O Conde de Abranhos é mais uma obra de Eça de Queirós, numa magnífica narrativa onde a crítica social aos costumes políticos portugueses é o mote para o extenso e delicioso excurso.
Eça, utilizando na pele da figura de Z. Zagalo, secretário pessoal do Conde, bibliografa a vida deste, desde a mais sua tenra idade até à sua ascensão a Ministro do Reino e consequentemente até obter um título nobiliárquico.
Durante a narrativa, apercebemo-nos na incompetência, ignorância e falta de carácter desta personagem através do recurso a várias peripécias, quer no relacionamento com a sua família, quer através da sua actividade política – primeiramente como parlamentar e posteriormente como Ministro.
Quero acreditar que a crítica de Eça se estende também a toda a classe política. Os discursos parlamentares inflamados, mas desprovidos de conteúdo, a profusão de alternâncias ideológicas, as crises políticas, com revoluções e contra-revoluções.
Tal como em outros livros de Eça, parece que a crítica feita se poderia alargar até à actualidade, sendo que é possível descortinar nas personagens tipo do Conde e de todos os seus apaniguados, alguns dos traços distintivos que marcam muitas das actuais personalidades da sociedade portuguesa.
Eça é sempre recomendável. Embora este não seja um romance clássico, aconselhamos, pela sua actualidade constante, a leitura desta obra.
Eça, utilizando na pele da figura de Z. Zagalo, secretário pessoal do Conde, bibliografa a vida deste, desde a mais sua tenra idade até à sua ascensão a Ministro do Reino e consequentemente até obter um título nobiliárquico.
Durante a narrativa, apercebemo-nos na incompetência, ignorância e falta de carácter desta personagem através do recurso a várias peripécias, quer no relacionamento com a sua família, quer através da sua actividade política – primeiramente como parlamentar e posteriormente como Ministro.
Quero acreditar que a crítica de Eça se estende também a toda a classe política. Os discursos parlamentares inflamados, mas desprovidos de conteúdo, a profusão de alternâncias ideológicas, as crises políticas, com revoluções e contra-revoluções.
Tal como em outros livros de Eça, parece que a crítica feita se poderia alargar até à actualidade, sendo que é possível descortinar nas personagens tipo do Conde e de todos os seus apaniguados, alguns dos traços distintivos que marcam muitas das actuais personalidades da sociedade portuguesa.
Eça é sempre recomendável. Embora este não seja um romance clássico, aconselhamos, pela sua actualidade constante, a leitura desta obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário