Um dos factos que marcou, em certa medida, o ano de 2005 no panorama literário português, foi o lançamento de uma obra assinada por sete ilustres escritores(as) da nossa praça que, um pouco à semelhança do feito por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão com o seu “Mistério da Estrada de Sintra”, tentavam ou tinham a pretensão de escrever uma história entre eles.
A premissa era simples: juntar um grupo de escritores (José Fanha, José Jorge Letria, João Aguiar, Luísa Beltrão, Mário Zambujal, Rosa Lobato Faria) que se disponibilizassem a colaborar em grupo no sentido de escreverem os novos mistérios de Sintra, sendo que e numa primeira fase existiu uma reunião para se estabelecer que género de história ou mistério se iria criar, depois, cada um escreveria um capítulo, outro continuaria e assim sucessivamente.
Interessante, no mínimo!
A história é, acima de tudo, sobre Sintra e o Palácio da Vila.Sendo uma história de mistério, ou seja, onde começa por acontecer algo de misterioso no palácio, começa por ser engendrado todo um trama rico em pormenores históricos e outros de cariz policial. Obviamente que nos apercebemos de vários estilos de escrita, pois essa acaba também por ser um dos objectivos da obra.
No entanto este é um livro que me decepcionou imenso.
Primeiro porque a coerência da história e a consistência da mesma tem imensas falhas, gralhas gritantes e personagens cujas personalidades vão sendo alteradas capítulo a capítulo e, quando se olha para os nomes dos escritores, não se percebe do porquê dessas incoerências (nem nada justifica), mesmo de falta de qualidade, saltando também à vista que eles não fizeram “pontos de situação” ao longo da obra.
Outro factor que não gostei foi o de, capítulo para capítulo, novos e mais enigmáticos pormenores vão surgindo, dando a clara sensação que um escritor queria deixar a sua marca com mais um condimento. Assim e às tantas, percebe-se a imensa dificuldade em começar a explicar factos e, para borrar ainda mais, muitos desses factos são estupidamente explicados, outros são socorridos de uma forma, digamos, sui-generis, outros ainda nem explicados são. E no final, parece que eles não se entenderam com o fim e resolveram escrever quatro finais, cada um mais ridículo que o outro, um grande disparate.
Penso que este tipo de exercício se torna engraçado e até seria bastante útil esta “troca” de escrita entre escritores, mas meus amigos, tem que haver alguma consistência nas intrigas criadas, tem de haver algum trabalho de revisão por parte de todos eles, e não de qualquer maneira, dando a sensação que o que interessava era publicar o livro, que a simples menção do nome destes escritores seria o bastante para vender e ser um sucesso. Não é, e penso mesmo que este é um projecto falhado e por culpa dos escritores e do editor.
A premissa era simples: juntar um grupo de escritores (José Fanha, José Jorge Letria, João Aguiar, Luísa Beltrão, Mário Zambujal, Rosa Lobato Faria) que se disponibilizassem a colaborar em grupo no sentido de escreverem os novos mistérios de Sintra, sendo que e numa primeira fase existiu uma reunião para se estabelecer que género de história ou mistério se iria criar, depois, cada um escreveria um capítulo, outro continuaria e assim sucessivamente.
Interessante, no mínimo!
A história é, acima de tudo, sobre Sintra e o Palácio da Vila.Sendo uma história de mistério, ou seja, onde começa por acontecer algo de misterioso no palácio, começa por ser engendrado todo um trama rico em pormenores históricos e outros de cariz policial. Obviamente que nos apercebemos de vários estilos de escrita, pois essa acaba também por ser um dos objectivos da obra.
No entanto este é um livro que me decepcionou imenso.
Primeiro porque a coerência da história e a consistência da mesma tem imensas falhas, gralhas gritantes e personagens cujas personalidades vão sendo alteradas capítulo a capítulo e, quando se olha para os nomes dos escritores, não se percebe do porquê dessas incoerências (nem nada justifica), mesmo de falta de qualidade, saltando também à vista que eles não fizeram “pontos de situação” ao longo da obra.
Outro factor que não gostei foi o de, capítulo para capítulo, novos e mais enigmáticos pormenores vão surgindo, dando a clara sensação que um escritor queria deixar a sua marca com mais um condimento. Assim e às tantas, percebe-se a imensa dificuldade em começar a explicar factos e, para borrar ainda mais, muitos desses factos são estupidamente explicados, outros são socorridos de uma forma, digamos, sui-generis, outros ainda nem explicados são. E no final, parece que eles não se entenderam com o fim e resolveram escrever quatro finais, cada um mais ridículo que o outro, um grande disparate.
Penso que este tipo de exercício se torna engraçado e até seria bastante útil esta “troca” de escrita entre escritores, mas meus amigos, tem que haver alguma consistência nas intrigas criadas, tem de haver algum trabalho de revisão por parte de todos eles, e não de qualquer maneira, dando a sensação que o que interessava era publicar o livro, que a simples menção do nome destes escritores seria o bastante para vender e ser um sucesso. Não é, e penso mesmo que este é um projecto falhado e por culpa dos escritores e do editor.
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