Autor: Paulo Guinote
Editor: Porto Editora
Páginas: 400
ISBN: 9789720042750
Sinopse
No princípio nem era o Verbo. Era apenas uma ideia, um desejo: o desejo de divulgar textos de ocasião, guardados na gaveta ou de divulgação restrita.
O tempo, um primeiro-ministro bem vestido e uma equipa no Ministério da Educação com imenso tacto para lidar com os problemas educativos fizeram com que um blogue destinado certamente ao esquecimento se tornasse estranhamente frequentado, comentado e agora publicado em papel e forma de livro, a aspiração oculta de todo e qualquer blogueiro que se preza.
Esta é a compilação possível, em formato aceitável, dos textos publicados entre Novembro de 2005 e Novembro de 2008, correspondendo a três anos da vida do blogue A Educação do Meu Umbigo.
Lidos de acordo com a sua cronologia original, salvo pontuais excepções e alguns acertos de pormenor, funcionam como uma narrativa sobre a actualidade educativa em Portugal, lançando um olhar ácido sobre situações, protagonistas e outras incredulidades que têm afligido o nosso sistema educativo. Relidos por quem os escreveu oscilam entre o desencanto, a irritação, a esperança, a perplexidade e outras coisas que não fica bem confessar na contracapa de um livro.
Para descobrirem o inconfessável e darem opinião melhor, nada como o lerem.
Assim a verborreia do autor não vos assuste.
Opinião
Todos nós, com maior ou menor atenção, assistimos (e continuamos a assistir) ao braço de ferro entre o actual Ministério da Educação e os professores de todo o país, que teve os seus pontos altos - ou mais mediáticos, se preferirem - nas manifestações em Março e Novembro do ano passado. Os motivos da contestação que culminou nessas manifestações foram detalhadamente descritos e devidamente opinados no blog do professor Paulo Guinote, que, nos períodos mais conturbados da contestações, se constituiu como um importante local de discussão de opiniões.
Este livro permite-nos ler um conjunto de textos, pela ordem em que foram publicados, nos quais Paulo Guinote faz uma série de considerações acerca das políticas do Ministério, nomeadamente no que se refere ao tão falado Estatuto da Carreira Docente (ECD), mas também sobre a violência nas escolas, sobre o abandono escolar e sobre o novo modelo de gestão de escolas que o Ministério pretende impôr. Todos (ou a grande maioria) dos textos têm um tom marcadamente crítico mas especialmente lúcido e pertinente. Se é verdade que estamos apenas a ler a opinião de um dos lados da barricada, não é menos verdade que, perante as evidências, é difícil não concordar com grande parte daquilo que é dito. A política educacional do governo, veiculada através do Ministério da Educação foi (e continua a ser) orientada para a obtenção de resultados imediatos, rejeitando políticas sustentadas de longo prazo mas que permitiriam ir ao encontro dos melhores interesses dos alunos e professores. Ou seja, legisla-se para obter resultados políticos - preconizando o facilitismo - e não para melhorar a educação no nosso país.
Trata-se de um retrato bastante detalhado do estado das nossas escolas e das políticas de educação actuais, que recomendo em especial a pais e professores e a todos os que, de uma forma geral, se interessem por estas matérias.
7/10 - Bom
Editor: Porto Editora
Páginas: 400
ISBN: 9789720042750
Sinopse
No princípio nem era o Verbo. Era apenas uma ideia, um desejo: o desejo de divulgar textos de ocasião, guardados na gaveta ou de divulgação restrita.
O tempo, um primeiro-ministro bem vestido e uma equipa no Ministério da Educação com imenso tacto para lidar com os problemas educativos fizeram com que um blogue destinado certamente ao esquecimento se tornasse estranhamente frequentado, comentado e agora publicado em papel e forma de livro, a aspiração oculta de todo e qualquer blogueiro que se preza.
Esta é a compilação possível, em formato aceitável, dos textos publicados entre Novembro de 2005 e Novembro de 2008, correspondendo a três anos da vida do blogue A Educação do Meu Umbigo.
Lidos de acordo com a sua cronologia original, salvo pontuais excepções e alguns acertos de pormenor, funcionam como uma narrativa sobre a actualidade educativa em Portugal, lançando um olhar ácido sobre situações, protagonistas e outras incredulidades que têm afligido o nosso sistema educativo. Relidos por quem os escreveu oscilam entre o desencanto, a irritação, a esperança, a perplexidade e outras coisas que não fica bem confessar na contracapa de um livro.
Para descobrirem o inconfessável e darem opinião melhor, nada como o lerem.
Assim a verborreia do autor não vos assuste.
Opinião
Todos nós, com maior ou menor atenção, assistimos (e continuamos a assistir) ao braço de ferro entre o actual Ministério da Educação e os professores de todo o país, que teve os seus pontos altos - ou mais mediáticos, se preferirem - nas manifestações em Março e Novembro do ano passado. Os motivos da contestação que culminou nessas manifestações foram detalhadamente descritos e devidamente opinados no blog do professor Paulo Guinote, que, nos períodos mais conturbados da contestações, se constituiu como um importante local de discussão de opiniões.
Este livro permite-nos ler um conjunto de textos, pela ordem em que foram publicados, nos quais Paulo Guinote faz uma série de considerações acerca das políticas do Ministério, nomeadamente no que se refere ao tão falado Estatuto da Carreira Docente (ECD), mas também sobre a violência nas escolas, sobre o abandono escolar e sobre o novo modelo de gestão de escolas que o Ministério pretende impôr. Todos (ou a grande maioria) dos textos têm um tom marcadamente crítico mas especialmente lúcido e pertinente. Se é verdade que estamos apenas a ler a opinião de um dos lados da barricada, não é menos verdade que, perante as evidências, é difícil não concordar com grande parte daquilo que é dito. A política educacional do governo, veiculada através do Ministério da Educação foi (e continua a ser) orientada para a obtenção de resultados imediatos, rejeitando políticas sustentadas de longo prazo mas que permitiriam ir ao encontro dos melhores interesses dos alunos e professores. Ou seja, legisla-se para obter resultados políticos - preconizando o facilitismo - e não para melhorar a educação no nosso país.
Trata-se de um retrato bastante detalhado do estado das nossas escolas e das políticas de educação actuais, que recomendo em especial a pais e professores e a todos os que, de uma forma geral, se interessem por estas matérias.
7/10 - Bom
[Livro n.º 39 do meu Desafio de Leitura]
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