar a escrita e a criatividade das crianças, a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas lança um Passatempo no qual podem participar crianças dos 8 aos 13 anos, divididos por duas categorias (dos 8 aos 10 e dos 11 aos 13 anos).
O Passatempo decorrerá durante o mês de Abril nas Bibliotecas Municipais, que poderão desenvolver a actividade no número de sessões que entenderem. A Biblioteca será responsável pela recolha dos trabalhos, pela selecção prévia e pelo respectivo envio para a DGLB. Os trabalhos devem ser enviados até 30 de Abril, para Direcção de Serviços do Livro – Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas – Campo Grande, 83 – 1º, 1700-088 Lisboa, com os seguintes dados sobre o autor: nome, idade, morada, telefone e eventual e-mail.»
via DGLB
Na página do concurso pode consultar-se o regulamento. As ilustrações podem ser descarregadas aqui.
As Bibliotecas poderão assim integrar este passatempo nas suas actividades, nomeadamente na Hora do Conto, recorrendo a obras de Teresa Lima. É mais uma forma de promover o livro na sua componente de álbum, bem como na sua função de aproximação ao mundo, na sua diversidade. Uma das actividades possíveis poderá consistir na projecção das imagens disponibilizadas para o Concurso e convidar as crianças a adivinhar a que livro(s) pertencem. Assim, em grupos, as crianças terão a oportunidade de folhear a obra da ilustradora, podendo até escolher o livro que mais lhes terá chamado a atenção.
Como sugestão complementar, deixamos dois livros ilustrados pela vencedora do prémio nacional de Ilustração 2006.

No caso de A noite dos animais inventados (David Machado, texto, Teresa Lima, ilustração, Presença), os meninos podem escrever a sua carta procurando saber notícias dos animais que partiram de comboio, no final da narrativa, pela porta do armário. Em que país terão saído? No quarto de um outro menino na Índia, na China, em Moçambique? Como será o seu quarto? Que animais conhece? Onde os viu? Será uma continuação da história, num registo espistolar.

Ovos Cozidos (Marisa Nunez, OQO, que reconta a narrativa tradicional As três adivinhas do rei) permite a criação de novas adivinhas, a partilha de curiosidades sobre outros reinos ou até a tentativa de descobrir onde fica este reino, se no país do destinatário da carta.

Serviços Secretos Portugueses

Serviços Secretos Portugueses é uma obra de investigação de José Vegar que faz uma análise histórica dos serviços secretos nacionais com particular incidência na actual realidade fruto da revolução de Abril de 1974.
É preciso dizer em primeiro lugar que este livro está particularmente bem redigido. A escrita é acessível apesar da profundidade do tema, mesclada entre exposição pura de trabalho de investigação e a ilustração de factos e hipóteses através do desenvolvimento de pequenas histórias ficcionadas.
José Vegar transporta-nos a um fantástico mundo com esta obra, através da demonstração clara e inequívoca da necessidade premente de ter serviços secretos organizados e com competência para avaliação das actuais realidades nacionais e internacionais, com particular referência à realidade pós 11 de Setembro e ao terrorismo de índole islâmica.
Ao contrário do que o leitor pode eventualmente esperar, este livro não conta histórias como a do James Bond, mas sim as das pessoas reais, que trabalham em arquivos, infiltrados em organizações criminosas e por vezes em espionagem comercial.
Apesar de se encontrar na mesma linha dos livros analisados recentemente, e apesar desta obra não ser um romance, acreditamos que este livro poderá ser do interesse e suscitar paixão a qualquer leitor habitual, pelo que, sem dúvida nenhuma que o aconselhamos vivamente.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Para a preparação do Mercúrio Filosófico, pela Lua e o Régulo Marcial Estrelado, para a Pedra Filosofal, de Ireneu Filaleto / Irineu Filaleto

O presente tratado foi escrito por Eirenaeus Philalethes, cidadão Inglês e Cosmopolita e traduzido da Collectanea Chemica por Rubellus Petrinus.

Experiências
1. O Segredo do Arsénico Filosófico.
Tomei uma parte do Dragão Ígneo e duas partes do Corpo Magnético; preparei-os juntos por meio de um fogo forte, e na primeira fusão (1) foram feitas cerca de oito onças do verdadeiro arsénico.
2. Segredo para preparar o Mercúrio com o seu Arsénico e separar-lhe as fezes.
Tomei uma parte de bom arsénico, e fiz o casamento com duas partes da Virgem Diana e uni-os num só corpo: triturei finamente, e com isto preparei o meu Mercúrio, trabalhando todo o conjunto no calor até que eles estivessem muito bem preparados; em seguida, purguei-os com o sal de urina para separar as fezes que recolhi separadamente.
3. A Purificação do Mercúrio Filosófico.
O Mercúrio assim preparado está ainda contaminado com alguma impureza externa, e por isso destila-o três ou quatro vezes num alambique apropriado, com a sua cucúrbita de aço; depois lava-o com sal de urina até que ele seja claro e brilhante, e que não deixe rasto ao escorrer.


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ONU – História da Corrupção

ONU – História da Corrupção, é um livro de Eric Frattini que relata a história de mais de 60 anos de corrupção, fraude, abusos sexuais, subornos, tortura, má gestão, no seio de uma organização com carácter supra nacional.
Esta obra relata com pormenor o envolvimento em escândalos de natureza criminosa de vários secretários-gerais da organização, desde a caça às bruxas no tempo de McCarthy, passando pelas ligações de Kurt Waldheim ao regime nazi e culminando com o envolvimento do filho de Kofi Annan no escândalo do programa “Petróleo por Alimentos”.
É um livro expositivo, denso, repleto de dados e pormenores, de avaliações subjectivas – e outras objectivas – é o resultado de um trabalho de investigação que põe em causa o prestigio de uma organização que nasceu com o fim da 2.ª Guerra Mundial e que não parece não conseguir prosseguir os fins a que se propôs.
À semelhança das obras mais recentes que aqui foram criticadas, este livro está muito longe de ser um romance. É um trabalho de investigação sobre uma temática muito específica, pelo que dificilmente se poderá considerar uma obra apelativa para o leitor média que procura um livro que o faça viajar pelo mundo da boa literatura dos romances.
Neste sentido, aconselhamos esta obra, apenas aos que tenham um interesse particular pela história, pelo mundo que nos rodeia e por esta organização – ONU – sendo que os leitores de romances puros acharão este livro perda de tempo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Próximos Livros do Plano

Chegam amanhã os dois livros a recensear (5º e 6º ano, leitura orientada, grau de dificuldade III). Desta vez trazem a chacela da Relógio d'Água, o que muito me agrada, por poder apresentar propostas de editoras diversificadas, e pela própria receptividade da editora, a quem agradeço.
Por isso, os Livros do Plano regressam na próxima 2ª, com O aniversário da Infanta, de Oscar Wilde e na semana seguinte, com Mopsos, o pequeno grego, de Hélia Correia.

Amante de Lady Chatterley (O) - D. H. Lawrence

Quero desde já adiantar que esta opinião irá abordar esta obra numa vertente que visa essencialmente a análise entre a obra, a época em que foi escrita e, sobretudo, as reais intenções do autor. Logo, uma opinião nua e crua, a mesma forma que Lawrence utilizou para descrever as relações sexuais entre Connie Chatterley e Oliver Mellors.

David Herbet Lawrence, nasceu em Eastwood, Inglaterra, no ano de 1885.

Sabe-se que o seu amor pelo erotismo se revelou bem cedo, vindo então a escrever pequenos textos onde o amor e o sexo eram descritos como uma força da natureza, uma expressão natural do sentimento humano. Para Lawrence, as mulheres eram a força motriz da natureza, as mães e esposas de todos os homens e os seres que carregavam no ventre o vaso da semente masculina. A sua importância para os homens vai para além do que a sociedade de Lawrence defendia, ele achava que a existência da mulher era decisiva para a sobrevivência dos homens, eram o bálsamo que alimentavam a existência dos homens. Em suma, Lawrence amava as mulheres.

Mas toda esta obsessão que, a julgar pela sua vida, deverá ter tido início pela profunda adoração que Lawrence sentia pela mãe, iria finalmente explodir em 1914, curiosamente um ano depois da morte de sua mãe, quando, e depois de romper com a sua noiva, foge para a Prússia com uma mulher casada e mãe de 3 crianças. Frieda era um mulherão, de seios fartos que levou Lawrence a afirmar: "Os seus seios são o meu lar".

É a partir desse relacionamento, que posteriormente vem a dar em casamento, que ele começa a desenvolver para romances algumas das suas ideias. Encontra assim um porto de abrigo onde, e segundo as suas próprias palavras, conhece os verdadeiros prazeres sexuais com a mulher, não olhando a falsos pudores nem vergonhas, entregando-se totalmente ao prazer.

Em 1915 é publicado o seu primeiro romance e que vem a ser classificado de obsceno e imundo: O Arco-Irís. É apreendido por ordem do tribunal, havendo mesmo um pedido de desculpas por parte do editor. Lawrence jamais irá esquecer este acontecimento.

Lawrence julgava o sexo como uma manifestação física natural e normal. Ao pensar dessa forma, ele começou a criar uma série de anticorpos na sociedade inglesa, tão agarrada a valores vitorianos e que via o sexo como algo puramente animal, só sendo digno para o efeito de reprodução.

Lawrence declara então uma espécie de guerra a essa sociedade. Nunca fazendo claramente essa declaração, a intenção do autor não será o de chocar o público, mas sim mostrar o génese da sociedade humana, fazer ver que a excitação sexual é algo de normal, que é necessário "matar" a vergonha que aprisionam as pessoas e a sua mente.

Em 1926, e já a viver na Toscana com a sua musa inspiradora, Lawrence escreve aquele que é, ainda hoje, considerado a sua obra máxima e, saliento, considerada como um dos melhores cem livros do séc. XX: "O Amante de Lady Chatterlley".

Esta é a história de Constance Reid (Connie), uma jovem e atraente mulher, que casa com um rico e oficial inglês, Clifford Chatterlley. Após a lua de mel, ele é enviado de volta para as trincheiras da Primeira Grande Guerra, onde, pouco depois, sofre um grave ferimento que o deixa paralisado da cintura para baixo.

De volta a Inglaterra, o jovem casal vai viver para a mansão de Clifford, começando então uma existência fútil, triste e vazia. Eram ambos jovens, no entanto Clifford estava morto da cintura para baixo, enquanto Connie sentia-se arder por dentro, o desejo subia-lhe pelo corpo em vagas sucessivas e via na sua vida futura algo sem nada.

É então que Lawrence faz o primeiro arremesso.

Vendo a situação da sua esposa, Clifford dá-lhe autorização para que ela arranje um amante e, inclusive, tenha um filho deste, desde que ninguém saiba, que o amante seja alguém de boa posição e que a criança seja considerada dele.

Ao princípio periclitante, ela acaba então por se envolver, não com um homem de boa posição, mas com o caseiro da propriedade, Oliver Mellors, um homem feio e rude, mas que incorpora toda o vigor masculino, vigor esse que encanta e enche de prazer Lady Chatterlley.

A partir daí... meus amigos, Lawrence oferece-nos descrições verdadeiramente excitantes dos encontros sexuais entre Connie e Oliver. Uma verdadeira loucura erótica onde as palavras são colocadas de uma forma nua e crua, mas e ao mesmo tempo, de uma forma terna, acabando em climaxes esplendorosamente apoteóticos.

Obviamente que o romance não se resume apenas a esses encontros sexuais. A história continua e sempre com Lawrence a atirar pedras aos conceitos britânicos e cristãos, pois recordo-me que chega mesmo a colocar em causa a existência de Deus.

Neste romance, e por muito que se façam análises sobre outras intenções do autor, nomeadamente intenções de ferir ou de chocar a sociedade, o que é verdade e isso é claro, penso, contudo, que a grande força e beleza deste romance está essencialmente assente em três factores:

- Na forma como Lawrence constrói o romance. O desencadear das situações faz com que tudo o que acontece seja coerente e, isso é importante, com que nós próprios julguemos os personagens, acabando por nos inquirimos: não fazíamos nós o mesmo, dadas as situações?

- Na forma como Lawrence glorifica a virtude do sexo e os movimentos dos corpos, as descrições dele são divinais.

E algo que detectei pelas descrições, mediante o que sei do autor:

- Este é um romance que homenageia a sua mulher: Frieda. Até digo mais, tenho poucas dúvidas que parte das descrições de Lawrence, são dele próprio com a mulher.

Mas porquê dar uma conotação tão erótica a um livro, cujas descrições ostensivamente sexuais, ocupam apenas 15% do seu todo?

Simplesmente porque essas cenas de sexo transmitem toda a força do sexo. Nessas descrições, homem e mulher entregam-se um ao outro de uma forma muito quente, sem qualquer tipo de pudores. A linguagem que usam é vernácula, todo o ambiente criado é excitante. No entanto todo esse erotismo não acaba quando acaba os movimentos corporais, esse erotismo continua no resto da narrativa, no amor que sentem um pelo outro, nos seus pensamentos e nos carinhos. Um erotismo que nos leva a encarar o sexo como fazendo parte do lado efectivo e não do lado animal como era defendido pelos moralistas. E isso não foi compreendido na época, tanto é que o livro foi apreendido, impedida a sua venda durante alguns anos e Lawrence acusado de atentado ao pudor.

Depois há todo um conflito moral que nos é lançado e cuja resolução depende um pouco de nós próprios. Depende da forma como encaramos aquele quadro, depende da nossa forma de ver o sexo e o amor entre um homem e uma mulher.

Um romance brilhante, perfeito, cheio de mensagens num jogo de sentimentos soberbo, longe portanto de ser um simples romance erótico, muito longe mesmo.

Um romance obrigatório para entendermos o pensamento e moral da sociedade britânica e europeia da primeira metade do século XX e para que possamos entender um pouco do lado efectivo do ser humano.

O Que é Wicca? - Curso de Wicca para brasileiros, de Micaela Engel

Para entendermos o que é Wicca, é necessário falarmos um pouco da Deusa, e de suas várias faces. Nessa página, você encontrará uma breve história dela, alguns fundamentos e feitiços da Wicca. Divirta-se!

A Deusa

O período neolítico não conhecia deuses - vigorava o matriarcado, com a Deusa-Mãe. O conceito de paterno inexistia e a moral, a ciência e a religião ocupavam a mesma esfera. Com a instituição do patriarcado, o cálice foi derramado através da espada, relegando o elemento feminino. Com o fim da era de Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria. Assim como o Taoísmo primitivo, todas as religiões ancestrais visualizavam o Universo como uma generosa Mãe. Nada mais natural: não é do ventre delas que saimos? De acordo com o mito universal da Criação, tudo teria saído dela. Entre os egípcios, era chamada de Nuit, a Noite. "Eu sou o que é, o que será e o que foi." Para os gregos era Gaia - Mãe de tudo, inclusive de Urano, o Céu. Entretanto, ela não era apenas fonte de vida, como também senhora da morte. O culto a Grande- Mãe era a religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio, onde homens e mulheres viviam em harmonia e o culto à Deusa era a religião. Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta era uma sociedade pacífica. Também nã há representações, em sua arte, de guerreiros matando-se uns aos outros, mas pinturas representando a natureza e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino. Essas esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Na sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo desde sacerdotisas até chefes de navio. Platão conta que nesta sociedade, a última matrifocal de que se tem notícia, toda a vida era permeada por uma ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Segundo historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas. Na velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de poderosos guerreiros orientais - os kurgans. O Cálice foi derrubado pelo poder da Espada. Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da população, que levou as sociedades arcaicas à "domesticação da terra". Os homens tinham que dominar a natureza, para obrigá-la a produzir o que queriam. Com a descoberta de que o sêmen do homem é que fecunda a mulher(acreditava-se que esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este difundido pela Europa, Egito, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia. Com o advento do monoteísmo, e patriarcado - e a consequente dominação da mulher -o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O monoteísmo não é apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais fraco, do crente sobre o não-crente."

Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa civilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo. O mito de Lilith mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a submeter-se à Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob ti?" -ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la do Paraíso. Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de demônios. Mas Adão fica, e sente-se só. Jeová então cria Eva, a mulher, condenada eternamente à inferioridade. Como enunciava Santo Agostinho, a mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a imagem de uma costela. Embora apersonagem do Deus cristão seja bem mais suave do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto Jeová distribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade. A Virgem e Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe realta a união do homem e da mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e Madalena, a companheira do Salvador. Contrapondo-se à figura de Madalena, a Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e protetor.

Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena, Diana, a Lua,a Natureza, Hécate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força. Falemos sobre Wicca.


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NO PASS

Slão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás

Queridos amigos Roedores, começa na próxima quarta, 02 de abril, o 1º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás com show do Palavra Cantada, as 10h da manhã, no Teatro Rio Vermelho (Centro de Convenções de Goiânia). A programação segue até domingo e traz convidados ilustres como Lygia Bojunga, Ricardo Azevedo, Ângela Lago, Marilda Castanha, Nelson Cruz, Marcelo Xavier, Marisa Lajolo entre tantos outros bambas falando sobre literatura infantil, ministrando oficinas de ilustração, fazendo shows (a Bia Bedran estará por lá na sexta feira). Os Roedores de Livros também foram convidados. Juliana e Tino apresentam o show Direto da estante pro alto-falante, zás-trás num instante tem gosto de bombom com músicas e histórias no ESPAÇO FADA, no sábado, 05/04 (14h) e domingo, 06/04 (15h). Eu ministrarei duas oficinas. A primeira, sobre Brinquedos Populares, será na Sala Pedras de Paraúna, sábado, 05/04 (14h). A segunda, Literatura Infantil - A fantasia a serviço da educação, será na Sala Serra Dourada, no domingo, 06/04 (9h30). As inscrições para as palestras, shows e oficinas podem ser feitas diretamente no SITE OFICIAL DO SALÃO. A gente se encontra por lá.

segunda-feira, 24 de março de 2008

LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Carl Gustave Jung - A Energia Psíquica


Título: A ENERGIA PSÍQUICA
Autor: Carl Gustave Jung
Gênero: Psicologia
Editora: Vozes
Em A ENERGIA PSÍQUICA, o autor desenvolve sua teoria da libido como energia psíquica, comparando-a com o conceito de energia na física.

Porque é preciso ler... para as crianças do 1º ciclo

Ando às voltas com os portfólios das professoras que participaram na acção de formação «Promoção da leitura: diversificar estratégias na abordagem ao treino e à leitura recreativa».
Uma delas perguntou aos seus alunos do 1º ano qual a finalidade da leitura. Reproduzo aqui a breve descrição que a prof. Ana Paula Soares integrou no seu portfólio, ainda que um pouco à sua revelia...

«"É preciso ler!" Aceitei a sugestão de Daniel Pennac e desafiei os alunos a responderem a esta questão-base: "É preciso ler" para quê?
As respostas foram, entre outras, as seguintes:
-Para sabermos as coisas
-Para tirar um curso
-Para os pais ficarem contentes
-Para aprendermos
-Para ficarmos inteligentes
-Para aprendermos a escrever
-Para ser muito esperto
-Para sabermos os nomes das coisas
-Para fazer bem à saúde
Face a estas afirmações,impõe-se uma observação. Os nossos alunos podem ler pouco mas reconhecem no livro potencialidades diversas.»

OS SEIS SIGNOS DO PODER


Lançamento em breve do e-book pela equipe do Digital Source


Based on the acclaimed novel by Susan Cooper, THE DARK IS RISING is the first film
adaptation of the author's acclaimed The Dark Is Rising Sequence. The film tells the
story of Will Stanton, a young man who learns he is the last of a group of warriors
who have dedicated their lives to fighting the forces of the Dark. Traveling back and
forth through time, Will discovers a series of clues which lead him into a
showdown with forces of unimaginable power. With the Dark once again rising,
the future of the world rests in Will's hands.




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LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Luiz Carlos Lisboa - O Som do Silêncio


Título: O Som do Silêncio
Autor: Luiz Carlos Lisboa
Gênero: Auto Ajuda / Psicologia
Editora: Verus
Com textos profundos, mas de leitura simples, Luiz Carlos Lisboa convida o leitor a viagens em busca do eu interior. Lisboa propõe meditações em pequenos textos com temas variados, geralmente inspirados na natureza e em tudo o que nos rodeia - o som, a lua, o sol, a presença do ausente, o amor, as emoções, a capacidade de sentir, a solidão e o estar só. O som do silêncio é um livro que poderá apresentar uma interpretação diferente a cada momento, a cada leitura. Não se trata de um mestre dando aula. É, antes, um poeta relendo a vida e abrindo portas, janelas, atalhos, às partes sutis - mas sempre abrindo.

