Título: Filha do Sangue
Autor: Anne Bishop
Tradução: Cristina Correia
Edição: Saída de EmergênciaNº de páginas: 381
"Há setecentos anos atrás, num mundo governado por mulheres e onde os homens são meros súbditos, uma Viúva Negra profetizou a chegada de uma Rainha na sua teia de sonhos e visões. Agora o Reino das Sombras prepara-se para a chegada dessa mulher, dessa Feiticeira que terá mais poder do que o próprio Senhor do Inferno. Mas a Rainha ainda é nova, passível de ser influenciada e corrompida.E quem controlar a Rainha controlará o mundo. Três homens poderosos — inimígos de sangue — sabem isso. Saetan, Lucivar e Daemon apercebem-se do poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. E assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, onde as armas são o ódio e o amor. E o preço pode ser terrível e inimaginável." Depois da "viagem" poe Efémera que me tornou fã desta autora, não podia deixar de fazer uma incursão na Triologia das Jóias Negras que há tanto tempo me chamava a atenção.
Embora já tivesse tido um pequeno vislumbre da capacidade da autora no que respeita à criação de mundos e cenários posso afirmar que fiquei completamente desconcertada com este novo mundo. Não tem nada a ver com Efémera, os personagens, a geografia, os costumes dos vários povos são algo totalmente diferente do pouco que conhecia das criações de Anne. De facto, a imagiação da autora parece não ter limites.
Em Filha do Sangue deparamo-nos inicialmente com vários personagens que paracem não ter relação ou ligação nenhuma entre si para depois descobrirmos que afinal todos têm um aspecto em comum, todos esperam A Feiticeira - alguns com intenções menos bondosas que outros - e são esta personagem e o seu destino que vão, de algum modo, interligar todos os demais. É no que respeita aos personagens que Bishop demonstra mais uma vez o seu talento criando seres que nos tocam e com os quais nos identificamos, para além dos vilões da história que em diversas ocasiões me deixaram fora de mim. A narrativa não tem nenhum ponto negativo que se possa apontar, a escrita é simples e fluída, os diálogos não são nada monótonos e a ironia e o humor são uma presença constante.
Quase ao jeito de Martin, a história acabou na melhor parte e deixou montanhas de questões sem resposta... já tive que começar a ler o segundo volume!!! Recomendo a leitura aos fãs da autora que não conheçam esta obra, aos de Julliette Marillier bem como aos de Marion Zimmer Bradley, de certo irão gostar.
7/10
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