terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Filha de Deus (A) - Lewis Perdue



Na capa deste livro pode ser: “O grande impulsionador do género que 10 anos mais tarde celebrizou Dan Brown”.

Ou seja, logo aqui, esta premissa lança-nos num género thriller/policial histórico, neste caso supostamente histórico pois a o assunto base do livro gira em volta de uma jovem mulher chamada Sophia que terá sido ou considerado como um 2º Messias e que a igreja, na altura, tratou de eliminar aquando do célebre concílio de Niceia.

Pois bem, foi mediante essa premissa que me lancei entusiasticamente na leitura deste livro e, após 172 páginas e 15 capítulos, posso afirmar que o mesmo se revelou uma tremenda desilusão.

Primeiro que tudo admito que estou um pouco cansado deste género de livros. Thrillers históricos onde um acaso qualquer dá origem a um mistérios histórico cheio de conspirações ao longo dos séculos, onde a igreja está metida nessas conspirações até ao tutano, é algo que, sinceramente, já me aborrece, pois geralmente cai-se nos mesmos clichés e lugares comuns. Porém este atraiu-me porque julguei de facto que no séc. III tivesse existido essa Sophia e não é que esse facto é tão só falso?

Ou seja, o meu principal interesse pela história logo se revelou falso, frágil, pois o autor pretende de facto construir um trama onde o foco gira em volta de várias questões: arte roubada pelos nazis que se interliga com um terrível segredo da igreja cristã, a suposta existência da tal Sophia.

Ao longo dos 15 capítulos que li, a acção pouco ou nada se desenrola.

Um professor, ex-polícia, que constata que a sua jovem mulher desaparece de uma forma muito estranha. Essa mulher, que era simplesmente uma avaliadora de arte que horas antes havia estado na casa de um velho nazi a avaliar obras de arte tidas como desaparecidas...

A partir daí o costume.

Perseguições, assassinatos, fugas e alguns factos históricos interessantes, mas já lidos em outras obras, que tentam dar à história um quê de realismo sem, na minha opinião, o conseguir.

O livro é fraco. O autor pouco desenvolve. Usa e abusa de clichés, acções e situações já lidas noutras obras.

Obviamente que até posso admitir que este livro foi o fundador deste género, mas a partir de certa altura começou a ser penoso continuar, um arrastar página a página, frase a frase. No último dia, numa viagem de comboio, li 10 páginas e, no final, não me recordava rigorosamente nada do que havia lido.

Assim, resolvi desistir.

Não leio por ler. Conforme tenho referido, leio porque me dá prazer saber a história e o desenvolvimento da mesma caso contrário considero uma perda de tempo insistir em algo que não me está a dar esse prazer.

Se for amante do género thrillwe histórico celebrizado pelo Código Da Vinci, então talvez vá gostar deste livro.

Dou-lhe pontuação mínima precisamente pelas razões assim descritas.

Classificação: 0 (Não Terminado)

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