Título original: Instrucciones para Salvar el Mundo
Editora: Porto Editora
Páginas: 285
ISBN: 978-979-0-04185-2
Tradutora: Helena Pitta
Sinopse: Num cenário de subúrbio, onde a noite reclama o seu território e os fantasmas reivindicam o seu espaço, um taxista viúvo que não consegue superar a perda da mulher, um médico desiludido, uma cientista anciã e uma belíssima prostituta africana sedenta de vida cruzam os seus caminhos, para nos obsequiarem com uma visita guiada ao mundo vertiginoso e convulso que cada um encerra dentro de si.
Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.
Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.
Uma intensa e hipnótica história de esperança que deambula entre o humor e a emoção e nos mergulha na sociedade caótica dos nossos dias. Uma história que pode ser a de qualquer um de nós.
Já há algum tempo que andava atrás deste livro e aproveitando aquelas Feiras de Saldos que, felizmente, começam a proliferar pelo país fora, não resisti mais e mal o comprei, comecei logo a lê-lo com a voracidade e atenção que ele bem merece.
Comecemos pela capa: adoro a imagem que está retratada, é uma capa belíssima, que chama a atenção e nos leva a querer trazê-lo para casa.
Depois a autora: não conhecia Rosa Montero antes deste livro, e a minha curiosidade aumentou consideravelmente depois de ter lido “Instruções para o fim do Mundo”. Cheguei à conclusão que é uma autora a que, certamente, irei voltar.
Quanto ao livro em si, considero-o extremamente bem escrito. Para isso também talvez tenha contribuído a excelente tradução de Helena Pitta, criando imagens na nossa mente através das suas palavras, contendo passagens belíssimas, num registo onde somos desafiados a imaginar, várias vezes, o transporte da acção para um filme.
A história gira à volta de 3 personagens principais, sendo que os caminhos das suas vidas se cruzam entre elas, e onde a noite é usada como uma verdadeira metáfora relativamente à escuridão que atravessa as suas vidas.
Matias é o taxista que perdeu a mulher, que não se conforma com a sua perda injusta e precoce, e que se debatendo com uma depressão e um desejo de se vingar do médico que a tratou mal.
Daniel é o tal médico, infeliz com a sua vida, vivendo um casamento frustrado, viciado em álcool e tabaco, cujo maior prazer é navegar no Second Life, onde dá azo às suas frustrações pessoais e sexuais.
Fatwa acaba por ser a personagem central de todo o livro. É uma prostituta africana, incapaz de deixar um homem indiferente, exercendo um fascínio, quase obsessão, nas outras duas personagens. Tem uma lagartixa como mascote, e vai ser o elo da ligação e motivo de união para a mudança das suas vidas.
Pelo meio, ainda vamos conhecer histórias de outras duas personagens: um serial killer, chamado “Assassino da felicidade” e uma outra chamada Cérebro, uma cientista, que traz reflexões interessantes sobre a vida em geral e teorias cientificas em particular.
O livro poderia ser visto facilmente com policial, um thriller ou um romance dramático, mas acaba por ser uma junção desses géneros, embora sempre escrito de forma melancólica, onde a solidão e a decadência humana de hoje em dia está retratada em cada página. Acaba por ter, no final, uma luz ao fundo do túnel para todas as personagens, ganhando, todas elas, uma luminosidade desconhecidas nas suas vidas.
Aconselhável a quem acredite que na vida exista sempre esperança num futuro melhor.
8/10 - Muito Bom
Comecemos pela capa: adoro a imagem que está retratada, é uma capa belíssima, que chama a atenção e nos leva a querer trazê-lo para casa.
Depois a autora: não conhecia Rosa Montero antes deste livro, e a minha curiosidade aumentou consideravelmente depois de ter lido “Instruções para o fim do Mundo”. Cheguei à conclusão que é uma autora a que, certamente, irei voltar.
Quanto ao livro em si, considero-o extremamente bem escrito. Para isso também talvez tenha contribuído a excelente tradução de Helena Pitta, criando imagens na nossa mente através das suas palavras, contendo passagens belíssimas, num registo onde somos desafiados a imaginar, várias vezes, o transporte da acção para um filme.
A história gira à volta de 3 personagens principais, sendo que os caminhos das suas vidas se cruzam entre elas, e onde a noite é usada como uma verdadeira metáfora relativamente à escuridão que atravessa as suas vidas.
Matias é o taxista que perdeu a mulher, que não se conforma com a sua perda injusta e precoce, e que se debatendo com uma depressão e um desejo de se vingar do médico que a tratou mal.
Daniel é o tal médico, infeliz com a sua vida, vivendo um casamento frustrado, viciado em álcool e tabaco, cujo maior prazer é navegar no Second Life, onde dá azo às suas frustrações pessoais e sexuais.
Fatwa acaba por ser a personagem central de todo o livro. É uma prostituta africana, incapaz de deixar um homem indiferente, exercendo um fascínio, quase obsessão, nas outras duas personagens. Tem uma lagartixa como mascote, e vai ser o elo da ligação e motivo de união para a mudança das suas vidas.
Pelo meio, ainda vamos conhecer histórias de outras duas personagens: um serial killer, chamado “Assassino da felicidade” e uma outra chamada Cérebro, uma cientista, que traz reflexões interessantes sobre a vida em geral e teorias cientificas em particular.
O livro poderia ser visto facilmente com policial, um thriller ou um romance dramático, mas acaba por ser uma junção desses géneros, embora sempre escrito de forma melancólica, onde a solidão e a decadência humana de hoje em dia está retratada em cada página. Acaba por ter, no final, uma luz ao fundo do túnel para todas as personagens, ganhando, todas elas, uma luminosidade desconhecidas nas suas vidas.
Aconselhável a quem acredite que na vida exista sempre esperança num futuro melhor.
8/10 - Muito Bom
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