No início do projeto - nos idos de 2006 - decidimos que o projeto deveria fugir de qualquer proposta educacional - entenda-se escolar, professoral. O prazer de ler deveria vir sem as fichas literárias; sem a obrigação de aprovação ou reprovação por testes ou frequencia. Nós fazemos sim, um acompanhamento da turma para um controle interno, mas ali todos vão porque gostam. Mas nem sempre é assim. Por exemplo, no sábado, 16 de maio, pouca gente apareceu pois, devido à greve dos professores do GDF, houve reposição de aulas naquela data. Muita gente mandou recado pelos outros, que apareceram ou por que faltaram a aula ou por estudarem à tarde. Teve até bilhetes das mães. A novidade naquela manhã foi a presença sempre bem vinda do Célio, que andava afastado por motivos de força maior.
Estendemos o tapete no interior da Creche Comunitária da Criança, fizemos uma sessão de músicas incorporando novas canções no repertório e depois o Tino partiu para a mediação. A primeira leitura foi a do livro DIÁRIO DE UM GATO ASSASSINO (Anne Fine, com ilustrações de Sofia Balzola, Edições SM). O suspense foi acompanhado por todos, embora algumas crianças tenha achado a história um pouco longa demais. Mas insistimos com alguns textos maiores para exercitar a atenção da turma. De um modo geral, foi muito bom.
Na sequência, um livro diferente. EU ADORO CHOCOLATE (Davide Cali, com ilustrações de Evelyn Daviddi, Girafinha) é um livro que desperta sensações. Não traz uma história linear, mas abre o apetite por mostrar as cores, sabores e outras delícias do universo desta paixão universal. Foi ler e ouvir huuummmmms e nhaaaaaams!!! A cada frase, sempre uma criança se manifestava concordando ou não. Ótima leitura para interagir com os ouvintes.
Por fim, o terceiro livro daquela manhã foi COMO COMEÇA (Silvana Tavano, com ilustrações inspiradíssimas de Elma, Callis). Um texto sensível, feito sob medida para brincar com a fantasia dos pequenos. Não é à toa que recebeu o selo de Altamente Recomendável da FNLIJ. Um casamento perfeito entre palavra e imagem. Ao final da leitura, aplausos espontâneos das crianças. Já sabem reconhecer uma obra de arte.
Depois do lanche (bolo de chocolate com refrigerante), a euforia de sempre na escolha dos livros, a ida até a pista para ajudar a turma a atravessar a avenida, um bate papo sobre as impressões da manhã com Edna, Tino e Célio e as primeiras ideias para a semana seguinte. Ficamos com a impressão de que o dia seria ainda melhor se todas as crianças tivessem a liberdade para escolher o que fazer nas suas manhãs de sábado. Hatuna Matata.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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