«(...)entre 1930 e 1937, são extintas as classes infantis nos estabelecimentos de ensino oficial, a escolaridade obrigatória é reduzida a três anos, são encerrados os cursos do Magistério Infantil, encerradas as Escolas do Magistério Primário, e as classes infantis particulares são raras. (...)
A redução do tempo de contacto com a escola provocaria naturalmente uma diminuição grande das oportunidades para a possível habituação da criança ao livro, para treino de leitura seguida. Como amar o que não se chega a conhecer? Em três anos poderia uma criança adquirir o domínio do código escrito e também o gosto pela leitura, se o livro não fizesse já parte do seu ambiente habitual? É de supor que o consumo de livros para crianças se tenha reduzido, mas faltam os dados numéricos das tiragens e edições para se chegar a alguma conclusão válida.»
Natércia Rocha, Breve História da Literatura para Crianças em Portugal, Caminho, pp. 71,72
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