TRECHO:
Introdução
O CASAL Sartre-Beavoir marcou de forma indelével o pensamento
contemporâneo e o livro “A Náusea” mudou a forma com que os
representantes da inteligentzia viam o mundo. "A Náusea", de
Sartre, nos mostra um protagonista despadronizado e repelido pelas próprias
contestações - Antoine Roquentin - que faz a respeito da existência e sua falta
de sentido, ou seja, a respeito da gratuidade e ilogicidade da existência, por si
só desprovida de essência. Nem Marx escapou da capacidade de
transformação do crivo crítico desse casal genial, cujos corpos físicos agora
repousam juntos na mesma tumba. Jean-Paul Sartre foi um filósofo francês,
escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo. Acreditava que
os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um
artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua
obra. Sartre Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos,
se recusou a receber o Prémio Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia
dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a
essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as
outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência"
posterior à existência. Baseado principalmente na fenomenologia de Husserl
e em “Ser e Tempo”, de Heidegger, o existencialismo sartriano procura
explicar todos os aspectos da experiência humana. A maior parte deste
projeto está sistematizada em seus dois grandes livros filosóficos: “O Ser e o
Nada” e “Crítica da Razão Dialética”. A mulher de Sartre, Simone de
Beauvoir, cúmplice de seu pensamento, às vezes co-autora, às vezes
contraditora, foi uma escritora, filósofa existencialista e feminista francesa.
Escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios,
biografias e uma autobiografia. Em seu primeiro romance, “A Convidada”
(1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da
responsabilidade individual, temas que abordou igualmente em romances
posteriores como “O Sangue dos Outros” (1944) e “Os Mandarins” (1954),
obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-
prima. As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável
por si própria, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, além de “Memórias de uma Moça Bem-Comportada”
(1958), destacam-se “A Força das Coisas” (1963) e “Tudo Dito e Feito”
(1972). Entre seus ensaios críticos cabe destacar “O Segundo Sexo” (1949),
uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; “A Velhice”
(1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas
sobre a atitude da sociedade para com os anciãos; e “A Cerimônia do Adeus”
(1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre. Esta
Monografia Pública de Illuminates Of Kemet, Brasil (IOK-BR) apresenta
resumos biográficos e pensamentos deste casal de intelectuais que marcou o
pensamento de esquerda. De certa folrma pode-se dizer que Sartre e Beauvoir
eram uma só pessoa, formada por metades e permanente choque e
permanente complementação.
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