«As transformações que afectam a família geram novas condições de vida para as crianças: estas ganham autonomia, poder de compra, autoridade nas opções; tornam-se consumidores de discos, revistas e roupas com intervenção quase nula dos adultos.
Em Portugal, através da imposição do "livro único" ao longo de toda a escolaridade primária, procura-se preservar os modelos até então dominantes. Uma análise dos textos incluídos nesses livros escolares evidencia quais as teclas repetidamente tocadas. O tempo de escolaridade volta a fixar-se nos 4 anos (1956) e o consumo dos livros para crianças irá crescer na esteira do alongamento do tempo de escola.»
Natércia Rocha, Breve História da Literatura para Crianças em Portugal, Caminho, p.86
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