In Nomine Demiurgi Nosferati, de Peter-R. Koenig

Alegadamente, em 11 de março de 1888 Eugen Grosche herdou a luz do mundo. Por sua família ser pobre, Eugen teve que deixar o Realschule em Stollberg prematuramente e teve a suas últimas aulas no Volksschule em Leipzig. Seus interesses literários conduziram-no à Escola para Livreiros na editora Mueller-Mann.
Em 1911 mudou-se para Berlim, onde participou da edição de "Der Militaer-Anwaerter," "Der Innenarchitekt" e "Deutsche Kohlen-Zeitung". Em Setembro 29 1914, Grosche estava casado e teve mais tarde uma filha cujo o nome, Alraune, é similar a obra de H.H. Ewers (1871-1943) "Geschichte eines lebenden Wesens" de 1911.
Na Grande Guerra de 1914-1918 Grosche tornou-se um oficial empregado no corpo médico, e após a guerra "Volkskommissar" do "Unabhaengige Sozialdemokratische Arbeiter-Partei" (USPD). Em 1919 ele se encontrou com uma senhora que colocou a sua disposição 40,000 Reichsmark a fim salvar Grosche e sua família da inflação galopante, mas com a condição que Grosche se abstivesse da atividade política. Eventualmente comprou uma papelaria que transformou em uma livraria. No "Kapp-Putsch" de 1920 ele foi preso e enviado à prisão em Lehrter Strasse. Após três meses tomou parte em uma negociação para o Reichsmilitaergericht sob a direção do sobrinho do Conde Zeppelin. Grosche foi libertado, e nomeado "Bezirksabgeordneter" para Berlin-Schoeneberg por seu partido .
A mãe de Grosche era a governanta (?) na Sociedade Teosófica em Berlim, cujo secretário Rudolf Steiner foi substituído em 1921 pelo livreiro Heinrich Traenker. O último definia a si mesmo como "delegado" secreto, o que o permitiu estar com Grosche e sua livraria. A tarefa dada por Traenker a Grosche era: Grosche como o Secretário "Gregor A[?]. Gregorius" deveria fundar uma Loja Pansófica em Berlim. As trocas pessoais esotéricas que seguiram introduziram Grosche a indivíduos como o astrólogo Peschke, e ao hipnotista, magnetizador e curandeiro Paul Linke, no interesse de Traenker. O último apresentou Grosche aos editores Otto Wilhelm Barth, Oswald Mutze e Hugo Vollrath (1877-1943) que o estimulou a fundar a livraria "Okkultisten-Laden Inveha" em 1924, onde os fundos eram usados para reuniões "esotéricas" (isto é experimentos de magia sexual com drogas).


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Clarice Lispector - Quase de verdade (Ilustrado)

ebookTítulo: QUASE DE VERDADE (Ilustrado)
Autor: Clarice Lispector
Gênero: Literatura Infantil
Editora: Rocco

Clarice Lispector tinha um dom especial não só para escrever histórias como também para ouvi-las. E foi justamente o seu cãozinho de estimação que veio contar, com muitos latidos que só sua dona entendia, o que estava rolando lá do quintal do vizinho. Ulisses, que era muito peludo e tinha um olhar observador de gente de verdade, descobriu que da união entre o sentimento de inveja e as idéias de más companhias só sai fruto ruim. Foi o que ele viu quase acontecer com uma grande figueira que dividia o belo e fértil terreno perto de sua casa com galos, galinhas, pintinhos e minhocas. A árvore, revoltada com a infeliz vida que levava, resolveu pedir a uma nuvem má que passava de quando em vez pelo quintal para aprontar umas e outras com os bichinhos. Ela não suportava ver tanta felicidade e tantos ruídos de alegria a sua volta. Só que a figueira jamais imaginou que o feitiço poderia virar - quase de verdade - contra o feiticeiro. O cão Ulisses e as galinhas desta história, como os bichinhos que povoam os demais livros infantis de Clarice Lispector, foram realmente parte de sua vida, nas diferentes casas em que morou no Brasil, na Itália, na Suíça e na Inglaterra.

Aprenda a baixar

Seguem links de vídeos do YouTube, ensinando como baixar programas, filmes, videos dos servidores:


Como baixar no FileFactory
http://www.youtube.com/watch?v=SmZs_iRZkQM


Como baixar no FriendlyFiles
http://www.youtube.com/watch?v=mwDEihJztKI


Como baixar no SharedZilla
http://www.youtube.com/watch?v=ppDl5WgrSrU



Como baixar de outros servidores
http://www.comobaixar.net/

Danielle Steel - Palomino

Danielle Steel - Palomino
Título: PALOMINO
Autor: Danielle Steel
Gênero: Romance
Editora: Círculo de Leitores

Samantha Taylor é uma mulher de 31 anos, moradora na agitada cidade de Nova Iorque. Profissionalmente, desempenha o cargo de sub-diretora criativa numa importante empresa de publicidade chamada "Crane, Harper & Laub" (CHL). Após a separação de Samantha do seu marido John Taylor, esta entra em profunda depressão. Confrontado com este triste final, Charlie, colega e amigo de Sam sugere que a amiga faça uma longa viagem, podendo demorar o tempo que quiser, ficando o seu lugar garantido na empresa onde trabalha. E qual o destino de férias para relaxar? O rancho Lord, de Caroline Lord, na Califórnia. É aí que conhece Tate Jordan,o capataz-adjunto, alto, bonito, e moreno, que não a aceita muito bem. Mas mal sabia Sam que a sua vida esta prestes a dar uma reviravolta, com amores e tragédias, lágrimas e risos.

