«A partir de 1890, a personagem infantil liberta-se de todos os constrangimentos, em particular da tutela dos adultos. Esta evolução é muito visível nos protagonistas humanos, e
ainda mais nas personagens animais que os representam. E é a Inglaterra que, tendo já enaltecido o imaginário e a fantasia, apresenta logicamente os melhores e mais célebres romances em que a criança (ou o seu representante animal) é finalmente livre, personagem principal, movimentando-se num mundo de crianças. A criança está no centro da acção, os adultos são excluídos (O Vento nos Salgueiros, O Livro da Selva, Peter Rabbit).
ainda mais nas personagens animais que os representam. E é a Inglaterra que, tendo já enaltecido o imaginário e a fantasia, apresenta logicamente os melhores e mais célebres romances em que a criança (ou o seu representante animal) é finalmente livre, personagem principal, movimentando-se num mundo de crianças. A criança está no centro da acção, os adultos são excluídos (O Vento nos Salgueiros, O Livro da Selva, Peter Rabbit). É pois uma nova criança (ou melhor uma nova visão da criança) que propõem estes romances, no início do século XX. As crianças aparecem munidas de todos os componentes: 'libertas' dos adultos, manifestam desobediência, dinamismo, espírito de iniciativa, sede de viver por elas próprias.»
pp.30-31
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