Os pais levaram muito a sério a ideia de que a escolha dos livros em família deve ser negociada. Reagiram muito bem ao desafio da lista dos livros que lhes propusemos que fizessem com os seus pequenos (alguns não tão pequenos assim!) na 2ª sessão. Na família da mãe Teresa, foi o António, com 12 anos, que foi obrigado a convencer os outros elementos de que o livro mais interessante aos seus olhos (O Capitão Cuecas e a malta do WC escarlate, Dav Pilkey, Gradiva) deveria ficar em primeiro lugar na lista. Já o pai José não conseguia convencer a Marta (de apenas 4 anos) do interesse do livro Ah! (Josse Goffin, Kalandraka). Ela só tinha olhos para Onde? (Leo Lionni, Kalandraka)! O mais engraçado é que eu própria já tinha tentado chamar-lhe a atenção para Ah! e ela não lhe tinha encontrado qualquer interesse. Não havia nada a fazer, os seus gostos estavam perfeitamente definidos. A partir da segunda escolha, já foi possível o diálogo. Com a família Costa, foi o filho mais velho, António, que cedeu a primazia da escolha ao irmão Pedro que estava apaixonado pelo Bebedor de Tinta (Éric Sanvoisin, Dinalivro). Foi bom de ver as conversações e os argumentos: os mais novos estavam empenhados em fazer valer a sua posição e os mais velhos defenderam os seus gostos, abandonando aquela postura de simples intermediário que não contribui em nada para a partilha afectiva da leitura.
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