Livro Reeditado Pt/Br


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Distribuindo conhecimento e cultura

Dias Gomes - A Invasão & A Revolução dos Beatos

ebookTítulo: A Invasão & A Revolução dos Beatos
Autor: Dias Gomes
Gênero: Teatro
Editora: Civilização Brasileira

A Invasão

Dias Gomes neste livro segue uma linha criadora da mais significativa importância social ao focalizar o drama intenso e amargo dos sem-casa. Seu teatro vai a raiz dos problemas que afligem a população brasileira.


A Revolução dos Beatos


A peça A Revolução dos Beatos, de Dias Gomes, fala sobre certo episódio de fanatismo religioso e sua exploração política utilizando-se do ritual do bumba-meu-boi, explorando inclusive a dança e alguns personagens deste folguedo. O cenário onde trancorre o episódio é a cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, onde figuras representantes desse fanatismo exacerbado pela figura do Padre Cícero desfilam seus lamentos e cantorias em busca de milagres.

Livro Inédito

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Distribuindo conhecimento e cultura

Ken Follett - O Martelo do Éden

ebookTítulo: O MARTELO DO ÉDEN
Autor: Ken Follett
Gênero: Ficção
Editora: Rocco

Um secreta comunidade hippie, num longínquo vale na Califórnia, tem sua existência ameaçada quando o Estado decide construir uma usina elétrica em seu território. Priest, o carismático líder da comunidade, decide proteger seu reduto a qualquer preço e considera que a ameaça de um terremoto seria uma forma eficaz de chantagear o Governo e persuadi-lo a abandonar o projeto. Quando o polêmico radialista Jonh Truth leva ao ar a ameaça de provocar um terremoto feita po prováveis terroristas, poucas pessoas o levam a sério. Judy Maddox, uma jovem agente do FBI, extremamente competente, recebe a missão de rastrear o sinistro grupo que se autodenomina O Martelo do Éden.

Rex Stout - A Herança de Um Crime

ebookTítulo: A HERANÇA DE UM CRIME
Autor: Rex Stout
Gênero: Policial
Editora: Nova Fronteira

Em A herança de um crime, de Rex Stout, Nero Wolfe e seu assistente Archie Goodwin se vêem às voltas com a morte de um milionário que deixa uma herança insólita para suas três irmãs. As circunstâncias dessa morte indicam que ao mestre dos detetives americanos não faltará oportunidade para recorrer à sua prodigiosa imaginação e seu implacável sangue-frio.

Assírio e Alvim, um catálogo de luxo


Ainda a propósito do Dia da Poesia... a marca única da Assírio e Alvim.

domingo, 23 de março de 2008

Carta A Um Maçon, de Marcelo Ramos Motta

Caro Dr. G.:

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Li, com maior prazer, a entrevista concedida ao Diário de Notícias, através da qual o Grande Oriente do Brasil manifesta à nação a sua intenção de, finalmente, fazer com que a Maçonaria venha a ocupar na vida brasileira o papel que lhe cabe e sempre lhe coube desde a Independência -- que, como todos sabemos, foi feita por mações.
Relembrei nessa ocasião minha conversa com o senhor, e as nossas palavras de despedida, nas quais buscou o senhor gentilmente trazer à minha atenção o fato de que (na sua opinião) a Igreja Católica Romana é uma boa introdução à vida adulta para crianças. Eu lhe disse então: "Mas a Maçonaria é infinitamente melhor", e aproveito esta oportunidade para repetir e ampliar estas palavras.
Eu não quis discutir a validade ou falta de validade da Igreja Romana como campo de treino para crianças, porque não é assunto que se possa, propriamente, discutir. É assunto que deve -- repito, deve -- ser pesquisado por todo homem consciencioso e responsável, principalmente por maçon de alto grau e no Brasil, onde essa Igreja teve tanta influência na formação psíquica do povo -- com os resultados que estamos vend o no presente.
Para esta pesquisa, vitalmente necessária a todos os maçons neste momento de transição, é necessário uma análise cuidadosa da evidência espalhada pelas obras de muitos pesquisadores imparciais e fidedignos; e isto não pode ser resumido numa breve discussão. Eu estou a par dos fatos; o senhor não estava, na ocasião; e afirmativas de minha parte teriam forçosamente de parecer ao senhor opiniões a rbitrárias e caprichosas, principalmente por o senhor, com certeza, suspeitar de mim e de minhas intenções. Telemitas não são mais benquistos no momento do que o foram os gnósticos e os essênios em seu tempo!
A finalidade desta carta é expor, de maneira mais ordeira e clara, minhas conclusões, e citar as obras nas quais me baseio; de forma que o senhor possa, se quiser, consulta-las e tirar suas próprias conclusões, que podem ou não virem a coincidir com as minhas. Peço-lhe apenas que, tendo lido a minha carta; examinado, se lhe aprouver, as fontes nela citadas; e chegado, porventura, à conclusão de que são ambas de valor a seus irm ãos maçons, transmita-lhes a carta assim como as fontes, para que, por sua vez, tenham a oportunidade de examinar, ponderar, e julgar.
Devo começar por repetir-lhe o que lhe disse por ocasião de nossa conversa, e que tanto chocou seus bons sentimentos e sua honesta devoção: que o homem chamado "Jesus Cristo" nos Evangelhos nunca existiu. Suas peripécias são fictícias; não padeceu sob nenhum Pôncio Pilatos; não foi nem poderia jamais ser a única Encarnação do Verbo; e qualquer Igreja, seita ou pessoa que diga o contrá rio ou está enganada ou enganando.
Não quero dizer com isto que um homem assim não pudesse ter nascido, pregado, e padecido. Pelo contrário: tais homens nascem continuamente, e continuarão a nascer por todos os tempos: Encarnações do Logos, Templos do Espírito Santo, Cruzes de Matéria coroadas pela chama do Espírito.
Direi mais: houve, em certa ocasião, um homem que alcançou no mais alto grau a consciência de sua própria Divindade; e este homem morreu em circunstâncias análogas (porém não idênticas!) àquelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento perdeu- se na noite dos tempos: ele foi o original do "Enforcado" ou "sacrificado" no Taro, e os egípcios o conheciam pelo nome de Osiris. Foi esse Iniciado quem for mulou na carne a fórmula do Deus Sacrificado. Esta é a fórmula da Cerimônia da Morte de Asar na Pirâmide, que foi reproduzida nos mistérios de fraternidades maçônicas da tradição de Hiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocês. O Graus 33º desse rito indicava uma Encarnação do Logos; a descida do espírito Santo; a manifestação, na carne, de um Cristo; a presen&ccedi l;a do Deus Vivo.
Para os fatos que servem de base às asserções acima, indico ao senhor as seguintes obras, de maçons ilustres e merecedores:
LA MISA Y SUS MISTERIOS, de J.M. Ragón.
THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.
DO SEXO À DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum.
CURSO FILOSÓFICO DE LAS INICIACIONES
ANTIGUAS Y MODERNAS, de J.M.Ragón.
ISIS DESVELADA, de Helena Blavatsky, seção sobre o Cristianismo. Mme Blavatsky não era dos vossos, mas era dos Nossos...


