Editor: Edições Asa
Páginas: 398
ISBN: 9789724122298
Tradutor: Ana Mafalda Costa
Sinopse: Ambientado no período da Guerra Civil Americana, O Regresso do Soldado (Cold Mountain) conta-nos a odisseia de Inman (inspirada na história autêntica de um antepassado do autor), um soldado sulista ferido na batalha de Petersburg, que decide desertar e regressar à Carolina do Norte para aí reencontrar a mulher que ama, Ada, persuadido de que ela o espera. Esta certeza permite-lhe atravessar as paisagens devastadas dos Estados confederados e escapar às perseguições das milícias encarregadas de capturar desertores. Por seu lado, Ada, sozinha após a morte do pai, sobrevive como fazendeira em Cold Mountain, uma pequena aldeia da montanha. Ambos afrontam, antes de se reencontrarem, as transformações de um mundo onde lhes cabe agora viver.
Finalmente, acabei Cold Mountain – O Regresso do Soldado. Embora tenha ouvido excelentes críticas, confesso que o livro me desiludiu. Os temas centrais da Guerra Civil Americana e o amor de Inman e Ada tinham tudo para me seduzir, mas não o fizeram.
A acção da obra de Charles Frazier está dividida, essencialmente, em duas partes: a fuga de Inman até Cold Mountain e a nova vida de Ada, depois da morte do pai. É o percurso destas personagens que vamos acompanhando, percebendo, através de viagens ao passado pela mão do autor, como eram as suas vidas. Num período conturbado, cada um deles tem de lutar contra algumas adversidades para não se expor a perigos. Inman luta para que a sua deserção não seja descoberta, enfrentando pessoas com caracteres duvidosos e dispostos a tudo para ter um pouco de pão; Ada deixa de ser uma menina da cidade para começar a trabalhar no campo, juntamente com Ruby, uma amiga inesperada que lhe vai servir de apoio e ensinar que há vida para além das festas sociais.
Ao longo de grande parte da história, é perceptível que a relação amorosa entre Inman e Ada não está definida. Cada um deles nos dá pequenos detalhes sobre como a vê, mas é este amor o grande suporte (emocional) de Inman para regressar a casa. Com pequenas memórias das personagens também nós vamos imaginando, ao longo das páginas, como será o reencontro.
A escrita do autor é agradável e simples, mas pareceu-me exageradamente descritiva – e eu adoro descrições… O ritmo é lento e, por vezes, o autor acrescenta à história divagações das personagens ou momentos tão estranhos que nos baralham. Creio que falta emoção à história, sobretudo porque as personagens me pareceram estranhas e distantes, não me identificando com as mesmas.
5/10 - Razoável
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