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Filho de Deus - Cormac McCarthy

Lester Ballard, vagabundo solitário, vive de expedientes à parte da sociedade, sobrevivendo de uma forma selvagem, cometendo diversos crimes macabros a fim de satisfazer desejos e taras sexuais.

Visto como Ser menor e com tolerância pelos habitantes do lugarejo, Lester desconhece a amizade, fraternidade a solidariedade, vivendo uma existência despovoada, completamente alienada.

Vivendo numa casa abandonada, Lester comete uma série de crimes que colocam em polvorosa toda a vila. No local, embora todos desconfiem da culpabilidade de Lester, ninguém tem a certeza pois, simplesmente, os corpos desaparecem, escondidos algures...

Uma das curiosidades desta obra (tem muitas), é o facto de à medida que o romance avança, pese embora a violência das descrições dos assassinatos e até na forma como Lester se comporta, irmos criando uma crescente simpatia pelo personagem. Mesmo sendo um homem asqueroso, mau, violento e indigno, vamos percebendo que o mundo de Lester não podia ser outro face à sua própria realidade, um fruto da sociedade que agora paga todos os anos de formação.

À semelhança de outros livros que li de Cormac, o autor consegue passar-nos sensações dispares, demonstrando também até quando um homem que se vê privado de amor e educação, obedece a necessidades naturais usando instintos primitivos. Ou seja, no personagem Lester, Cormac espelha qualquer ser humano. A diferença entre Lester e qualquer um de nós, é apenas as realidades de cada um que fazem com que o desenvolvimento faça-nos tomar rumos diferentes, ou não, pois Lester há por ai aos milhões.

Este livro é, quanto a mim, uma excelente metáfora acerca da “Alegoria da Caverna” de Platão.

sábado, 22 de março de 2008

Poesia no ensino... por Eduardo Prado Coelho

Cito um excerto de um artigo de Eduardo Prado Coelho sobre o tema «O lugar da poesia». O pensador reflecte sobre as várias perspectivas sociológicas do lugar da poesia, para no último terço do artigo apresentar teoricamente as características literárias do seu lugar: a poesia cria o seu lugar, pelo peso das suas palavras, pelo seu esplendor. Não se trata de uma imposição mas sim de uma criação especial de lugares poéticos, lugares que nascem do esplendor das palavras.
«Qual o lugar da poesia no nosso ensino? Até que ponto os jovens adquirem a noção da importância das palavras, entendem o que vale o uso de uma palavra face a uma outra palavra possível, ou como as palavras têm efeitos, efeitos de riso, de deslumbramento, de poder, de corrupção, de sedução, de envolvimento, de compaixão, de clemência, de beleza pura, de infinito? Porque o uso das palavras, a jubilação da palavra certa por fim encontrada, a modulação do encontro na rede oscilante das palavras, tudo isso se pode aprender, e tudo isso pode alterar uma vida, uma relação, um momento de desânimo, um começo de noite.»
Eduardo Prado Coelho, «Entre uma nuvem negra e uma nuvem branca» in relâmpago nº 2, 4/ 98, Fundação Luís Miguel Nava, p.14

O Simbolismo Astrológico de Mar Portuguêz - Os signos, de Fernando Pessoa

Em 1934, Fernando Pessoa publicou o único livro de sua carreira, Mensagem, para enviar a um concurso de poesias sobre Portugal. O livro é totalmente simbólico e em sua própria introdução Pessoa pede que o interpretemos como símbolo. É fato público e notório que Fernando Pessoa era astrólogo. Seus escritos astrológicos mais antigos são de 1908, quando o poeta tinha 20 anos. Por toda sua vida ele se utilizou da Astrologia, chegando inclusive a fazer as cartas astrológicas de seus heterônimos e a escrever um tratado sobre o assunto, em 1916, sob o heterônimo de Raphael Baldaya.

Além disso, Pessoa foi templário, maçon, teosofista e outros. Em sua biblioteca, além dos grandes filósofos encontramos obras de Blavatsky, Leadbeater, Krishnamurti, Mabel Collins, Alan Leo, Manly Palmer Hall e Rudolf Steiner. Pessoa inclusive traduziu 'A Voz do Silêncio" e "Luz no Caminho". Tudo isso leva a crer que conhecia e trabalhava com astrologia transpessoal. A segunda parte de Mensagem, chamada Mar Portuguêz, é composta de doze poemas que têm uma notável relação com os 12 signos.


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sexta-feira, 21 de março de 2008

LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Jorge Luis Borges - Ficções


Título: FICÇÕES
Autor: Jorge Luis Borges
Gênero: Contos
Editora: Globo


Neste livro singular e extraordinário, o leitor encontrará reunidos os 18 contos que deram fama internacional da Jorge Luis Borges. Primeiro, a estranha marca de originalidade desses escritos inovadores, que renovaram o conto moderno. Depois, o caráter fora do comum de seus temas, abertos para o fantástico e a inesperada dimensão filosófica do tratamento. Por fim, a qualidade ímpar de sua prosa. Pode-se imaginar a felicidade daquele que pela primeira vez se deparará com o universo fantástico de Tlön, a memória de Funes ou com o duelo de arrabalde em que de novo joga a vida de Martín Fierro.

LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Jorge Luis Borges - O Ouro dos Tigres


Título: O Ouro dos Tigres
Autor: Jorge Luis Borges
Gênero: Ficção
Editora: Globo

O Ouro dos Tigres é uma coleção de poemas e textos breves em prosa escritos entre 1969 e 1972, é um dos livros mais delicados e diretos de Borges.

LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Jorge Luis Borges - Jorge Luis Borges


Título: Jorge Luis Borges
Autor: Jorge Luis Borges
Gênero: Poemas
Editora: Editora Tres


No prólogo ao seu livro mais recente - Os Conjurados - datado de 1985, Jorge Luis Borges escreve:
Não professo qualquer estética. Cada obra confia ao seu escritor a forma que procura: o verso, a prosa, o estilo barroco ou chão. As teorias podem ser admissíveis estímulos (recordemos Whitman), mas contudo podem engendrar monstros ou meras peças de museu. Lembremos o monólogo interior de Joyce ou o terrivelmente incómodo Polifemo.
Com o correr dos anos, observei que a beleza, tal como a felicidade, é frequente. Não se passa um dia em que não estejamos, um instante, no paraíso. Não há poeta por medíocre que seja, que não tenha escrito o melhor verso da literatura, mas também os mais infelizes. A beleza não é privilégio de uns quantos homens ilustres. Seria muito estranho que este livro, que abarca umas quarenta composições, não encerrasse uma única linha secreta, digna de te acompanhar até ao fim.

LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Jorge Luis Borges - O Aleph


Título: OS ALEPH
Autor: Jorge Luis Borges
Gênero: Contos
Editora: Globo

O Aleph é um livro de histórias curtas de Jorge Luis Borges, publicado em 1949 e contendo, entre outros, o conto que dá nome ao livro. Ambos são representativos do estilo de Jorge Luis Borges e da escola literária latino-americana do realismo mágico da qual ele é indicado como uma das manifestações mais originais[1]. Os contos do livro Aleph são: O imortal; O morto; Os teólogos; História do guerreiro e da cativa; Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874); Emma Zunz; A casa de Astérion; A outra morte; Deutsches Requiem; A busca de Averróis; O Zahir; A escrita de Deus; Abenjacan, o Bokari, morto no seu labirinto; Os dois reis e os dois labirintos; A espera; O homem no umbral; e, finalmente, O Aleph. Quanto ao conto, Aleph, especificamente, o protagonista se depara com a possibilidade de conhecer o ponto do espaço que abarca toda a realidade do universo num local bastante inusitado: no porão de um casarão situado em Buenos Aires, prestes a ser demolido. Este ponto recebe a alcunha de Aleph - a letra inicial do alfabeto hebraico, correspondente ao alfa grego e ao a dos alfabetos romanos. A idéia de unidade na multiplicidade é tema borgiano por excelência e, no conto em apreço, sua exposição literária é primorosa.

Captando Energia Através do Ato Sexual

Existem inúmeros seres hoje que vivem unicamente da energia gerada por atos sexuais sem propósito.

O ato sexual é uma maneira de se captar energia, mas pode ser uma porta aberta para a perda da mesma se não realizado de maneira correta.

A maneira correta é, em primeiro lugar, que se estabeleça um laço de amor profundo entre as pessoas que pretendam captar a energia. Sem este laço, a fonte de amor infinita não se aproximará destas pessoas.
O sexo banal é incitado por seres que desejam a energia trazendo pouco ou nenhum benefício ao homem. Muitos de vós procuram defende-lo, mas saibam que seus parceiros sexuais neste caso não é a pessoa com quem se relaciona e sim os seres que se beneficiam de sua energia. Estes seres podem adquirir esta energia inclusive através de relações sexuais que temos em sonhos, às vezes, com eles mesmos. É necessário controle da energia, pois a mesma energia que vibra no chakra básico, vibra em todos os outros e pode ser responsável pela iluminação do homem. Vamos então à maneira correta de se captar energia através do movimento físico e astral que é o sexo.


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